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Pontos especialistas e genéricos que convergem em ação sustentável resultante em homeostase tal qual opera a rede de células a qual atribuimos o nome de corpo humano – este agregado de microorganismos, alguns especializados, outros genéricos – que se molda na interação entre si e com o meio.
A Internet é a grande religião (re-ligare, re-união) de tribos – tribos de ontem, de hoje e de sempre. Querendo ou não.
A rede, como o Amor, é o complexus que transcende tempo, espaço e converge.
Na banda larga da união equânime, pontos distintos de uma mesma rede,
Comunicação digital é a tangibilização, por parte da tecnologia, da rede
invisível a qual pertencemos e que paradoxalmente anula e potencializa o
espaço-tempo através do conhecimento, gerando através da interação holística a
sustentabilidade.
Palestrava sobre atuação em rede na ESPM-Rio – sob o tema “Eleitor 2.0” – toquei no ponto nevrálgico de nossa atual sociedade: o excesso de informação.
Investimos muito mais tempo do que deveriamos em informações irrelevantes – segundo palpite de Carlos Nepomuceno, que eu assino embaixo – até 90% do tempo seriam investidos em dados irrelevantes, restando para informação relevante apenas míseros 10% do tempo de cada pessoa.
Esta má distribuição é responsável pelo stress, correria e pontuada por escolhas equivocadas de prioridades e, portanto, de valores, resultando assim em perdas e na falta de sustentabilidade, distanciando-nos de nosso objetivo, de nós mesmos e do Todo. Em suma, afastando-nos.
Responsáveis por isto?
Externamente, o sistema educacional, que não educa as pessoas à independência de seus processos, ensinando-lhes, por exemplo, PKM (Personal Knowledge Management).
Medo do livre pensar organizado?
Internamente o ego: reféns de nós mesmos nos iludimos e enganamos, tampando o sol com a peneira e preferindo viver o faz-de-conta das sombras do fundo da caverna.
Como sentimos que não temos mais o prazer da infância perdida em meio a tudo, falta-nos a vontade de realizar.
Em um segundo momento, falta-nos a vontade de construir nosso próprio prazer – não mais reféns da espera de que o mundo irá nos dar de mamar.
É hora de se construir este mundo sustentável – onde co-existem, como faces da mesma e indivisível moeda, trabalho e prazer – pela própria vontade, não por obrigação ou dádiva.
Não há heróis, não há recompensas. Acorde.
Ficou a dúvida, colocada depois de minha palestra, sobre o que seria informação relevante: afinal, se a pessoa dedica tempo àquilo é porque aquela informação é relevante para ela. ‘True’.
Contudo, minha afirmação ousa transcender a esfera do ego.
Neste contexto, a informação relevante é toda aquela que converge como verdade do indivíduo para o coletivo e auxilia na sustentabilidade da rede. É aquela que soma, une, multiplica; é Amor em forma de dado, disponível para nossa super-ação em busca da união e consolidação do superorganismo da raça humana à disposição e em sintonia com a Mãe Terra e o Pai Cosmo.
Ou seja, a relevância muda de pessoa a pessoa.
Quais dados e estímulos a farão atuar de melhor maneira em rede?
Para uma pessoa mais global, dados mais locais; e vice-versa. Para uma pessoa mais racional, estímulos mais emocionais e para o emotivo, dados mais racionais.
Enfim, informações, dados e estímulos, que levem à sustentabilidade do próprio Ser, que repassará tal qualidade sustentável à rede – tal qual a semente que guarda em si todo o potencial de árvore e seus frutos; a realização do micro no macro e do macro no micro, afinal, somos todos um - tanto na Terra, como no céu somos compostos dos mesmos elementos.
Com isto, não quero defender o utilitarismo, mas apontar a necessidade do equilíbrio entre útil e o fútil e do tempo investido nos mais variados assuntos.
A agricultura comprova que monocultura é menos resistente à pragas biológicas.
É chegada a hora de declarar o não às pragas da preguiça, comodismo e superficialidade. Pelo bem do equilíbrio do ecossistema mental e da abordagem holística do Ser.
Também na infovia, como em nossas vidas, o melhor caminho é o caminho do meio.
Dá sentido ao fútil e revaloriza o útil.
Assim, a força invisível do Amor, com clareza reluzente, harmoniza opostos que se confirmam, reforçam e possibilitam a superação e perpetuação.
Na força que impulsiona e forma a ação do Ser,
Será sempre inacabada, ora se construíndo, ora em desconstrução, de si, do mundo, de toda ilusão.
Na verdade, existirá enquanto respirar. E persistirá na lembrança de todos aqueles que vivem em vida o Amor.
No fragmento inacabado, sempre em construção para se inteirar, evoluir e integrar,
Resumo
No TED 2009, Juan Enriquez - Chairman e CEO da Biotechonomy - palestrou sobre o futuro da humanidade e cunhou sua visão sobre nosso (próximo) estado evolutivo: devido ao avanço da tecnologia, estariamos atingindo o estágio de homo evolutis.
O que me intriga nesta visão é que tecnologia é ferramenta e está cada vez mais se tornando commodity. E de qual evolução se trata o tal homo evolutis, se a única diferença para o Homo Habilis era que ao invés de uma arma de destruição em massa antes matava-se com paus e pedras, passando por armas brancas, de fogo... nossas ferramentas evoluiram. Mas e nós? Será que nosso mind set evoluiu?
Desde 2005, mais precisamente em 2008, comecei a apontar o que na minha visão é o novo Ser Humano, o Übermensch nietzschiano – em uma leitura bastante particular de Zaratustra: é o Homo Amabilis, nosso vir-a-ser, a verdadeira evolução de nossa espécie; mais do que um novo estágio, é a proposta de um salto quântico que potencializará o uso das atuais e das futuras tecnologias, bem como otimizará relacionamentos, processos e resultados, posto que principiando de uma abordagem sustentável.
Nossa evolução está além-tecnologia, reside no conceito e na experiência do Ser em Rede – a tecnologia é apenas um meio para isto, nunca um fim.
Como colaborar e o que transformar?
Como pano de fundo, vamos abordar desde aspectos da biologia, da política, da ecologia a, lógico, a história da evolução – da comunicação e da humanidade.
Vamos dialogar com pensadores como McLuhan, Nietzsche, Maslow, Gramsci, Lenin, David Lynch, J.Lovelock, Pierre Levy, Leibniz, a escola de filosofia budista Madhyamika, Bakunin, entre tantos outros que ajudaram a forjar o pensamento humano.
Tudo isto para lhes apresentar minha tese de que é o Amor que nos levará da presente Era da Informação, começada em 1991, à Era da Consciência – nossa próxima fronteira final.
E antes que o tempo acabe ou me internem, quero lhes provar que um novo mundo é possível – basta colaborarmos para transformar.
Torna-te o que tu és, ó Ser em Rede.
Homo Amabilis – o Ser em Rede
Premissa: entendermos o sentido real das palavras em questão – colaboração e transformação. Co-labor-ação é a ação resultante do trabalho conjunto e trans-forma-ação é a ação que altera e perpassa a forma. Neste sentido, pautados pela tônica em questão, nada mais é, tudo passa a Ser.
Em um mundo de facilidades tornou-se tão difícil amar.
Twitter, orkut, facebook, internet banking, delivery, 0800 e outras conveniências mais são facilidades tecnologicas e processuais que deveriam nos levar a um incremento da produtividade e eficácia e a uma melhora na qualidade de vida, deixando-nos tempo para investir naquilo que nos torna únicos e insubstituíveis – relacionarmo-nos e na interação construir o valor de nosso legado.
A minha tese é simples: O Amor é o elemento que nos falta para avançarmos no caminho da evolução humana, integrando-nos ao superorganismo Gaia, enzimas catalisadoras que somos – câncer que nos tornamos por negarmos nosso destino.
É no Amor que mais colaboramos – os casais, irmãos e amigos que os digam – e onde mais nos transformamos e ao entorno: da simples matemática do 2 virar 3 ou mais, até reflexões sobre um mundo melhor, passando pela reforma do quarto de bebê. No Amor, expande-se de sua existência autocentrada para ter com o outro – verbal e não-verbalmente.
A tecnologia e suas redes – que em seu uso se transformaram em sociais – vieram servir-nos como ferramental – anulam e potencializam, na dicotomia inerente ao paradoxo da web – segmentada e de massa, simultaneamente; em tempo real e perpetuadora – o tempo e espaço, aproximando pessoas geograficamente distantes ou com agendas descompassadas, mas tb tornando o parabéns um ritual de scrapbook e tapete vermelho online. Se usamos as redes para auto-promoção ou para o efetivo diálogo não é uma questão da rede e sim do ser humano – este sim, superficial ou denso, autocentrado ou cosmopolita.
Estamos acompanhando in loco a uma transformação da teoria: o topo da pirâmide de Maslow está sendo redefinida. O que até aqui era auto-realização consumada no cartão de crédito, agora é satisfação contemplada pela livre expressão. A auto-realização passiva de uma sombra de nós mesmos dá lugar a realização do Ser artista em todo seu esplendor: há espaço para a realização de nossos anseios criativos e devaneios existenciais, outrora oprimidos pelo sistema – agora é tudo open source.
E esta fase de transição ainda perdurará – Gramsci diria que vivemos uma época na qual o velho demora a morrer e o novo demora a nascer.
Amar é aceitar, no sentido de compreender, para empreender mudança consciente.
E devemos aceitar o fato de que a dialética virtual é o primeiro espaço democrático efetivamente amplo do qual temos noção na história – uma reedição em escala global da Ágora grega. Após séculos de retenção do poder da informação as pessoas finalmente passam de passivas consumidoras a agentes participantes do processo – e este amadurecimento requer tempo; o processo paciência: há pouco mais de 2 séculos a imensa maioria era analfabeta. E isto somente se alterou porque a burguesia necessitava de mão-de-obra um pouco mais qualificada e de consumidores minimamente escolados; mas não havia (não há) o interesse de fomentar o livre pensar – o único espaço onde isto é possível é a rede, onde não há coerção e sim auto-organização.
E é através da capilaridade da rede que as catástrofes naturais nos mostraram como podemos nos unir e irrigar nosso corpo social de solidariedade , compaixão e super-ação – a ação superior potencializada pela convergência do coletivo a um ponto em comum.
E se o meio é a extensão do homem, sendo sua mensagem, nada mais justo do que construirmos meios hábeis de convergir o coração de nosso pensamento, o equilíbrio de nossa fala e a razão de nossas ações – afinal, formamos a rede, mas ela também nos forma.
Através destes pontos, creio no desenvolver positivo da curva de nossa evolução, impulsionados pela tecnologia que ajuda a expor mentiras e fraudes e a disseminar a verdade: somos um planeta, uma raça e, graças, diferentes culturas – seria monótono demais termos apenas uma monocultura. E nada sábio, pois sabemos da agricultura que monoculturas são menos resistentes à pragas.
Rumamos então da Era da Informação para a Era da Consciência, onde cada célula da rede entende seu valor criado a partir da interação – afinal, só se é, sendo; e isto comumente em relação a algo. Acho que não preciso, tampouco tenho tempo, para adentrar na questão já amplamente debatida no Bezerro de Ouro.
E a Era da Consciência é atingida a partir de dois estágios – paradoxalmente concomitantes e sequenciados.
Explico: quando entendermos a transvalorização dos valores proposto por Nietzsche e o aplicarmos ao nosso Ser, compreendendo nossa insignificância individual, passaremos a nos reafirmar nas ações no e para o coletivo – tal qual abelhas trabalham para o bem da colméia. E tantos outros exemplos mais que encontramos na sábia natureza que nos ensinou tudo até a poucos séculos atrás, mas que arrogantemente agora desprezamos.
Nosso valor se encontra exatamente quando nos esvaziamos, posto que cheios somos incapazes de trocar e, assim, gerar valor.
Aliás, vale o elogio ao filme Avatar, que tão bem e corajosamente retrata isto – lá inclusive se encontra o conceito de rede, de tribos e de superorganismo.
braços carregam muito mais ajuda e compaixão que a mais forte das solitárias e poderosas mãos do planeta. A era da canetada está com as páginas contadas; todo poder ao social.
Se analisarmos bem, a representação pictórica de uma rede social – bolas e traços – pode ser igualmente utilizada para representar desde moléculas, células neurais, redes de TI, organogramas, mapas e até a constelações, onde um aspecto interessante é a observação de que a Terra com sua Lua é a representação macro da estética do átomo com seu elétron, bem como planeta e cometa representam cosmicamente o discurso fecundo do óvulo e do espermatozóide.
E esta abordagem toda é para evidenciar o Amor como a compreensão de um plano maior – onde o dentro é fora e o Todo é uno e múltiplo –, uma elevação do pensamento, da fala e das ações. A convergência a um ponto da criação do que ouso dizer seja o Übermensch nietzschiano – o homem que transcende em rede.
E este Ser em Rede a concretização de nossa divinificação: onipresente, onipotente, onisciente. Não cada célula, mas todo nosso corpo social.
Se pensarmos que há milhões de anos eramos organismos unicelulares que foram se juntando para formar organismos pluricelulares simbióticos e assim, no caminho da evolução, forjamos isto ao qual chamamos de corpo humano constituído de bilhões de células em constante interação e renovação – o que para uma é a morte é para o todo um novo ciclo de vida.
Entender esta dinâmica cíclica entre o princípio agregador, Eros, o direcionador, Ágape, e o fim harmonizador, Philia, é entender o conceito grego de Amor que se consolida no Amor fati – o Amor ao destino, não como passivos espectadores, mas agentes responsáveis por tornarmo-nos aquilo que somos em essência: Seres em Rede que criamos, organizamos e compartilhamos tal qual os preceitos do PKM - Personal Knowledge Management.
E é em Rede que alcançamos nossos melhores resultados. Sustentabilidade é Ser em Rede.
Na sustentabilidade do Amor, ponto de convergência, superação e elevação,
Erige-se uma rede sustentável a medida que seus pontos são fortes, independentes e equânimes, colaborando em um ambiente livre, sem coerções, obrigações ou imposições externas de algum sistema ou grupo ou ainda internas, do ego.
As externas são conquistadas pelo poder revolucionário da rede, que por sua vez tem seu poder na força (multiplicadora) dos pontos, equânimes pelo trabalho individual de conquista do ego, tornando-o colaborador subjugado aos valores maiores atrelados ao coletivo e ancorados nos indivíduos.
Então fica evidente que a rede sustentável principia no Ser forte e independente, realizando a essência da convergência – a co-existência harmoniosa entre independência e interdependência, individual e coletivo.
Distorções ocorrem quando o coletivo da rede é proporcionalmente mais forte que um ponto da rede, levando à desarmonia que diminui o individual e subtrai a individuação gerando oportunidade para a sustentação de uma autocracia; e a resistência a partir do fortalecimento do ego e do individualismo, ao invés do respeito à individuação.
Quando o coletivo é fraco e há pontos fortes, pode haver o surgimento de ditaduras e, mais uma vez, a diminuição do individual.
A restrição da liberdade em ambos os casos é uma realidade.
Eis o paradoxo: quanto mais nos entregarmos à rede, ao coletivo, mais livre seremos como indivíduos e respeitar-se-à nossa individuação. Para isto, precisamos abrir mão de nosso individualismo.
Eis a única realidade: a revolução só se faz em rede. E só se começa por si. E por Amor.
Na rede que pulsa em nós,