sábado, 31 de dezembro de 2011

Amor Real



Que valores você irá coroar neste novo ano?

Na jóia realizadora de desejos, pedra filosofal fundamental na edificação de todo Ser,

Amor chronos vincit - quatro mensagens para quatro estações

O Amor vence o tempo, mas manda mensagem amorosa para fazer as pazes entre o tempo, o senhor dos espaços e da emoção, e a razão para que todos tomem conhecimento da nova união que resulta em sabedoria harmoniosa dos seres conectados em rede.

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Algum dia tudo acaba - até lá, que seja eterno o viver no Todo que nunca perece.

Eternidade não se mede com o tempo, mas pela intensidade, esta sim, que pode beirar o infinito e se fazer espaço ao seu tempo particular.



Que Terra é firme? Que porto é seguro? Que fluxo há senão o da maré da vida que leva e traz tudo de bom e de mau que julgamos assim... eternos, quando de eterno só há o ciclo da mesma maré, o fluxo do mesmo rio, as ondas do mesmo oceano - só há sofrimento se nos rebelarmos contra esta verdade. Entregando-nos a ela, ela se volta para nós e nos conduz ao êxtase em vida.

Amor, o fluxo, o reconhecimento do fluxo e o fluir em si.

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Que minhas palavras sejam puro combustível para minha ação e que minha ação seja o espelho de minha mente e que minha mente seja um só com o mundo



Alinhe corpo-fala-mente e torne tuas palavras chamas de sabedoria a aquecer e ativar a ação de todos com quem entras em contato.

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Crescemos através de nossas fissuras. Na crise, crie-se!



Cuidado - dê somente o melhor de si para se adubar.

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Intuição = Razão + Emoção



Amor, Fogo líquido que percorre nossas veias, néctar de sabedoria que banha nosso Ser.

No oceano de sofrimento ou de prazer, dependendo da inclinação de seu Ser,

Quando o Amor dá na telha - aprendizados com Amor

Para ter resultados superiores você deve cultivar bem sua base.

Para dar frutos no topo, você deve nutrir bem suas raízes.

Para chegar ao céu, você deve passar pelo inferno.

Para realizar o nirvana você deve compreender o samsara.

Enfim, aprendizados para o fato de que se você for cortar telhas para fazer um telhado, melhor estar de sapato... e logo o pé direito: como vou entrar em 2012 assim?

Se não dá pra ser de pé direito, que seja de cabeça!

No mergulho da mente-coração em cada situação, sem julgar se boa ou ruim,

Amor à liberdade, uma necessidade

Quando se convoca o passado para se justificar o futuro, mata-se o presente.

A necessidade do Amor é estar livre; o desejo do Amor é se conectar - o resultado do Amor é um estar-se preso por vontade.

No desejo de saciar toda necessidade de todos os seres, união incondicional,

Amor, o verdadeiro tutano do Ser

O Amor é capaz de regenerar até os ossos, pois é preciso reinventar nossas estruturas para alçar vôos mais altos.

Para uma árvore se lançar ao céu, alcançar o topo e dar os melhores frutos deve descer às maiores profundezas onde se encontram os melhores e mais puros nutrientes - para subir é necessário descer.

O Ser é passagem, devir, ascese que principia na descida à Terra. Der Übermensch ist Untergang, como diria Nietzsche.



Do tutano à áurea, tudo é essência, corpo, fala, mente.

Largue o osso e flua com a vida, sem rumo, mas com o destino em mente, ancorado no coração.


Que em 2012 possamos renascer para uma vida de eterno Amor!




O novo só nasce quando o velho morre: dê aDeus (a)o seu ego e viva a plenitude da conexão com o Todo da vida - sem medo, sem joguinhos, sem receios. Entregue-se à vida que a vida se entrega a ti.

Brilhe e ilumine sua escuridão com o calor de seu coração.

No vazio luminoso ao qual damos forma em nossa interação,

sábado, 24 de dezembro de 2011

Votos de Amor natalino




Que uma Luz forte, branda e acolhedora se eternize no seio de Todo Ser.

Que a alegria seja tanto singular, quanto universal.

Que todos os seres possam estar livres do sofrimento e da causa do sofrimento.

Que toda potência queira se realizar em poder.

Que os sinos toquem baladas de Amor no coração de todos os seres!

Na convergência dos quereres,

O momento do Amor

Todo instante é demais para quem teme a eternidade.

Na entrega total ao fluxo,

Amor, grandeza a cada despedida

Cultivando o Amor sem posse, a contemplação da beleza da vida, da sublime existência de seu sorriso em meu horizonte, crepúsculo que anuncia a aurora de um novo Ser e que para sempre será um Sol que nunca se põe, mas brilha pela alegria de lhe Amar.

No até breve, raio de fé que une o pôr ao nascer-do-Sol,

O caminho do Amor entre o destino e o livre arbítrio

O destino é infalível para a formação de caráter - mas só se apropria dele quem quer.

Amor Fati, eis o meu destino, eis o meu Amor: aceitar o Todo para a tudo transformar.

Amor ao destino - Amor Fati, fazendo de tudo o seu caminho de ascese; eis o caminho do forte, eis o caminho do bodisatva, eis o meu caminho, amar até os espinhos, pois amar apenas o aroma é óbvio demais.

Na liberdade de Ser quem Eu Sou,

Na gestão do Amor

Amor é aprender a organizar seu tempo e suas idéias para dar forma ao seu potencial.

Na constante modelagem do Ser,

A chave do Amor

A chave ao mesmo tempo tranca e destranca - pra que lado está virando o jogo da vida?

Por um Amor livre. Para estar-se preso por vontade.

Na liberdade aquariana do Ser,

Amor à toda paisagem humana

Amor às depressões, aos vales das sombras e picos de pura Luz - Amor à toda paisagem humana,

Em momentos de depressão - mesmo os constantes que definem um quadro depressivo; isto também vale para ansiedade e síndrome do pânico - a primeira coisa que se precisa fazer é cultivar sua paz interior, gerando e cultivando um espaço interno através da respiração.

É aceitar-se na dor e no prazer de se ser o que se é e buscar cultivar isto com excelência.

Não rejeitar esta fase no vale da sombra (do Eu), muito mais agradecer a ela, pedindo-lhe que lhe mostre o que tanto lhe magoa, o que tanto queres mudar: fazer do sofrimento seu guia para assim alcançar a verdadeira felicidade.

Só a dor pode mostrar o que precisa ser mudado/transformado.

Só o Amor pode realizar essa transformação - com Luz/clareza para discernir o que pode e o que não pode ser mudado, Força para realizar o que for necessário e compaixão para acolher todo o resultado equanimemente: amar seu destino.

Amar o que se é agora. E se perguntar como se quer ser no instante seguinte. Amá-lo também, atraindo assim para si na pulsação do coração.

Reflita.
Por que sentes isto?

Que atos o tem feito se sentir se boicotando?
Mude-os.

Que resultados o tem desagradado?
Analise suas causas.
Mude-as.

Que pensamentos o tem preocupado?
Mude a perspectiva.
Canalize-os para a transmutação.

Psicólogos, gurus, psiquiatras, terapeutas? Sim, eles lhe levarão ao mesmo lugar que precisas encontrar por si mesmo. Eles poderão ajudar, mas é somente você quem terá que ter a coragem de procurar, encontrar e entrar para poder sair mais completo.

Cada vez se é mais afoito. Precisa-se aprender a controlar suas emoções..

Aguardar as informações do mundo exterior chegarem, estarem disponíveis, colher mais informações, amadurecê-las dentro de si para tomar decisão mais sábias e sustentáveiss ao invés de ansiosas e apressadas.

Respire.
E pare de se julgar.

Seja feliz aqui e agora, pois não adianta correr atrás de nada, porque à sua frente espreita a morte - cultive o único espaço-tempo onde há vida; o Aqui e Agora.

Na seqüência de instantes que marcam a eternidade de nossas memórias,

Amor Capricórnio

Vá e se vença para vencer no mundo.

E tal qual a pipa, aprenda a dançar com o vento da vida, sem nunca perder seu caminho e seus valores rumo ao topo.

Nos degraus do Ser,

Amor, inteligência emocional no cultivo do Ser

Do sol ao Sol. ~:D

Mas lembre-se que ele também se põe e vai ter com as profundezas, sem nunca deixar de brilhar e iluminar seu caminho. #inteligenciaemocional

Eis a chave evolutiva que abre todas as portas do labirinto de nosso Ser.

Na jardinagem evolutiva,

Amor sagitariano

Tira o véu de teus olhos, contempla as estrelas em tua profunda natureza; voa, trotando seu caminho pelos céus infinitos de teu potencial. Lança-te junto a tua flecha em benefício de todos os seres, mas fazes isto com calma, na serenidade de teu Ser que amanhece a cada ocaso, que desperta enquanto todos dormem.

Sê sagitariano na sua potência máxima, mas humano em todo seu esplendor - equilibra-te e triunfarás; conquistarás primeiro a ti mesmo, depois a teus mais nobres objetivos.

Todos temos um sagitário em nosso mapa astral - ative o seu.

Que sua existência se signifique na entrega ao Todo.

No arco, flecha, alvo e precisão,

O despertar da flor do Amor

Amar é abrir-se à vida, é deixar-se florescer o espírito.

Na rega diária que aflora a enteléquia, me-dita-a-ação da mente-coração,

O destino do Amor é Ser livre

Seu destino é fazer de seu livre arbítrio seu Destino.

O livre arbítrio é ação, é a passagem, o passo ousado entre duas zonas de conforto, pontos de interação, é percurso, é perfazer, é devir. É união dos pontos. Destino. Um instante do caminho. Superação.

É o pé, a pisada e a pegada, além da chegada realizada a cada contato com o 'sol-o' e projetada em um momento do tempo, ocupando assim um espaço em termos de conceito (virtual) e de ambiente (atual).

Eis a realidade: a meta do destino é ser livre.

Na dança da Fortuna,

Amor, enteléquia dos corpos vivos

Amor é o cultivo da visão e da coragem de se ver e agir conforme o necessário; é a canalização do desejo para o ganho de potência.

É enxergar em cada situação sua força evolutiva inerente e agir conforme o necessário para fazer a verdadeira natureza de cada instante florescer; tornando-se o que se é, pura Força e Luz, energia em devir.

Na jardinagem evolutiva que realiza o ponto de perfeição de cada Ser,

AMOR informAÇÃO

Não há espaço-tempo que conhecimento não possa eternizar em sabedoria, eis a gestão da informação através do Amor.

No metadado que gere toda rede de informação e conduz à sustentabilidade,

Amor transvalorizador

No Amor, as lágrimas se tornam bálsamo e néctar.

O Poder da Vida: convergência de potências através do Amor

Amor é quando duas vontades se encontram e de potências criam o poder da vida.

No fluxo da convergência, na convergência do fluxo,

Amor metadados - lançando os dados da meta

Amar é pedir licença à saudade para se jogar além da lembrança na memória de cada instante, eternizando-se em ação, fecundando palavras, dando sentido ao vazio que nos abriga.

Alea jacta est - os dados estão lançados.

Amar é determinar como o fluxo - aparentemente aleatório - nos perpassará e como perpassaremos o fluxo.

Dar um sentido à nossa passagem, eis nosso livre arbítrio: dar um sentido ao destino - a começar pelo nosso.

Dar valor aos dados: tanto às unidades de informação, quanto à sorte, fortuna que nos sorri e se oferece à dança da vida.

No fluxo do sentido que damos ao fluxo,

Vida, amorosa vida

EVOLue. aceite. perdoe. acolha. transforme. AME incondicionalmente.






Da bronca à conciliação, do afeto à razão, do oposto ao complementar, eis a ascese do Amor.

O desejo do Amor incondicional e universal

Que possamos ser aquilo que os outros necessitam, este deve ser nosso único desejo.

No voto de bodisatva,

Na velocidade do Amor, no sentido da Luz

Todo fluir é transgressão,
toda passagem, união,
toda meta, evolução.

Toda passagem, toda transgressão é ganho de potência.

Todo pôr-do-sol é renovação de potência.

Não fico preso ao Aqui, me entrego ao Agora que vai ao encontro do mar, da escuridão do desconhecido que espreita no horizonte; é a pura Luz que mergulha - Sol-o-Ser.

A Luz é a medida do devir - quanto mais vibramos Luz, mais convergirmos e comungamos do fluxo.

Na velocidade da Luz, sentido do Amor,

Pôr-do-Amor, Nascer-da-vida

Quantas vezes você me acompanhou até aqui?

Em quantos pôr-de-sóis* não estivemos juntos?

Quantos renascer a sós?

Ó ilusão de minha mente, verdade de meu coração.

Amor,

não bato palmas,

mergulho na profunda escuridão para sempre tornar a iluminar-te;

pois tu sou eu, eu sou tu.

Somos a interdependência da Rede,

somos a Rede,

somos ponto-a-ponto,

somos ponte,

somos travessia,

somos Übermensch,

somos devir,

somos ocaso,

somos instante.

Na eternidade do momento, o potencial do Amor,


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* O gramaticalmente correto é pores-de-sol, mas o que ocorre de fato é o que o Sol nunca se põe, o que mergulha somos nós nas profundezas da ignorância de cada universo particular, mundo a renascer a cada olhar; daí a opção por criar o por-de-sóis, pois também somos sóis e não estamos sós, um dia brilharemos juntos - iluminamos o nosso mundo com a luz particular de nossa compreensão.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Horizonte do Amor, verticalidade da vida

Cultivar o Amor sem posse, a contemplação da beleza da vida, da sublime existência de seu sorriso em meu horizonte, crepúsculo que anuncia a aurora de um novo Ser e que para sempre será um sol que nunca se põe, mas brilha pela alegria de lhe Amar - eis meu destino, Amor Fati.

No estudo do solo,

O poder do Amor

A vida é um todo de potências a ser convergida em sentido, poder de ato coerente e sustentável - amar até o desamor, eis meu destino, Amor Fati.

No Amor que jazz, Deus que dança,

Amor ao destino

O destino é infalível para a formação de caráter - mas só se apropria dele quem quer.

Amor Fati, eis o meu destino - aceitar o Todo para a tudo transformar, fazendo de tudo o seu caminho de ascese, eis o caminho do forte, eis o caminho do bodisatva, eis o meu caminho: amar até os espinhos, pois amar apenas o aroma é óbvio demais.

Na realização da não-dualidade, cultivando a bodhichitta,

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Amor 'apokálypsis' est

O fim está próximo.
O fim está distante.
O fim está.
O fim está para a morte
como o eu para a vida.

Estamos, não somos,
queremos Ser.
E, querendo,
não somos
- estamos,
estagnados em nós mesmos.

Necessitando apenas Ser
desejando apenas Estar
longe de tudo, perto do nada,
livre para compor com o Todo (de sua existência)
- eterna.

Como o grito do silêncio,
a Luz da escuridão
e o delírio de todo são
que busca se individuar
para se tornar Uno
e assim o Todo glorificar.

Na divina comédia, apocalipse do Ser,

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quando o Amor fala mais alto

Amor é quando o silêncio se cala diante de tanta beleza e grita, na certeza de encontrar resposta no sorriso que encanta e silencia a ansiedade imatura que pulsa no coração cansado de tanto sofrer.

No detalhe do instante que confere toda eternidade,

O GP do Amor

Se algo começar a lhe aborrecer, dê aquele leve sorriso pós-orgasmo, regozije e conscientize-se de que aquilo está lhe ajudando a tornar seu próximo sexo ainda mais relaxante.

Agradeça sustentando o sorriso e convidando a pessoa mentalmente a também investir a libido dela em uma prática mais prazerosa e criativa do que fuder com sua paciência.

Pronto. Você acaba de ativar seu ponto G, de Gentileza e de Generosidade, e reforçar seu ponto P, de Paciência.

E com o GP em dia, é acelerar fundo, sem se importar com quem chega primeiro, mas muito mais em chegar juntos, sem estresse ou paranóia.

No S do sexo e na reta da vitória do prazer, completamente sem freio,

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O poder da consciência do Amor

O poder fragmentado se capilariza nas potências individuais - e converge ainda mais poderoso a um novo centro expandido.

Eis o poder da consciência do Amor.

Na união não-dual que converge em nós ao encontro do Todo,

Amor, instante presente

Amor é dar tudo o que cabe até aqui e no instante, entregando o restante à eternidade - que um dia se faça presente.

No momento da aceitação e confissão da entrega de abertura do Todo,

Amor, berço da concepção



Meu Amor está assim: alquebrado, amassado, doído; passado que se faz presente na lembrança daquilo que agora rasga minha alma, mas, com calma, condena e conclama-me à vida.

Quase morto, meu Amor vive; sobrevive na certeza de que eu mesmo morrerei, mas que, ainda vivo, viverei em toda minha plenitude para um dia lhe dizer ao pé do ouvido, no fundo dos olhos, arrancando-lhe um sorriso: eu te amo pra caralho.

No berço da concepção de um novo Ser,

Amor, sublime Amor



Daí-me asas,
forças para elevar-me
da escuridão de minhas ruínas
para esclarecer minhas profundezas
e me alçar ao pleno potencial de mim mesmo:
meu pleno potencial de Amar.

Daí-me? Não. Renasço sem penas,
mas com estrutura de elevada paisagem
na qual atuarei de maneira sublime
sem preocupar-me com aplausos,
mas realizando a arte do encontro com o Todo.



Nas alturas do Amor mais profundo,

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amor, loucura do destino, liberdade última

Amor é encontrar um caminho entre o desejo e a falta, o apego e a frustração; o caminho do meio, sorriso que aquece a mente-coração - não há nada a ser conquistado, nada a ser perdido; só Amor a ser vivido.

Amor é deixar o tempo abrir espaço para a vontade.

Na vivência do Todo que me satisfaz,

Love, seek and deploy

Love is just a place in the sun embracing darkness with compassion.

Breaking through to the other side,

sábado, 1 de outubro de 2011

Amor elucida - da vitória de Eros sobre a ignorância que é morte

Afirma-se na psicanálise freudiana e entre livros e mesas de bar que somos regidos por duas pulsões - de Eros, a vontade e a vida; e de Thanatos, a morte.

Há aqui uma prisão conceitual que nos torna reféns do dualismo e possibilita a retórica do ressentimento e da má consciência, em suma, da culpabilidade; além de conter um grave erro lógico: se Eros é vontade, a expressão do querer da vida, então não pode ser vencido por outra pulsão ou força, pois é a força criadora-em-si.

O que ocorre na morte, tanto simbólica, quanto prática, é que a vontade, a potência criadora da vida, Eros, já lançou sua flecha e evoluiu pelo furo ocasionado, resultando em um evento que pode trazer tanto aprendizado e evolução, quanto ressentimento e estagnação.

Aqui reside o livre arbítrio: acompanhar o fluxo da potência da vida, estando sempre Eros presente, posto que o louvamos e acompanhamos - eis o destino de Eros, evoluir; ou negar e arrastar-se em sua ausência, estagnando, gerando mágoa (má água), ressentido-se, vitimando-se ou acusando-se; pois quando Eros está, Thanatos não está e quando este está, Aquele já fluiu para um novo momento presente, uma nova esfera de presença e ação, relegando a morte, Thanatos, ao passado.

Acompanhemos nossa potência, pois no futuro só há vida. Eis a verdade e o caminho do Amor: passado, presente e futuro são, também, categorias relativas e ligadas ao processo de perda - do tempo, de si e da potência, pois fluindo com Eros só há a eternidade presente a cada instante.

Nascimento ou morte, venceremos.

No fluxo da potência que a tudo supera, posto que tudo une,

Quo vadis potentiam Amor - o caminho da potência entre o afeto e a razão

Escrevo tanto impulsionado pelo meu conhecimento, quanto constrangido por minha ignorância, que aumenta conforme aumenta proporcionalmente meu conhecimento. O que penso é o que estudei até aqui, mas o faço à luz de portas que se abrem a cada passo que dou rumo ao desconhecido, revelando novos corredores a serem percorridos no labirinto do conhecimento humano tão perigosamente familiar.

“O familiar é o habitual; e o habitual é o mais difícil de “conhecer”, isto é, de ver como problema, como alheio, distante, “fora de nós”...” A Gaia Ciência, Nietzsche, Livro V, Aforismo 355

Pelo que sei, foi minha vontade que me trouxe até aqui. Mas será que essa vontade é minha? Até que ponto tenho consciência dela, até que ponto ela me controla? E se tudo o que pensamos ser consciente for de fato inconsciente – ou ao menos passivo e reativo – e a verdadeira atividade e consciência for aquele rio caudaloso que flui no inconsciente, a verdadeira atividade tanto do Ser, quanto da vida?

Para Nietzsche, “consciência é, na realidade, apenas uma rede de ligação entre pessoas – apenas como tal teve que se desenvolver: um ser solitário e predatório não necessitaria dela. [...] sendo o animal mais ameaçado precisava de ajuda, proteção, precisava de seus iguais, tinha de saber exprimir seu apuro e fazer-se compreensível – e para isso tudo ele necessitava antes de “consciência”, isto é, “saber” o que pensava. [...] o ser humano, como criatura viva, pensa continuamente, mas não o sabe; o pensar que se torna consciente é apenas a parte menor, a mais superficial, a pior, digamos: - pois apenas esse pensar consciente ocorre em palavras, ou seja, em signos de comunicação, com o que se revela a origem da própria consciência. [...] o desenvolvimento da consciência (não da razão, mas apenas do tomar-consciência-de-si da razão) andam lado-a-lado.” A Gaia Ciência, Nietzsche, Livro V, Aforismo 354

Eu questiono a minha potência

Quanto de minha pulsão consigo compreender e verter em ação consciente? Em que medida sou vertido? Em que parcela determino, em quanto sou determinado? Qual a relação de forças entre o individual e o coletivo e aquilo que perpassa a tudo e que podemos chamar de potência, secreta às percepções menos silenciosas e perscrutadoras: a superficialidade raramente busca a raiz do problema e por isto mesmo dificilmente consegue chegar ao topo e tocar o céu; rasteja – mendicante por nutrir-se do que cai ao solo, apavorada pelo medo de ser esmagada pelo firmamento. Onde se encontra a ousadia de se embrenhar neste solo e dele se nutrir, sabendo da importância da ascese sob o sol individual que nos aquece os sentidos e clarifica os caminhos rumo à superação de si mesmo? Encontra-te na vontade.

“A vontade não se dirige para fins dados à partida, mas ela é a instância primeira: aquela que estabelece objetivos e fins; o que quer dizer que ela os reconhece como sua pertença” Otfried Höffe, Introduction à la philosophie pratique de Kant: la morale, le droit et la religion, 1993, p.66

E é na vontade que se encontra também o pensar. Mas quanto do que pensamos já não se tornou paisagem mental e não é devidamente questionado? Quanto do que vivemos e pensamos não são valores e vontades de terceiros, que aprendemos a carregar como camelos apenas para ter direito a entrar no oásis prometido por alguém que se beneficia desta fábula?

E se o oásis for veneno que nos enfraquece na justa medida de nos tornar servos capazes de fazer o serviço dos donos da pseudo-abundância na pseudo-escassez?

E se nosso maior aliado for o deserto, que não nos mata, mas fortalece, que não nos mantém reféns de gotas de liberdade e saciedade, mas oferece o desafio do horizonte sem fim para quem tem sede de saber?

Sim, quero apoderar-me tanto deste sol escaldante da razão quanto descobrir os lençóis artesianos dos afetos que indicam a vontade e o caminho para o Ser perseverar. Mas que Estrela é esta entre o Sol e a Lua, que se eterniza no brilho de suas ações, mas não passa de cometa em busca de afirmação na dança das órbitas? Não seria esta contraposição razão-afeto também um truque, uma armadilha para ficarmos reféns de uma dualidade enquanto esta é inerente a uma unidade?

Não são os opostos margens complementares de um só caminho? Não é este caminho a ascece do humano para o Übermensch – dominarmos nossas paixões e não sermos dominados pela razão dominante – nossa ou de outrem –, desenvolvendo um fluir do Ser em constante devir – não tendo uma forma ou matéria a priori ou a posteriori, mas sendo pleno no instante?

“A conduta moral não tem como objetivo encaminhar o homem para um fim. É a vontade por si só que determina o agir humano, dando-lhe a lei a que sua conduta deve obedecer. Não se trata de dizer qual é o bem a atingir nem o que se deve fazer para o alcançar. Apenas se diz como se deve agir, indica-se como se deve actuar, a forma como o homem deve actuar para agir bem” José Henrique Silveira de Brito, Introdução à Fundamentação da Metafísica dos costumes de I.Kant, p.25

A potência questiona meu Eu

Escrevo até aqui em primeira pessoa; mas que pessoa é esta que é um constructo, uma definição, um valor criado individual-coletivamente para uma rede de células ao qual se atribui um significado que comumente nos serve de porto seguro tanto quanto de cruz na qual pagamos nossos pecados – mesmo que não sejam nossos?

Usemos esta cruz para realizar o salto entre as pontas axionais de compreensão da física para derrubar valores dualistas forjando a unidade imanente de um sistema intrinsicamente binário e não-dual: somos, desde nossa construção-base, compostos de elementos físicos e metafísicos ou, melhor dizendo, químicos.

Basta observarmos a construção de nossa rede neuronal: os impulsos elétricos correm pelos axônios e superam o espaço entre os dentritos com auxílio de neurotransmissores em um ciclo natural que vai da física à fisica passando pela metafisica da química da vida.

E, por um princípio lógico, a ponte segue o padrão das margens para garantir sustentabilidade à travessia de si mesmo – se a física é em rede, a metafísica também o deve ser.

Tudo é possível se afirmar e firmar, dependendo do ponto-de-vista que observa e age no vazio que a tudo perpassa e que possibilita a manifestação das potências criativas que reinventam o universo a cada revolução oriunda dos eventos, rompantes de pulsão de vida que encontraram ou realizaram um furo para transpassar a superfície dos véus da ilusão para unir os opostos complementares e assim gerar sabedoria não-dual a partir de dois sistemas que se julgam auto-suficientes, a saber: o afeto e a razão, ambos ainda reféns da subjetividade de um Eu inexistente.

Não seriam ambos necessários para conceber uma co-reta compreensão das coisas como são e das coisas como devem ser, não como algo imposto – do exterior ou do interior -, mas como algo que naturalmente co-emerge como lógico e necessário a partir da relação dos pontos, um choque de potências que afeta e canaliza, uma necessidade que se impõe diante da conexão interdependente entre dois ou mais pontos, uma potência a ser revelada a partir dos encontros da convergência em chaosmos?

Poder: rede de potências em convergência

Se compreendemos tanto a física, quanto a biologia como regidos pelo princípio da rede, a metafísica que melhor se alinha a este posicionamento e que aumenta a potência do Todo é uma metafísica que propõe a convergência dos valores no Ser em Rede, um Ser ao mesmo tempo individual e coletivo, razão e afeto, um Ser em constante atualização, cuja única moral é convergir ao Todo com o máximo de sua potência, partindo-se do pressuposto de que o destino de toda potência individuada é se realizar convergida no poder do Todo.

E um Todo sadio, que consegue comungar das propriedades emergentes, é um Todo cujas partes são diferenciadas, tendo a diversidade como força vital da unidade e uma proposta revolucionária: conceber a inteligência de rede, ou como chamado por Antonio Negri e Michael Hardt, inteligência de enxame:

“Quando uma rede disseminada ataca, investe sobre o inimigo como um enxame: inúmeras forças independentes parecem atacar de todas as direções num ponto específico, voltando em seguida a desaparecer no ambiente. De uma perspectiva externa, o ataque em rede é apresentado como um enxame porque parece informe. Como a rede não tem um centro que determine a ordem, aqueles que só são capazes de pensar em termos de modelos tradicionais podem presumir que ela não tem qualquer forma de organização – o que eles enxergam é apenas espontaneidade e anarquia. O ataque em rede apresenta-se como algo semelhante a um enxame de pássaros ou insetos num filme de terror, uma multidão de atacantes irracionais, desconhecidos, incertos, invisíveis e inesperados. Se analisarmos o interior de uma rede, no entanto, veremos que é efetivamente organizada, racional e criativa. Tem inteligência de enxame. [...] A inteligência do enxame baseia-se fundamentalmente na comunicação.” Multidão. Antonio Negri e Michael Hardt, página 130

A rede é um processo cíclico que se repete em devir: tal qual nossos pulmões, tal qual o próprio sol, e nosso próprio coração, vivemos uma relação com duas fases, expansão e retração, micro e macro, individual e coletivo, 0 e 1, atual e virtual – basta-nos compreender, aceitar, transmutar e entregar.

Afinal, como nos revela a física quântica, além de tudo ser vibração, toda energia é regida por um campo informacional que determina se esta será percebida como matéria ou pura Luz.

“Não só a linguagem serve de ponte entre um ser humano e outro, mas também o olhar, o toque, o gesto; o tomar-consciência das impressões de nossos sentidos em nós, a capacidade de fixá-las e como que situá-las fora de nós, cresceu na medida em que aumentou a necessidade de transmiti-las a outros por meio de signos. O homem inventor de signos é, ao mesmo tempo, o homem cada vez mais consciente de si – ele o faz ainda, ele o faz cada vez mais.” A Gaia Ciência. Nietzsche, Livro V, aforismo 354

Cabe então à razão unicamente manter a atenção plena de questionar o interesse da motivação da manifestação da potência: age em convergência com o Todo ou tendenciosa, em prol de alguma das partes – o Eu, o Outro ou o Nós (que exclui o Eles)?

Quanto mais convergido ao Todo, mais pura a motivação da potência, pois quanto mais próxima ao Todo, mais amadurecida em poder esta se torna. O jogo se trata da relação razão-afeto, motivação-atenção, individual-coletivo: devemos combinar ambos como unidade. E a unidade só é potência sustentável no Amor – Amor como princípio (Eros), como meio (Ágape), como fim (Philia) e como processo (Fati).

É no Amor que encontramos o Eu como uma perspectiva de ação do Todo, uma potência tornando-se o que é, convergindo ao poder. O Todo empodera a potência individual da qual temos que nos apoderar conscientemente – em uma comunicação convergida na rede interligando pessoas, mas também seu ambiente que as sustenta – para realizarmo-nos no que somos: energia em constante revolução para qual a única lei universal é a potência devir poder. Somente sob esta égide é que a lei universal do direito kantiano procede: “Age exteriormente de tal modo que o uso livre do teu arbítrio possa coexistir com a liberdade de cada um, segundo uma lei universal”. Rechtslehre, Einleitung, § C, Bd. 7, p.338 (A 34; B35)

Ita quo vadis potentiam?

A razão deve se conscientizar das armadilhas o ego e questionar tanto a própria razão, quanto a percepção do afeto para canalizar a potência ao Todo, que é a potência em rede, o poder da vida perseverar – et congregata est potentiam Amor: este Ser em Rede, a busca por forjar um processo convergente através do Amor, intuindo as relações das diversas potências em convergência com o Todo em busca de se realizar poder.

Amor, única força capaz de unir opostos e torná-los complementares, alcançando a propriedade emergente em homeostase propiciando uma ascece constante e sustentável, recriando no vazio o Ser em Rede que transborda Amor – a gestão da informação que gerencia nosso conhecimento para melhor compreender nossos afetos e, assim, otimizar nossos encontros para que sejam sempre ganho de potência.

Nos encontros e desencontros da vida que moldam minha potência,

sábado, 24 de setembro de 2011

A cosmologia do Amor

No princípio era o caos e deste fez-se Amor.

No chaosmos,

Aprendizados do Amor

O Amor é liberdade que educa, relação que ensina a Ser, forte, amoroso, sábio, eternamente jovem e feliz.

Só há aprendizado na liberdade, só há vida na ascese, só há Amor na sinceridade.

Na confissão que liberta, sinceridade que constrói,

Aprendendo a viver nas asas do Amor

Ó sábio sabiá
me ensina a viver,
a cantar e voar,
a nunca ressentir, nem quando morrer.

Ó feliz andorinha
me ensina a viver,
a voar em bando
para garantir que o verão irá nascer.

Ó jovem rolinha
me ensina a viver,
a virar pomba,
gira o mundo e me faz crescer.

Ó forte águia
me ensina a viver,
a desgarrar do bando
para a mim mesmo vencer.

Ó amável agaporne
me ensina a viver,
a ter prazer nos encontros
e a não mais me esconder.

No coração, puleiro de experiências, ninho de aprendizados - "lá onde a coruja dorme",

Amor, vazio luminoso

É no vazio do silêncio que se manifesta o verdadeiro potencial do Amor, manifestação máxima do vazio luminoso.

Na vacuidade que contém toda potência do Ser,

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Lógica do Amor - da potência ao poder da vida

Penso, logo não sei se existo, confirmo minha existência à Luz das experiências.

Forte, quando canalizo minha potência para convergir com a propriedade emergente da vida;

Fraco, quando não organizo meus encontros e acabo gerando perda de minha potência e decréscimo do poder da vida que se capilariza em mim;

Medíocre, quando me acovardo diante da vontade que emana em mim;

Brilhante, quando minha razão conduz a vontade e minhas emoções para interagir interdependentemente e soberanamente com o Todo da criação; individual e coletiva.

No sim que confirma tudo a partir do vazio do Todo,

Fé, Amor e Harmonia

E no instante em que acreditou, ele se tornou o que é: pura Luz do Amor que a todos perpassa, que a todos envolve, que tudo é; eterno.

Na harmonia das cores, formas, sons e odores,

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Viver é seguir a canção do Amor

Viver é saborear o caminho, aprendendo a dizer sim até aos espinhos, sim ao tempo, sim ao espaço, sim, sim, sim... Sim à vida com todas as suas qualidades, positivas e negativas, sem exceção, pois aquilo que nos alegra é também aquilo que nos entristece, aquilo que nos acalenta é também aquilo que nos magoa; em suma, viver é caminhar e, assim, amar.

Seguindo a canção do coração,

O imperativo categórico do Amor

A vontade existe sempre enquanto potência e precisa ser compreendida para poder atuar-se racionalmente no sentido de maximizar sua manifestação convergente a um poder maior.

Na contemplação da mensagem da vontade e racionalização eficaz dos meios,

Três picos do Amor

Três máximas de como deixar o Amor fluir.

1. cada um tem seu próprio karma, busque o seu e deixe o caminho dos outros pros outros

2. regozije pelo outro; tenha prazer ao ver se completando um ciclo que vc ajudou a iniciar - sua vez chegará também aqui

3. tente dar sem esperar em troca e regozijar com a vitória alheia - essa já será sua maior vitória

No dharma que é puro Amor,

sábado, 17 de setembro de 2011

Amor, coração liberto

Há pessoas que julgam o coração perigoso, chamam-no de enganoso até...

Mas este coração perigoso é o que está refém das armadilhas do Ego. O coração liberto pelo Amor é o espaço-mãe, onde todos os fenômenos são pura Luz e onde todo o tempo reina a eternidade.

Como diria Máximo Gorki: "A verdadeira sabedoria encontra-se no coração e é o coração que ensina o reto caminho.”

No caminho tortuoso que se endireita a cada contração e expansão da pulsão do Ser,

Amor, cultivo da rendição

Cultive-se. Compartilhe-se. Renda-se ao Amor.

Na valorização do vazio inerente e do valor das relações,

Love is the path to share

Share through education! Cultivate the sense of responsability! Develop sense of community! Arise peace and wealth! Love and kindness are the keys and the path.

Love is sharing, converging and overcoming,

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Amor - es-colhendo o melhor do melhor do mundo

O MELHOR DO MELHOR DO MUNDO é quando se está amando.

Amar é viver o MELHOR DO MELHOR DO MUNDO.

Amor é ser o MELHOR DO MELHOR DO MUNDO.

O que o Amor não faz com as pessoas? As canaliza para a superação!

Amor à vida, sempre; por alguém - no sentido além-philia - só quando é especial, quando ativa todos os chácras do corpo e faz o mesmo se tornar um só mente-coração, onde tudo vibra e reluz uníssono.

Amar é dizer sim ao poder que converge todas as potências.


Naquilo que potencializa a todos e nos torna mais divinos, sorriso que entusiasma,

Amor, potência e poder de superação

Toda potência deve convergir a um poder emergente.

E toda potência convergida se transforma em poder de superação.

Amor é tanto o processo de convergência, o objetivo e alvo da convergência - o poder - e o sujeito transcendente-convergente-imanente - a potência -, quanto é o estado anterior, o ato e a própria superação e novo estado evolutivo.

Nas propriedade emergentes que perpassam e vão além de nosso Ser, em convergência com o Todo,

Luz do Amor



Amor é Luz que ilumina a escuridão da ignorância individual e declara que somos Todos um!

Obrigado ao CESOrj e ao Giuseppe Ventura por cederem a foto.


No vazio luminoso que a tudo permeia, co-criador de tudo,

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os silêncios libertadores do Amor

Amor é a importância de se escutar os silêncios e compreender seus significados; mas principalmente ir além, desapegar da compreensão ordinária e alcançar a aceitação dos sinais para a partir daí construir uma nova realidade.

O silêncio dos sorrisos não oferece explicação, apenas conduz à evolução.

No cultivo da sabedoria que contempla o Todo e conduz à compreensão holística,

Love Fashion

Love your style, style your love.

Trend your Self,

Amor, redesign de afetos

Amor é quando o afeto rememorado vence o silêncio da indiferença, concebendo um silêncio resignificado.

É quando se assume que mesmo pleno, o outro faz falta também aqui, dentro de si, no espaço concebido ao se ir ao encontro do mesmo.

Na completude que é o ciclo do fluxo,

O singelo intuito do Amor

Amor é o singelo intuito de emoldurar um sorriso à face, mesmo que de leve, ousando tocar o íntimo para despertar e manter aquele fogo interno contínuo e brando, que desperta, mas não queima, que conforta, mas não acomoda.

Nos ciclos da vida, fluxos de sabedoria pura,

À Luz do Amor




Amor é dar forma solidária à Luz. #cesorjlightdesign

Ou melhor e quanticamente falando: é dar forma solidária à energia, criando (uma rede de) pura Luz.

É conceder tempo-espaço e o conhecimento da direção necessários para esta se manifestar naturalmente a partir de nossos corações.

Na manifestação de sabedoria pura no surgir de cada fenômeno,

A educação holística do Amor

Amor é quando o sofrimento conduz ao aprendizado e não apenas à banalidade da dor.

No foco desapegado convergido na evolução, fluxo ascendente conduzido pelas margens binárias da vida não-dual,

A canalização da liberdade do Amor

Amor é canalizar a vontade para não prejudicar a evolução do outro.

Afinal, o poder do Todo traz consigo responsabilidades das potências individuais.

No desapego e entrega para que o Amor floresça de maneira sustentável sem ser refém de ego algum,

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Luz que conduz o Amor

A Luz do Amor mostra o caminho e confirma a procedência de toda manifestação.

É como se fosse o encontro da reta razão de Kant com a vontade de poder de Nietzsche, fecundando um Amor tanto holístico, quanto sistêmico, spinozista por assim dizer.

Na vontade que encontra seu caminho, canalizada pela razão, auto-manifestação luminosa da vida em suas partes emoção e razão,

domingo, 4 de setembro de 2011

Do desapego no Amor

Quando penso em você, sinto um fluxo de Luz e felicidade - me entrego e fluo junto.

No desapego que nos conecta, liberdade última, morada eterna,

Amor, vitória da liberdade

Amor é aceitar as cicatrizes, abandonar a luta e entregar-se à experiência de viver e se relacionar com o Todo através de cada Ser.

Na travessia que transcende o nosso Ser rumo a nós mesmos, expandindo a imanência,

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Caminhando com Amor

Amor é caminhar com o fluxo do tempo e entender que o que quer que tenha acontecido já aconteceu e é história, ficou no passado.

O que nos acompanha é o aprendizado e o que nos espera é a redenção através da melhoria de nossas práticas - Amor é parar de ficar preso ao problema e sermos solução.

Caminhando com o Amor, com a vida e com a verdade estamos sempre unos com o Todo, somos sempre um.

Na correta conduta que emana de nosso Ser quando em harmonia com o Todo,

A propriedade emergente do Amor

Amor é a força que forja a unidade coletiva que, através de sua propriedade emergente, potencializa nosso poder de beneficiamento.

Na unidade multifacetada do Todo,

Amor, alegria no espaço-tempo

O Amor eterniza as pessoas, cujas ações só as tangibilizam no espaço-tempo para alegria dos amigos e dos amados-amantes.

Conhecer-se para alegrar-se, alegrar-se por conhecer-se.

No conhecimento do infinito que habita cada um de nós,

Amor sem expectativas

No Amor não deve haver lutas, pois não se pode forçar alguém a amar - e não há nada a ser conquistado: o que é, será sempre.

O aprendizado é o de se entregar ao fluxo, de sentir e se doar sem esperar algo em troca, sem planos, sem metas, sem recompensas, sem medos, sem frustrações, sem ofensas; apenas fluindo no gozo da vida que é o aumento de potência por se amar incondicionalmente alguém - humano ou animal - e, através deste amor corporificado e individualizado, o coletivo da própria vida.

O outro é o suporte de prática do eu que forja o nós na ascese individual-coletiva rumo ao Todo.

Na entrega ao Todo de todas nossas vontades para que sejam um só, assim na Terra, como no Céu,

Amor, caminho da mente-coração

Como diria Goethe, "o talento educa-se na calma, o caráter no tumulto da vida" e é nesta dança que se forja a ética pessoal no diálogo constante com a moral coletiva, cujo ritmo deve ser a compaixão, seguindo o compasso da sabedoria que emana da mente-coração, moldada de maneira não-dual pelos limites que dão forma ao corpo de sabedoria - o próprio e o coletivo.

Só há caminho para nossa evolução se dermos limites, estabelecendo nossas margens, pois até o coração se contrai para poder se expandir.

No pulsar não-dual entre limite e transgressão, alicerçado pela compaixão e guiado pela sabedoria,

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Amor, o caminho da sustentabilidade

Amor, caminho sustentável criado por cada um, compartilhado por todos.

No caminho hábil que nos une ao Todo,

No Amor a espera é contemplação

A dor da espera que se sente
é a luta do corpo com a mente:
entre o desejo de possuir
o objeto de felicidade
e a necessidade de sentir
se é tudo verdade.

Transmuta-se o tempo em aprendizado,
de si, do outro e na contemplação do Ser amado.

Na espera que sangra, mas cura, amadurece, dá frutos e combate o fast-food das emoções cada vez mais líquidas,

Amor, conforto no desconforto

Amor é a fé em meio à incerteza do que fazer, é a coragem de sentir em meio ao incerto, é ter a certeza de suas intenções na escuridão das suas emoções.

Amor é deixar o coração dar cor à ação em meio ao cinza cotidiano.

Na Luz do coração que brota de seus olhos e sorriso,

Amor - é por você mesmo!

Amor é quando o tempo comporta o espaço infinito da eternidade.

Na espera ativa que desenvolve o Ser na contemplação e ação correta, harmônica e equilibrada,

Amor, teoria e prática não-duais

Não basta amar, há de se comprovar na prática a sustentabilidade e viabilidade do Amor.

Na teoria que é pura prática e na prática da pura teoria,

Amor, a única certeza

Amor é a certeza de que não há tempo perdido, de que independente dos caminhos, o que importa é a felicidade sempre presente que reina no silêncio cúmplice de nós dois.

No sorriso e olhar que me encantam,

Amor por toda uma nova vida

Amor é conduzir o tempo para abrir espaço para o conhecimento de si e do outro.

Podemos potencializar nossa vivência tridimensional do tempo, espaço e conhecimento através da dimensão infinita do Amor eterno.

Na eterna sustentabilidade do auto-conhecimento que se doa com prazer ao infinito,

Amor, singelo Amor

Singelo é o Amor, o elo singular da corrente da vida.

Na melhor escolha possível das algemas que nos prendem à vida,

Amor ressucita-a-ação

Em busca da Luz das estrelas, encontrei o brilho de teu olhar: ofuscaste o soluço de meu coração e trouxeste paz às batidas da pulsão - da vida que se conforta nas curvas de seu sorriso, onde se perde minha reta razão e onde me reencontro no silêncio da comunhão com o sublime.

Na sublime e divina sensação que é voltar a viver no Amor,


A verdade do caminho do Amor

A razão conduz a emoção à pura Luz do Amor.

Só o Amor constrói o caminho ao Amor.

Na mente-coração, caminho do meio entre razão e emoção, alicerçado pela intuição,

Amor, sabedoria do corpo, tecnologia da alma

Amor é a sabedoria do corpo, tecnologia da alma que purifica o fogo da paixão e conduz a chama ao calor da relação.

Na sustentável união do Ser,

Nos tropeços do Amor

Agimos errantes
sempre na busca
de algo que vimos antes
em meio ao horizonte cego,
pelo ego que ofusca.

Evoluimos no tropeço
certos de cada momento ser um novo recomeço.

No pulsar da renova-ação,
não há necessidade de perdão,
apenas sincera abertura
para plena união
totalidade, talidade, ternura.

No alfa-ômega, o meio,

O verdadeiro Amor é perdão

Per-doar é doar-se por algo, é abrir mão de seu orgulho para ganhar algo de muito mais valor: o mergulho em uma relação - único espaço de construção de valor agregado e convergido pelo Amor.

Perdoar, a si e ao próximo, é divino.

O que não quer dizer que se precise aceitar manter algo, alguém ou uma situação - perdoar é simplesmente respirar e dar espaço para os elementos se acomodarem harmoniosamente na mandala da vida, sem interferência do ego.

Na liberdade última do Ser,

O Amor sabe quando

Quando os olhares preenchem o silêncio de pura Luz, emoldurada pelo sorriso do Ser amado,

quando a eternidade se faz presente no espaço comum a dois Seres,

quando isto acontece, sabe-se que se quer estar comprometido com alguém.

No acontecimento sublime,

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Love-code

Fear no death. Love all life.

Live by the code, enter eternity by the code.

Be the code,

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amizade, compromisso de puro Amor

Amizade é o Amor descompromissado de si e compromissado com o outro.

Na união não-dual da amizade verdadeira e eterna,

terça-feira, 12 de julho de 2011

Na morte, o Amor é a senha contra a impermanência

Ah, a morte, doce travessura. Pula-se o muro para dar-se um susto na próxima esquina da vida.

As lágrimas de outrora já não são mais dúvida sobre um fim, são saudade que com a proximidade abre um sorriso - quiçá uma gargalhada - onde antes habitavam a dor, a falta e a ansiedade. Tudo se transforma quando os olhares novamente se cruzam nos ciclos da vida.

A senha para se reconhecer? Amor.

A impermanência não é má, deixa apenas uma saudade...

No pique-esconde das encarnações,

Homenagem à minha querida tia Claudia Ellen Denecke, que com sua luta pela vida e contra o câncer inspirou a todos por mais de 12 anos e que era leitora assídua deste espaço, publicando no seu tempo, ela mesma, seus escritos - compartilhavamos conhecimento e muito Amor.

Em seu bonito blog Conexões de Luz ela abria espaço para novas conexões, mensagens e trocas de Luz por acreditar "ser este um caminho de esclarecimento, de amadurecimento espiritual, razão pela qual transitamos por este planeta, em viagem misteriosa onde cabe a cada um de nós aproveitar ao màximo todas as oportunidades de crescimento e libertação que ela nos oferece."

Que tenha se tornado esta Luz e que ajude a iluminar o caminho daqueles que, como ela, buscam.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A consciência é Amor

Consciência sem ação é ilusão.

A verdadeira consciência é a unidade do Amor tripartido em corpo, fala e mente e que perpassa todo nosso Ser como 'fio de Ariadne' a nos auxiliar a conduzir nossa sabedoria (conhecimento amoroso) à liberdade de nosso Ser.

Apenas quando alinhamos o que pensamos, dizemos e fazemos com algo superior que se encontra escondido - mas pronto para se revelar - dentro de nós é que encontramos a fonte inexaurível da felicidade genuína que nos alimenta e ao mundo com o qual interagimos.

Amor é a busca e o encontro com a felicidade, que Gandhi definia assim: "felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia".

Eis o Amor, única felicidade genuína e sustentável - o resto é ilusão.

Na correnteza do Amor,

domingo, 12 de junho de 2011

O domínio do Amor

O Amor é o domínio do Desejo sobre todos os desejos; é o domínio da auto-disciplina sobre todas as vontades; é a canalização de nossa potência, freqüência e intensidade.

Na fogueira das vontades, centelha universal,

sábado, 11 de junho de 2011

A explicação do caminho do Amor

O Amor é a coragem de viver de verdade, é o caminho da resiliência à superação. Mas em que consiste este caminho?

O caminho secreto da evolução consiste na convergência em nosso Ser, por nosso Ser, de quatro forças arquetípicas - Eros, Ágape, Philia e Fati.

Eros, o desejo, é a resiliência, pois sempre voltaremos ao estado de inscrição da pulsão da vida em nosso Ser, libidinando-nos para que canalizemos a força do desejo para algo.

Ágape, a compaixão, é a direção, pois devemos sempre nos orientar por meio da compaixão pelo Todo para cuidar da vida, presente em cada Ser que a singulariza.

Philia, a união fraternal, é a conexão que viabiliza o Ser em Rede, a teia da vida na qual somos a mente-cérebro do superorganismo que co-laboramos; objetivo inicial do caminho do Amor, que apenas se estabiliza com o Amor Fati.

Fati, o destino, não como jugo, não como livre arbítrio, mas como resultado de escolhas e ações - um responsabilizar-se que devemos aprender a Amar para tornar nossa vida sustentável, ou seja, justa, viável e vivível - impulso justo, direção viável e união vivível.

O caminho é um harmonizar-se com tais forças arquetípicas à Luz da razão da mente-coração.

Amar a força que nos compreende e que nos faz Ser.

No trilhar de cada dia,

Do desejo de Amar

No meio do caminho tinha o dia dos namorados.

O poeta está certo, é impossível ser feliz sozinho.

Mas e a máxima "antes só do que mal acompanhado"? Não se deve dar a mínima?

Há um caminho possível e eis o Amor - viver a vida de maneira verdadeiramente coerente, a começar com o desejo.

Sabemos mesmo o que desejamos? É preciso educar o desejo, compreender nossas emoções.

É preciso desejar o Amor e tê-lo como único foco, única prática, pois é a fonte que realiza todos os demais desejos.

É preciso Ser forte para viver o Amor.

Na aceitação do Todo que compreende em si todas as singularidades e que necessita de mim para se atualizar em minha vida,

O caminho do Amor - da resiliência à superação

A moral coletiva é hipócrita e a ética individual é covarde - é na resiliência do Amor que reside a coragem do caminho.

Acomodam-se em relações de poder viciadas - governamental, corporativo e, principalmente, pessoal.

Sustentam-se com sorrisos superficiais, enquanto buscam diversão nos prazeres ocultos - proibidos não por sua natureza, mas justamente por serem válvula de escape da potência de vida que se manifesta em nosso desejo.

Quando não atendido o desejo desnorteia; quando o medo de falhar não é superado e o desejo saciado de maneira qualquer e não com o que há de melhor em nosso destino, sem fim de possibilidades que atualizamos com nossas interações.

Projeta-se muito, espera-se tanto, ama-se tão pouco de verdade - que principia na coerência.

A felicidade não é uma questão de tempo, é uma atitude que confere determinada qualidade ao espaço de seu Ser.

É hora de abdicar da felicidade superficial, sair de sua cômoda zona de conforto, romper com os grilhões da ilusão, com as amarras do consumismo das paixões singulares e se entregar à paixão universal que é viver em comunhão com seu Amor fati -resplandecendo o Ser de felicidade genuína que somos, unos com o Todo no Ser em Rede, ao invés de nos contentarmos com migalhas de singulares ilusões, reflexos deste Todo multifacetado, que nos aprisionam sem ter acesso à fonte que tudo perpassa.

Conquistar um desejo para ser soberano de todos; viver mil desejos e não se satisfazer com nenhum.

Viver a Verdade face-a-face, sem máscaras, sem atenuantes, sem fugas, mas tomando refúgio em seu coração.

Amar o destino que construímos a cada decisão e relação, amar o Ser que somos a cada ato.

É preciso Ser forte para ser feliz.

Na superação do dualismo, coragem do Ser no Amor,

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quando o Amor insiste

Não estou só,
tua presença acompanha minhas memórias,
marca minhas lembranças,
indaga meu futuro.

Recordas-me de meu desejo,
Felicidade sublime
que genuinamente não carece de motivação externa,
mas que com sua presente ausência ferve.

A paixão por ti me prende
a mim mesmo (mesmo)
acompanhado por ti
me enalteço.

Não é do Amor próprio
esta prisão
antes é liberdade
própria do Amor
ao qual compadece a paixão
e traz ao Ser renovada pulsão.

Libido inscrita
na dança de Eros e Tânatos tudo pulsa
e vibra
à altura de nosso Ser.

Infinito que é
na finitude do devir
que nunca finda, se renova
sozinho, sereno sorri.


Na apropriação das forças e elementos que regem a dança da vida com maestria,

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Amor resiliente - coração elástico



Coração elástico, a prova que o Amor confere resiliência a nosso Ser.

E que nos incentivo a dialogarmos com nossa sombra que se espelha nas águas de nossas emoções e, (con)vencida, se prostra a nossos pés para servir ao nosso Ser de Luz, capaz de superar todas as adversidades, posto que não há mais obstáculos a serem superados e sim situações a serem vividas.

No pega, estica e puxa, mas trata com carinho e verdade, onde sempre cabe mais um,

domingo, 8 de maio de 2011

Amor maior



A todos as mães com carinho fraterno-universal - um clamor pela consciência da vida.

Homenagem especial à mãe Terra que nos cuida amorosamente há milhares de anos.

Não nos expulse de nossa casa - estou certo de que estamos aprendendo a lição.

#conscienciaplanetaria começa pela #mae

Do Amor e suas quatro diretrizes

A semelhança é a força, a diferença o movimento, a relação a energia e a interdependência o padrão do Amor.

Na alquimia do Ser,

Amor à verdadeira natureza do Ser

Ela é linda de todo jeito, mesmo sem voar.

Mas reside nela uma eterna fragilidade da qual emerge uma força instantânea, porque olhamos sabendo que no segundo seguinte ela vai voar, porque vamos soprar; é o dharma - da Flor; do sopro; de nós, como agente interlocutor.

A gente dá a última olhada nela inteira e o prazer de inteireza levita e alça vôo junto ao prazer de vê-la voar. Entregamos tudo ao fluxo do prazer - prazer da vida que perpassa e nutre a natureza última de nosso Ser.

E é esse olhar de contemplação da convergência de forma, vazio e impermanência que a torna tão bela; essa doação do olhar que não é outro que o Amor - a entrega por completa, eterna experiência de viver o crepúsculo de cada momento, fazendo de cada instante a Aurora da eternidade.

No encontro com a verdadeira natureza do Ser, que só ocorre quando deixamos tudo partir ao sabor do vento e nos banhamos no fluxo da vida, alçamos vôo rumo à nossa eternidade,

Coração Dente-de-Leão do Amor




O coração Dente-de-Leão é o Rei do Amor.

Em busca da Terra Sagrada, empenha uma cruzada que passa inicialmente por destruir sua velha forma para se reproduzir no leito da natureza humana para conceber a realidade divina - por mais que ousemos e nos empenhemos na destruição do velho, o novo é apenas uma nova versão do antigo.

A verdade é que a verdadeira ruptura, quebra de paradigma e mudança é alcançada ao compreendermos que o tempo e as formas são conceitos e que todos partilhamos da mesma natureza divina em nossa realidade humana - a ousadia e nosso empenho devem convergir para o Aqui e Agora - onde somos; beleza, harmonia, perfeição.

Nada nos falta, basta realizarmos isto - compreendendo-nos, reproduzindo-nos em cada atividade que fecundamos com nossa interação.

Que imagem nutrimos de nossa forma inicial? Como nos vemos e como nos reproduziremos - que formas levarão nosso legado?

Na mais impermanente das flores, força seminal que fecunda a realidade a cada segundo, consciência que se deve nutrir,

Quando tudo se desmancha, começa o Amor


ama a flor porque se desmancha
por seu cheiro, aroma de desejo
impermanência da forma
cor, aroma.

desmancha a flor
por seu espinho
chora seu tempo
sua dor

por que a flor desmancha
por seu manuseio
pelo vento do devir
mágica que encanta e voa

a flor ama porque se desmancha
pétala por pétala
véu por véu
somos ambos o mesmo céu

Na ação que emerge natural do encontro da vacuidade com a forma, unidade que se impera em nós,

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mediante, o Amor

Amor é conectar o silêncio da contemplação da vida ao milagre da entrega por inteiro.

Sem hesitação, com êxito em canalizar a excitação.

Na meditação que melhor media o Ser,

Na capitania do Amor, a nau do coração

Sair para velejar nos ventos da impermanência é ter no vento Eros, nas velas Sophia, no leme Ágape e no horizonte a Philia.

Nas águas, ora turbulentas, ora calmas de nossas mais profundas emoções,

A timidez do Amor

O sol sorri tímido hoje; ilumina a lembrança de bons momentos que eu ainda não vivi.

No desabrochar do futuro, que ocorre a todo instante,

terça-feira, 3 de maio de 2011

Os eternos instantes do Amor

Às vezes o Amor nos acontece em um instante para nos lembrar da eternidade e assim nos reconduzir ao patamar mais elevado da experiência da vida - aquela que manifesta a energia corporificando-a nos chácras.

E, independente de ser com ela, Maria das Dores ou dos Amores, o aprendizado é de que tem que ser com esta energia, que é com esta que se deve enlaçar.

Amor é quando cada instante contém a eternidade.

No Amor que se manifesta através dos múltiplos seres, fluxo contínuo da eternidade em rede,

Qual o verdadeiro caminho ao Amor?

Refletindo sobre o celibato e a putaria, questiono-me qual leva ao verdadeiro Amor?

Afinal, todos os caminhos levam a Roma e não devemos meter os pés pelas mãos e nos apressar com preconceitos e julgamentos. Mas tampouco devemo-nos perder em meio às bifurcações.

Devemos apenas discernir - e neste ato, encontro mais uma vez o caminho do meio. E nele, aquilo que de melhor nos está reservado - basta estarmos dispostos e abertos para tal.

O caminho do meio, onde não se está nem em celibato total, muito menos em plena putaria, mas em uma troca consciente com a vida e sua manifestação, resguardando-se o potencial para a verdadeira troca para que não se perca em furtivas interações.

Na sabedoria que alterna sim e não, mas nunca se torna refém do talvez,

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nas asas do Amor

Sinto recair sobre mim o peso da idade, o pesar dos anos, o passar do tempo.

Quanto mais me curvo, maior o peso da consciência de não estar fazendo o melhor de mim - esta oportunidade ímpar que é o nascimento humano.

Contemplo. E quanto mais me anulo, mais o peso perpassa aquilo que já não sou e que deixei para Ser; o fardo se prostra aos meus pés e se apequena abaixo de mim.

Elevo-me nas asas da sabedoria para voar rumo ao destino mais próspero e leve e reunir novamente meu impulso erótico à minha psiquê - para, através do Amor, enfim saber o quê este Ser cósmico veio fecundar neste corpo caótico e cheio de potencial.

- Veio moldá-lo à beleza e harmonia do sorriso sincero que emana do cultivo diário da felicidade genuína que se manifesta em cada um à sua maneira, mas em todos com sorrisos largos, braços abertos e coração reconfortador.

No foco que ressalta o diferencial de cada um, inúmeras maneiras convergentes de plantar e colher felicidade em nossos corações,

terça-feira, 26 de abril de 2011

Amor - petite mort, grand vie

O orgasmo - ápice do Amor erótico -, pequena morte como o chamam os franceses, quando Eros nos abandona por instantes, quando nosso impulso cessa por segundos até o pulmão se expandir de novo em busca de mais ar: - te olhando em busca de mais beleza as pupilas dilatam, o corpo estremece e cai glorioso à espera da volta triunfal de Eros à sua habitação terrestre; nosso corpo, morada divina de nosso impulso celeste e primordial.

No instante em que a parceira recosta sua cabeça em seu ombro e se ajeita, aninhando-se; a cada passagem de seus dedos pelos pêlos do peito no qual bate um coração cujo ritmo anuncia a chegada do vitorioso Eros, que retorna trazendo sua consorte Philia - o Amor fraterno -, eis o instante da (re)união do (re)nascimento e da morte na grande vida.

Religare que traz consigo a cumplicidade de dois vitoriosos que ousaram perder-se no êxtase para ter com o divino, o Amor Ágape, de onde emana toda Philia e converge todo Eros - e daonde Eros traz sua consorte que o conduz para estabilizar a conexão direta estabelecida impulsivamente com o ciclo que passa pela pequena morte para ter em sua ressurreição direito à grande vida.

No êxtase, sem depressão, vivência da unicidade na rede,

domingo, 24 de abril de 2011

Quando o Amor ressurge

Tudo urge, até que o Amor ressurge.

E com Ele, a exata noção, sem atropelo,
do tempo e espaço e pertencimento,
através do que se principia em mim, o conhecimento
que a partir de mim se irradia por toda rede da vida.

A páscoa é a passagem do Ser à sua totalidade - talidade, o Ser integral.

Ressurreição do que então?

Da cruz?
O fardo já é pesado demais.

Dos espinhos?
As perdas já doem tanto.

Ressurreição da Flor de Lótus dEle, o Amor, que em meio ao peso da cruz carregou seu fardo e coroado pelos espinhos da perda fez brotar do caos de sua lama o cosmo que era o Logos da mente-coração.

Quando pensar sobre ressurreição de quê, fale com toda certeza e serenidade: "Do Cristo em mim". E faça com que seus atos lembrem aquilo que tanto se prega e propaga - e pouco se faz. E se lhe é impossível tornar ato aquilo que é pensamento e fala - ouse repensar os verbos, viva sem hipocrisia e torne-se carne ao invés de ser ilusão de si mesmo.

Ser em sua totalidade, aceitando o que há de mais alto e mais baixo em si, convergindo-se para um patamar cada vez mais elevado - passagem, com calma, um passo de cada vez, rumo ao melhor de nós mesmos, paraíso em terra.

Na vivificação daquilo no qual depositamos mais foco e atenção - na cruz ou coração?

Feliz Páscoa a todos, de todas as religiões - do Zoroastro (Zaratustra) que desceu da cruz; do Buda que peregrinou pelos desertos do Ser; do Maomé que se iluminou; do Cristo que assim falava... Amor.

A pedra e o Amor

No meio do Amor havia uma ponte;
no meio da ponte havia um Amor;
havia uma ponte no meio do Amor;
havia um Amor no meio da ponte.

Há tantas combinações possíveis.

Sempre há um meio para o Amor, quando decidimos construir pontes e não muros.

Na construção de nosso Ser,

No meio do amor havia uma ponte

Toda ponte é poente
que leva do crepúsculo do Eu
à aurora do nós.

No Todo, que é o caminhar,

No espelho de Roma, Amor

Todos os caminhos levam à Roma;
Amor é o caminho que leva à Todos.

No centro de poder, pura potência do Ser,

Amor, amém

Se "no princípio era o Verbo"
e "o Verbo era Deus";
e se "Deus é Amor",
então Amor é o Verbo principal.

(N)O princípio é(ra) Amor,
(n)o meio, sem fim, eternidade
presente no momento e que se
infinita no devir.

No fim, onde o Amor é sempre (re)começo, que se principia em mim,

Amor, razão-mor

Quem mantém o coração não perde a razão.

Dentro do aforismo, afora o auto-centrismo,

Amor te torna o que tu és

Crepúsculo, Aurora, Meio dia; sou aqui, sou agora, sou infinito, sou eternidade; sou todos, sou nenhum, sou algo ou alguém em busca de nada ou ninguém; compreendo tudo e todos, sou vazio, sou o espelho; reflita, sou o Amor.

Sou por estar; e quando não estiver mais, serei onde estiver.

E tu? O que te torna Ser?

Não torna a ser, seja de uma vez e sem repetição.

Na plenitude do despertar, através do coração,

O Amor que sou é plena Luz

Sou luz crepuscular,
o brilho que vos lembra do novo despertar -
que não tarda; acontece
o quanto antes estar no inverno da vida se reconhece.

Tira o óculos da mediocridade
e veja com os próprios olhos -
é primavera, te amo, ó desperto.

Sou seta uraniana -
das profundezas de meu ID
se erige a estrutura de meu Ser;
meus ombros, setas que arqueiam, suportam e
apontam tudo o que há de Ser.

Sou revolução a cada minuto,
não paro,
fluo com o caminho;
vôo onde tudo cessa.

Sou Hermes,
em busca de unir Apolo
e Dionísio;
Ego a convergir Superego e ID.

Encontro o que há de mais alto,
na maior profundeza humana,
onde reside o divino disposto a nos libertar.

Sou princípio libertador,
prestes a me tornar Sol;
pelas escolhas comunicadas,
tornei-me o que sou.

Luz da Aurora de mim mesmo
e de toda humanidade:
Trismegistros por ethos -
é nossa atitude que nos torna grandiosos.

Luz do meio dia,
que nutre toda vida
por todo ciclo
a partir do centro do coração.

Sou o jogo, mas também sou as peças;
sou estratégia, tática e operacional,
sou o xamã que põe fim à história,
harmonizo o Peão e o Rei, uno o senhor ao escravo.


Sou ato, em pensamento, fala e fato consumado.
Sou o mago, que concebe a todo instante toda eternidade.
Sou o espelho no qual reflito o melhor de ti.

Na potência una que a tudo potencializa,

A carruagem do Amor

Nascemos Hermes,
pois somos o caminho do meio,
que visita os extremos
só para se certificar de que é a justa medida.

Somos o que quisermos ser,
sonhos que ousamos exercer,
realidade que devemos comunicar,
inter-ação que somos ao amar.

Devemos reconhecer nossa parcela divina
e, por Zeus, tornarmo-nos co-criadores,
servindo à nossa parcela humana -
artistas de nós mesmos.

Supomo-nos Sol - e o somos -,
mas havemos de construir nossa órbita - antes de assumi-la.
Devemos, a partir do caos, conceber nosso cosmos
e passar a ser co-emanadores de harmonia e beleza.

De fato,
apropriado
ao ato
e não auto-enganado.

Na carruagem do fogo da sabedoria,

A dança da redenção no compasso do Amor

Amor é o entendimento do ritmo individual na dança do casal, compassos distintos entre a aproximação, o flerte, a conquista, a manutenção, o declínio e o afastamento.

Eis a dança da redenção no compasso do Amor, que a cada retorno, recomeço e devir, se purifica rumo à plenitude da perfeição.

No tcha-tcha-tchá,

Do caos ao cosmos - na perspectiva do Amor

O Eu é apenas o co-ordenador do caos que nos habita em forma de corpo-fala-mente e que espelha o caos exterior, pois tudo é caos.

É nossa missão de vida harmonizar corpo-fala-mente para gerar o cosmos em nós e auxiliar na concepção do cosmos coletivo, caos coletivo ordenado pelo Amor universal.

Não há outra coisa que o Todo, o Eu é apenas uma perspectiva de ação, um ponto de canalização da potência do Todo que verve também em nosso Ser e que deve comungar com o Todo para se sustentar.

É necessário humildade e aceitação para elevarmo-nos à nossa condição divina de Übermensch - a começar pelo reconhecimento de nosso momento perante a eternidade.


Na perspectiva de ação de um plano maior, a teia da vida na qual estamos enredados e pela qual engendramos,

Amor, é preciso!

Navegar é preciso, viver não é preciso - a precisão maior é o Amor.

Dizer sempre sim ao destino,
ao evento, como vier,
afirmando a direção -
no leme, a abertura do coração.

Somos operadores do destino,
não selecionamos, damos potência
e vigor ao selecionado,
confirmamos a grandeza do mundo de possibilidades.

A partir da grandeza exposta em atos,
do corpo alimentado por nossos pensamentos,
sustentado por nossa fala,
guiado por nossa mente-coração.

Somos a qualidade
da criação divina,
harmonizamos os opostos complementares,
eis nossa sina.

No sino que alerta tanto do naufrágio, quanto da aurora de um novo continente,

Dos degraus amorosos da ascese

Se o primeiro degrau da ascese é o incômodo, quais seriam os demais?

O segundo é o inconformismo com o incômodo, o primeiro degrau, a determinação de não mais pertencer àquela situação.

O terceiro? Ação de ruptura - romper com a casca que nos protege, mas também aprisiona e apequena diante de nosso plano maior.

O quarto? A contemplação - que compreende: avaliação, discernimento, descarte, valorização; e o reinício do ciclo.

Os corrimões para agüentar toda ascese? Motivação pura e atenção plena.

São sempre quatro os grupos de degraus entre uma zona de conforto e outra - ciclos que se estabilizam em patamares, lances que nos deixam observar toda escada - ao menos a parte que nos cabe compreender a cada momento da eternidade.

No caminho do meio, amparado por divinas fitas antiderrapantes,

Do Amor do Ser à Rede

Eu sou a rede, a rede sou eu; somos Amor, uno-múltiplo-multifacetado-eterno.

O Eu só existe enquanto perspectiva de ação de um plano maior, a teia da vida na qual estamos enredados e pela qual engendramos.

Na WWM, world wide me,

No discernimento do Amor

Não há bem ou mal, mas boa ou má condução do fluxo rumo à ascese - ações mais ou menos corretas.

Eis o Amor, não-julgamento de pessoas, mas discernimento por ação.

Na clareza de cada gesto de corpo-fala-mente,

Amor, convergência no Ser

Amor, a força que renuncia ao jogo do domínio, é a força que liberta por união.

Na convergência do Ser,

Amor ao incômodo

O incômodo é o primeiro degrau para se sair da zona de conforto.

É necessário sentir-se confortável no desconforto e seguir adiante, rumo à expansão de nosso Ser.

No sabor do desgosto que ressalta o sabor da vida, sombra que ressalta a Luz,

Amor ao devir

Se eu pudesse viver minha vida novamente... viveria tudo de novo.
Nossa vida é tudo isso, prazer e dor, em essência;
Amor que precisa ser vivido em sua plenitude
com a coragem de sempre se dizer - SIM.

Na senda do caminho do meio que a tudo converge em mestre e auxílio,

Amor indaga, Amor responde

O que vale é o AGORA, já que o AQUI é cada vez mais relativo.

Mas, um momento: o que é o agora, senão uma seqüência de instantes que nos levam à eternidade presente em cada momento?

Na busca da eternidade de cada momento, ciclo tautológico do viver,

sábado, 16 de abril de 2011

Liebe in der Höhe

In der Höhe sollst du leben, dreimal hoch;
lebe hoch, lebe hoch, lebe hoch, lebe dein Leben dreimal hoch!

Mit den Füssen nachhaltig auf Erden, mit deinen Flügel gezielt im Himmel und mit deinem Herzen liebevoll in all deinen Taten.

So, wie es sein muss,

Homenagem ao meu querido Opa, que completaria hoje 98 anos.

Do jeito que tem que ser. É necessário. ~:)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A única dúvida do Amor

Amor é o regozijo profundo do Ser no Estar. Ou seria o regozijo profundo do Estar no Ser?

Na dúvida do Amor, que tudo abarca e que reúne todas as possibilidades no Uno que é o Todo,

Amor, a certeza que constrói

Construimos nossa vida pelo sim e pelo não, nunca pelo talvez.

Na certeza do Amor, fluxo dos acontecimentos margeados pelo sim e pelo não, que segue sempre adiante, sempre evolui e vivifica,

O que te faz sorrir, Amor?

O calor do sol, o frio da chuva, a clareza da Luz, a bruma da escuridão, os latidos de meus cães, o chamego de meu gatinho, o abraço fraterno do amigo, o beijo erótico da "amiga", confissões familiares, conselhos de pai-mãe, respirar outros ares. Poesia, prosa, Amor.

Em suma, viver o todo da flor: raiz, caule, pétala, broto, espinho, aroma e a imagem de sua inteireza que degusto parte a parte com todos os meus sentidos. Explorar meus sentidos em toda sua amplitude, isto me faz sorrir. E retribuir. ~:)

Não é o sorriso o resultado facial do Amor?

No movimento de 42 músculos que transmitem afetividade e energizam a fraternidade,


terça-feira, 5 de abril de 2011

O fracasso e o Amor

O fracasso do Amor é sua transformação.

O Amor ao fracasso, redenção.

É o princípio de ter o sucesso como fim.

É aurora que emerge do crepúsculo em mim.


No meio hábil de fazer de tudo seu mestre,


Homenagem a São Bento, padroeiro dos fracassados.

terça-feira, 22 de março de 2011

A geografia do Amor

O Amor é a fonte,
é a foz no horizonte,
de nosso Ser é o fluxo,
em cujas veias corre um rio de emoções,
que pulsa e interliga
ilhas de consciência e razões.

Na pororoca do Ser,

domingo, 20 de março de 2011

A ponderação do Amor

A emoção que sustenta nosso passado e dá suporte às costas largas - de experiências positivas e negativas - é a mesma emoção que nos passa a rasteira.

A razão que clareia as idéias do futuro e ilumina o caminho é a mesma que cega a visão e prejudica os demais sentidos.

Ponderar as forças e fraquezas em relação às situações determina compreender e discernir melhor o que é uma oportunidade e o que é uma ameaça.

O caos primordial oriundo da co-existência irracional de razão e emoção cede espaço e vez para um cosmos que se cria a partir da ordenação ancorada no Amor e direcionada por este.

Na alternância que gera consciência e através do Amor faz brilhar em nós uma estrela,

Orbium Amor

Atrás, a Lua,
à frente, o Sol,
em mim, a aurora de um novo Ser.

Inspirado pelo equinócio de Áries, em homenagem ao Priapo da Lua.


Na órbita do Amor,

domingo, 6 de março de 2011

A folia do Amor

Ó abre alas quando o Amor passar.
Não passa, desfila e se eterniza na saudade.
É volúpia, desejo, pulsão, vontade,
é beijar, pegar de jeito, é sentir na pele o Amar.

Carnaval é o aval do espírito
aos impulsos da alma.
É o aval da carne ao consumo sem calma
tudo pode, sob os auspícios de Baco, neste seu rito.

Alguns dias de loucura,
corpos nus, seios, bundas, ó tortura!
Bundalelê, bacanal,
são dias insanos, sem igual.

O problema não é o ponto fora da curva,
mas a consciência que se turva.
Uma satisfação do anseio mais mundano,
cujo único problema é se estender por todo ano.

Pois o Amor é tudo isto,
mas muito mais.
É também cuidar por ser bem quisto,
e não apenas usar da beleza exterior, das ilusões ou dos apliques irreais.

Que em meio à alegria dionisíaca
o carinho e o bem querer
vençam a tentação demoníaca
do só querer fuder.

Começa assim, devagarinho
aumenta a pressão
ascende tua alma com carinho
eleva tua carne da devassidão.

Fode.
O quanto pode.
Fode.
Enquanto pode.

Contempla o divino.
Após o êxtase vem sempre o vazio, menino.
O sexo não é brincadeira,
é o melhor caminho para a ascese verdadeira.

Mas sexo é muito mais que comissão de frente.
É harmonia, evolução,
ritmo, percussão.
É unir corpo-fala-mente.

Amor é sexo, sexo é Amor.
Às vezes com, às vezes sem dor.
O outro, sem o um, inexiste,
por isto que, quando praticados separados, faz ficar triste.

É unir dois corpos,
duas falas,
duas mentes
a um só destino.

É unir pessoas
em nações boas
e diluí-las no mundo,
unindo tudo ao fluxo de ascese da realidade, no fundo.

Olha que coisa mais linda,
uma nova realidade em cada rebolar.
Uma potencialidade em cada troca de olhar.
Um sonho de felicidade que a cada quarta-feira de cinzas, finda.

No balanço a caminho do mar,

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ensinamentos do Amor: uma lição, dois caminhos

Só há um Deus, o Amor, um Todo multifacetado, ao qual nada é parelho e tudo converge, sendo tudo ferramenta de sua ação, Força cuja Luz nos guia em nossa ascese pela via do sorriso e pela via da dor, pois há ensinamentos que apenas a dor traz, porquanto gostariamos de trafegar apenas pelos cantos dos sorrisos.

Mas de nossos lábios não saem apenas palavras belas e enfrentamos no vale da sombra da morte o eco de nós mesmos: a distorção da projeção da pequenês de nosso ser quando não nutrido pelo Amor universal que nos perpassa e engrandece quando estamos abertos para genuina e equanimemente trocarmos com tudo, com todos e com o Todo, sem exceção. E muito menos sem rejeição.

O grande aprendizado da vida se encontra em compreendermos que tudo é ensinamento, que devemos colher aprendizado para evoluirmos enquanto seres de LA - Luz e Amor -, porquanto estamos aqui para cumprirmos provas e espiações. Relutar apenas nos atrasa no processo.

Nosso corpo é o quadro onde nossa alma evolui e aprende interagindo, em um cenário onde não pode haver apego, pois a impermanência é quem cobra os resultados deste aprendizado: aprender a fluir com o Todo, quer seja no sorriso, quer seja na dor.
Os obstáculos fazem parte do caminho, são o caminho e nos reforçam em nosso foco e objetivo se assim o desejarmos. Ou podem nos fazer voltar ao início.

Como na escola, quem não aprende por bem ou por mal, repete. E assim ficamos presos ao Samsara para repetir experiências até aprendermos como Seres a lidar com as mesmas de maneira sustentável, íntegra e magnânima, libertando-nos de nós mesmos.

O desespero apenas ocorre na ausência do Amor e falta de fé no aprendizado.

Contemplar os limites de nosso corpo nos eleva à eternidade de nosso Ser na infinitude de nosso caminho.

Na Força que aniquila todo o desespero, Luz que dissipa toda escuridão, tantra do aprendizado, razão de viver,

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

No entendimento do Amor

No entendimento do Amor
os percalços da vida
são degraus de nossa subida
ascese que é entendimento, carinho, conforto e dor.

Não se cresce sem se despir
da casca, da pele, do passado
só nos resta o eterno devir
o fato da vida, co-criado.

E a lição de que tudo é distração
exceto o foco no objetivo principal
beneficiar os seres, raio que nos conduz
a partir da mente-coração.
Que o sigamos para vencer, com Força e Luz,
os obstáculos e todo mal.

Na convergência dos fatores que compõe o caminho,