sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fazer amor

O temporal noturno
Acorda os amantes,
Inunda o vale.

Fazer amor é natural. Por que envergonhar-se dele?

Parece simples, mas, na verdade, é um grande desafio nestes tempos complexos. Muitas outras camadas de significado foram agregadas ao sexo. As religiões o colocam em camisas-de-força, os ascetas o negam, os românticos o glorificam, os intelectuais teorizam a respeito, os obcecados o pervertem. Essas ações nada têm a ver com fazer amor. Elas vêm do fanatismo e do comportamento compulsivo. Podemos realmente enfrentar o desafio de tornar o ato de fazer amor aberto e saudável?

O sexo não deve ser usado como alavancagem, manipulação, egoísmo ou abuso. Não deve ser terreno para nossas compulsões e ilusões pessoais.

A sexualidade é um reflexo honesto de nossa personalidade mais íntima e devemos nos assegurar de que a sua expressão seja sadia. Fazer amor é algo misterioso, sagrado e, muitas vezes, a interação mais profunda entre duas pessoas. Se o que for criado for um relacionamento ou uma gravidez, o legado de ambos os parceiros será inerente a sua criação.

O que colocamos no amor determina o que obtemos dele.

Extraído da página 30 do livro 'Tao - Meditações diárias', de Deng Ming-Dao, editora Martins Fontes.

No Tao do Amor,

O azedo do Amor

Amar é entender que todo limão precisa ser adoçado, todo Ser amado.

Independente do caroço, que não deve ser descartado, mas louvado, pois representa o devir do limão, a continuidade do fruto, a eternidade do Amor pela aceitação do aparentemente não-conveniente.

Amar é contemplar o caroço do limão, realidade em extinção, perigo de uma evolução em desequilíbrio.

No Amor,

sábado, 24 de janeiro de 2009

Amor é convergência de entendimento

Amar é compreender e exercer a compreensão das forças e vontades em questão. É o campo e as regras para o múltiplo se forjar uno, a plataforma de convergência de interesses.

Portanto, lábios ao lobby.

No lobby do Amor,

A mira do Amor

Schopenhauer dizia que 'o talento atinge um alvo que ninguém atinge; o gênio atinge um alvo que ninguém vê'.

O Amor conduz o talento à genialidade, a compaixão a inteligência à sabedoria.

No Amor, a fé da alma que nos faz transcender,

Amor e o eterno devir

Vejo o Amor como sendo o motivo e o acontecimento do devir nietzschiano - 'torna-te quem tu és'.

Apenas o Amor consegue revelar a plenitude de nosso Ser, o supra-humano, e nos transformar naquilo que somos e de onde, literalmente viemos: de um ato de Amor.

Partimos do Eros, do ato erótico, e penso que nossa ascese seja peregrinar e o unir ao amor Ágape, desembocando e unindo assim ao outro lado, o outro, a Philia.

O rio é sempre outro, somos sempre outros; panta rhei (tudo flui), como diria mestre Heráclito de Éfeso, mas não trata-se disto, trata-se de cruzar o turbilhão do rio das emoções e dos impulsos das paixões - as tais forças schopenhauerianas - e chegar a outra margem. O barco é o Amor Ágape.

No Amor quae panta rhei,

Uma alegria para sempre

As coisas que não conseguem ser olvidadas
continuam acontecendo.

Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre
onde as datas não datam.

Só no mundo do nunca existem lápides...
Que importa se - depois de tudo - tenha "ela" partido
ou que quer que te haja feito, em suma?

Tiveste uma parte da sua vida que foi só tua e, esta,
ela jamais a poderá passar de ti para ninguém.

Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte de tua vida presente
e não do teu passado.

E abrem-se no teu sorriso mesmo quando,
deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.

Ah, nem queiras saber o quanto deves à ingrata
criatura...

'A thing of beauty is a joy for ever'
-disse, há cento e muitos anos,
um poeta inglês que não conseguiu morrer.

Mario Quintana - Uma alegria para sempre

E não é isto o Amor? Uma alegria para sempre que me foi enviado pela irmã no dharma Tati, enquanto lhe mostrava fotos de meu querido Opa.

Na Alegria para Sempre,

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

No Amor não há espaço para desculpas

Desculpar-se por Ser - enquanto agir no espaço e no Tempo - não condiz com o Amor.

De um lado o que age não deve se preocupar em se desculpar e sim focar para levar todas as conjunturas - Todo-Eu-Outro - em consideração para agir na justa medida, com a mente-coração, trilhando o caminho do meio deste triângulo de poder TEO (Todo-Eu-Outro).

Do outro, a pessoa que recebe a ação ou apenas percebe/acompanha deve fazer isto com abertura amorosa, receptiva, ciente de que o outro, que age, o faz com a melhor das intenções: ninguém deliberadamente erra. Se o faz é devido à ignorância e aos véus que impedem de ver a si e ao Outro e ao Todo com clareza. Pede-se compaixão e amor nestes casos.

Vale seguir a máxima nietzschiana da 'Vontade de Poder': cada um tem que exercer a sua de maneira amorosa sem se sentir culpado - o que em si já é redundante, pois creio que a verdadeira 'vontade de poder', o verdadeiro poder é o do Amor.

É o que você pode, é o que você quer? É isto que, dentro do seu conhecimento de sua amplitude o seu Ser pode dar de coração? Então pronto.

Sem culpa, sem remorso, mas com verdade.

Culpa é um conceito muito católico, nem crístico é! Cristo profetizava o perdão e o Amor divino, não a culpa. Isto é um conceito histórico, posterior, e nada se liga ao Amor emanado e propagado por Jesus.

Amém ao Amor,

Amor é ciclo de valorização

Tem certas coisas que não iremos esquecer nunca.

O que precisamos é liberar a culpa, a dor e guardar o aprendizado sem rancor, aplicando o conhecimento para gerar um novo ciclo de valor.

No infinito ciclo do Amor infinito,

Nunca é demais amar

Nunca se tem amor em excesso, amar nunca é demais.

Pode ser mal canalizado, mas nunca é em excesso.

Deve ser cultivado ad eternum para transformar o ser amante em eternidade temporal e universalidade espacial.

Na iluminação do Amor,

Amor - junção de linguagens

O Amor é o elemento que soma dois monólogos abertos e convergentes em um diálogo construtivo, conferindo-lhes a abertura, a convergência e o 'drive' construtivo.

No diálogo do Amor,

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Meu Amor

É vida, aurora, sorte sem demora, lágrima furtiva de um sorriso cândido e atemporal.

Palavras que se foram com o vento e com o tempo; com ele voltaram para comprovar como se cresce em ciclos e como eu vivi este aprendizado.

No Amor sobrevivente à dor do aprendizado,

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Amor interdependente

Amor só acontece quando se evolui?

Ou só o Amor evolui?

Amor é fim ou é meio?

É preciso evoluir para se poder amar verdadeiramente; por outro lado, só se evolui quando se ama verdadeiramente: o Amor enquanto fim, mas meio também.

E esse paradoxo amoroso a prática das quatro qualidades incomensuráveis ajuda a compreender e a realizar.

Pode-se até supor que a continuação e o desenvolvimento do amor parta do Eu de cada um. Mas e quando se defronta com o fato de que o Eu é ilusório e inexiste?

A única explicação plausível é a interdependência, que, no Amor, faz do meio fim e do fim um meio de sempre recomeçar melhor.

Como quando se começa um relacionamento apaixonado, amando com amor e com o Tempo e a troca interdependente, verdadeira, aberta e franca, o Ser evolui, amadurece e se forja, evoluindo para um Amor maior através do respeito e equilíbrio interdependente entre o Todo/Relação-Eu-Outro.

Esse é o aprendizado prático do Amor. E aprendemos através do Amor ou da Dor. A sabedoria nos faz alcançar o aprendizado sem dor através do Amor.

E com Amor, a compreensão e o aprendizado de perdas e da dor é potencializado e o sofrimento diminuido, em um processo que lembra a forja das melhores espadas, expostas à extremos e à pressão, inerentes a um processo único para moldar sua natureza indestrutível.

Sempre se está nesta busca de se tornar indestrutível, eterno, de se tornar o Amor, aprendendo a cada momento amorosamente, buscando o caminho do Amor, mas a aceitar amorosamente a trilha da dor quando resvalamos do caminho principal, voltando assim mais rapidamente ao mesmo do que se nos rebelarmos contra a via da dor.

O Amar é um eterno devir, um processo contínuo, cíclico de se estar sempre por chegar, sempre evoluindo amorosamente. Assim é um relacionamento, um encontro em evolução constante. E ainda há uma boa parcela que busca se acomodar.

Há os que julgam que um relacionamento duradouro funciona com os seguintes ingredientes: compatibilidade biológica, psíquica e auto-conhecimento para a manutenção do amor.

Não discordo, pelo contrário, mas penso que isto seja a base, a estrutura, a física, que necessita do processo de abertura do topo, da superestrutura, da meta-física para sair do ciclo da estagnação e o transformar em espiral ascendente da evolução dos Seres envolvidos na relação - podendo ser até o processo de ascese da alma no desvelar do auto-conhecimento e aumento da auto-estima a partir da junção do eu ao Eu Superior.

E, Superior, apenas o Amor.

Inspirado em troca com a amiga Fé, resgatada da época de escola e que também está na busca por se tornar um diamante (vajra) - translucido, luminoso, valoroso, indestrutível; como o Amor.

Na Fé do Amor,

Amar é uma arte

E só há arte se houver verdade.

Só há Amor com verdade.

No Amor, pintado na tela da verdade, esculpido na essência do Ser e colorido com a felicidade que é viver,

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Amor incomensurável

Da perspectiva temporal, independente se linear e única como a ocidental ou cíclica e repetida como a oriental - ambos -, se assentam na perspectiva da eternidade: qualidade que o Amor faz presente a cada momento e que anula as distinções entre o Eu e o Outro, unindo em um Todo a partir da possibilidade do Nada-Vacuidade atingido pela meditação-contemplação.

Portanto, como diz Longchenpa: "distingüir entre amigo e inimigo não faz sentido".

Especialmente se você iniciou o caminho do bodisatva, contemplando e realizando as quatro incomensuráveis a partir da equanimidade para sedimentar o amor, reforçar a compaixão e encorajar o regozijo.

O Amor como meio e como fim, sem fronteiras, incomensurável.

No Amor,

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Celeste amor, divino protetor

Meu anjo da guarda, protetor divino,
que sempre me acompanha desde menino,
não me deixa ser ludibriado a escolher o caminho errado,
esteja a meu lado a cada momento e me livra de todo tormento.

Que suas asas sejam escudo e visão,
Luz que afasta as trevas da escuridão.

Na hora da morte,
não me deixe à própria sorte,
alça-me ao céu
e corta das ilusões o véu.

Como posso lhe agradecer por tudo o que fazes?
Posso me empenhar para as pessoas fazerem as pazes.
Posso me dedicar ao próximo como te dedicas a mim,
aprendiz de anjo, meu querido Serafim.

É muito amor, profunda gratidão,
que me tomam por inteiro em profunda oração.
Não quero e nem consigo parar de lhe louvar,
só me resta passar os dias a cantar e orar.

No encontro e ajuda ao outro descubro assim,
a plenitude de suas dádivas recaem sobre mim.
Essa é a chave, amorosa união,
que potencializa a mim e completa sua missão.

Que eu possa ser seu equivalente terrestre,
tão bom quanto és tu, meu guerreiro celeste.

Que meu corpo e seu santo espírito sejam unidos pela ascese de minha alma,
evolução do Ser, constante, amorosa, com toda calma.

Escrito na madrugada do dia 09.01.09 e publicado em homenagem à passagem, ocorrida ontem, de minha querida Tia Nair, cujos Empadões e jogos de cartas fazem parte de minha infância e cuja amizade-amorosa levarei por toda vida.

No Amor,

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Amor - o caminho do bodisatva

Buda perguntava-se se aquilo que ele estava aprendendo e/ou vivenciando de fato cessava o sofrimento.

Até hoje seus discípulos são incentivados a não confiarem nele e sim neste caminho.

E que caminho é este?

É único, pessoal e intransferível. Ao mesmo tempo em que é uno e o mesmo para todos. Esse paradoxo em si já é motivo para empreender um salutar questionamento em busca de si próprio – este Ser que é ao mesmo tempo tão igual e tão diferente a todos os demais Seres.

O caminho parece ser a via que nos leva à Vida, ao Outro, à nós e assim ao Todo.

Externamente, é nosso caminhar na Terra – e toda evolução que isto compreende, principalmente na educação do pensamento e das emoções –; internamente é o caminho da Kundalini até o despertar supremo, abrindo e potencializando todos os chácras; secretamente é a evolução de nossa Mens (termo latim que designa tanto alma, quanto mente e contempla assim tanto a visão ocidental espírita-cristã, quanto a oriental budista, separadas apenas por conceitos).

Por mais que se caminhe por uma alameda em conjunto, cada um dos andantes terá sua própria alameda, reconhecendo nela a projeção de sua Mens e criando a interdependência a qual chamará de realidade: para um a alameda estará florida, para outro próximo a este cheirosa, outro a verá ensolarada, outro sombria, aquele comentará da terra mal batida e com pedras no caminho, este das estrelas a guiar; desperto é aquele que vislumbra todas as estas realidades sem descartar nenhuma e mesmo sabendo que cada faceta é um véu de ilusão percorre corajosamente o caminho para ao final se unir novamente à vacuidade tendo perpassado os véus sem se apegar a nenhum deles, sem ficar preso.

Aquele que viu apenas uma parte, perdeu a beleza do Todo, mas até aquele que se prendeu ao Todo sofrerá – talvez até mais que aquele que se fixou numa parte – quando a alameda terminar. A menos que reconheça que aquilo que encontrar à sua frente, após a alameda também faz parte do Todo e assim também é alameda: transcende-se assim a noção conceitual e dicotômica de nirvana e samsara, Deus e ausência divina.

É este impulso em busca da completude inerente ao nosso Ser que se chama Amor e que pulsa em nosso interior, pronto para eclodir e se manifestar em cada uma destas facetas, emanando-se no contemplar da equanimidade das flores e de seus cheiros, no amor ao brilho das estrelas e à escuridão que as cerca, na compaixão pelas pedras e suas naturais topadas, no regozijo do aconchego quente do sol e frio da sombra: Amor é o entendimento da forma e da não-forma (como uno).

Quer seja sua meta a vacuidade ou Deus – conceitos da plenitude de nosso Ser –, Amar plenamente é reconhecer que seu objetivo se encontra pronto dentro de seu Ser e em Todos os demais Seres e objetos, é a perfeita natureza das coisas à qual é necessário apenas nos ligarmos e criar a interdependência amorosa que nos tornará unos: Eu-Outro-Todo, pois o Todo é Eu-Outro.

E, para acabar com o sofrimento, basta então vivenciar a plenitude. Para trilhar este caminho vale de início se perguntar se aquilo que fazes lhe traz sofrimento ou felicidade genuína e, portanto, eterna.

Se aproveitares ao máximo, dando e recebendo sem barreiras em uma proveitosa e crescente troca evolutiva, gerando assim uma interdependência positiva, com o entendimento de que tudo é impermanente e ao mesmo tempo cíclico, transmutável e eterno, viverás a plenitude de seu Ser, o Reino de Deus na Terra, o Nirvana terrestre, tornando-se o Homo Amabilis, o Super-Homem nietzschiano que com amorosa coragem sai da caverna plantoniana para conhecer a idéia do Amor e retorna para concretizá-lo em ato e equivaler caverna e mundo exterior em uma só Luz.

Inspirado pelos pensamentos samsáricos a cerca do Botafogo e seu time e provável campanha em 2009: ir ou não ao estádio? Sofrer? Mas por que, se o resultado é o que menos importa e sim apoiar o clube que se ama. Isto é amor incondicional e quando se sente e pratica, samsara e nirvana se fundem e você passa a fazer da vida cotidiana a prática espiritual, cultivando as virtudes necessárias para de fato Amar. E assim transcender à gloriosa eternidade.

Glorioso e Amoroso 2009 para ti.

No Amor,

Amor - grinalda preciosa

Amar é assumir a própria existência - com todas as mazelas que nela houver - sendo fonte de inesgotável saber e felicidade não apenas para si como para outros.

É esse em suma, o caminho do bodisatva, que movido pela compaixão, faz votos de dedicar sua existência à felicidade e iluminação de todos os seres.

Inspirado e adaptado do livro A Grinalda Preciosa, de 'Buda Nagarjuna' - como diria meu estimado professor e lama Chimed a quem eu aproveito para prestar minhas sinceras homenagens.

No Amor,

Amor - a real dimensão do Ser

Moldados pelos vértices do Tempo, Espaço e do Conhecimento/Relação, nosso Ser se forja na relação Todo-Eu-Outro, o que constitui e nos confere a nossa real dimensão: a dimensão do Amor, esta teia invisível que nos sustenta.

Quanto mais compreendemos o Amor, mais nos expandimos em direção ao Outro e ao Todo, mais nos tornamos unos com a teia e nos tornamos o Amor em si, alcançando o que uns chamam a plena realização, outros a iluminação, tornando-se 'hubs' no emaranhado de fios que se entrelaçam e formam ao mesmo tempo a sustentação e os véus da vida. Quanto mais se ama, mais se emana pulsos de Amor e se influencia positivamente a rede.

Amor é a semente de Luz que se cultiva, se expande e transcende os limites iniciais, indo ao Outro e além, fundindo-se ao Todo.

No Amor,

Amor é evolução rumo à plenitude

Amor é o elemento que torna o humano Ser em si e o evolui em sua plenitude, transcendendo Tempo e Espaço através do infinito conhecimento que é o Amor do Homo Amabilis, nosso próximo estágio de evolução, o Übermensch.

No Amor,

Amor é natural

Amar é seguir a Natureza pela firmeza da alma e contenção dos desejos, comprovando as palavras com ações.

No Amor,

Amor é moral

Amor é moral aplicada em pleno equilíbrio entre o Todo-Eu-Outro.

No Amor,

Amor - um detalhe

Singelo, lindo, cheio de significado, como todo detalhe. Só é notado com calma e cresce cada vez mais com o Tempo, se tiver Espaço para desabrochar.

Inspirado na sempre proveitosa troca com minha prima Carol, que me respondeu com 'todo detalhe'.

No Amor,

Amor - o terroir da beleza eterna

Se viver é uma arte, Amar é a obra-prima como um todo, o terroir da beleza eterna.

No Amor,

Amor - escapando ao hábito

Agimos emulando emoções. Amor é quando escapamos desse hábito.

No Amor,

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Amor em minha vida

Em minha vida (In my life - The Beatles feat. Sean Connery)

Há lugares dos quais vou me lembrar

por toda a minha vida, embora alguns tenham mudado

Alguns para sempre, e não para melhor

Alguns se foram e outros permanecem

Todos esses lugares tiveram seus momentos

Com amores e amigos, dos quais ainda posso me lembrar

Alguns estão mortos e outros estão vivendo

Em minha vida, já amei todos eles

Mas de todos esses amigos e amores

Não há ninguém que se compare a você

E essas memórias perdem o sentido

Quando eu penso em amor como uma coisa nova

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto

por pessoas e coisas que vieram antes,

Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas

Em minha vida, eu amo mais a você

Embora eu saiba que eu nunca vou perder o afeto

por pessoas e coisas que vieram antes,

Eu sei que com freqüência eu vou parar e pensar nelas

Em minha vida, eu amo mais a você

Em minha vida...

Eu amo mais a você

No Amor,

sábado, 3 de janeiro de 2009

Amar é cultivar o Todo

Com Amor, nossa força cresce de nossa fraqueza.

E Amor é tanto o olhar atento e o cultivo, quanto a ação resultante do conjunto.

No Amor,

Amar é Viver seu Tempo na plenitude de suas possibilidades

Amor, como o Tempo e a Vida, é tão breve ou eterno quanto se aspira, pratica e realiza.

No Amor,

Amor expandindo a brevidade da vida

O amor é uma viagem, pois tem começo, meio e fim, como toda vida, uma jornada terrestre entre o nascer e o morrer.

Mas o Amor é também um passeio: contemplar e reconhecer a eternidade de cada momento, fazendo a vida ser vivida e escrita em V maiúsculo, transcendendo nascimento e morte e alcançando a compreensão do verdadeiro ciclo; tal qual a água que evapora dos rios, lagos e oceanos para depois precipitar-se como chuva, ser drenada e reiniciar todo o ciclo novamente; tal qual a larva está para a borboleta.

Amor com A maiúsculo, Vida com V maiúsculo.

E é neste espírito de início do ano gregoriano de 2009 e final do ano tibetano de 2135 que o pensamento do filósofo Sêneca - nascido na Espanha romana do século I, tutor de Nero e que tanto li quando meu Opa ainda se encontrava na CTI - eclode pedindo passagem, como um contrapeso crítico à euforia desmedida que deságua em carnaval de maneira não-crítica.

Afinal, vale sempre lembrar "Sobre a brevidade da vida" - não obstante obra de Sêneca - até para darmos valor e eternizarmos cada momento.

Portanto, inspirado na leitura da obra supra-citada, parafrasiei algumas máximas aplicando-as ao tema do blog: Amor.

Espero que lhe inspire para aproveitar cada momento de 2009 como se fosse o último dentro do paradoxo da eternidade inerente a cada momento, afinal, isto é o Amor: gostar tanto que se deixa livre, pois se é um só. Aproveitem.

  • O amor ensina a agir, não a falar.

  • Amor é quando as palavras estão de acordo com a vida.

  • Não há amor sem virtude, nem virtude sem amor.

  • O Amor ordena a vida, regula a ação, mostra o que deve ser feito e o que deve ser evitado, está no leme e dirige o curso hesitante dos erram a esmo por não se entregarem a Ele, o Amor.

  • Amor, recurso libertador, forma a alma e serve de guia para a ação.

  • Amor ars vitae - amor arte da vida - artífice da vida.

  • Amor, mais que o conhecimento das coisas, é a aplicação à virtude e a prática do bem.

  • Amor é vida e vida é o espaço do bem e do mal. O fim da atividade amorosa - e, portanto, do ato de viver - é uma vida sábia - e vice-versa -, e é próprio do sábio realizar uma vida no bem.

  • Amor é instruir-se na filosofia por ações e enfrentar situações reais: é ver de que força de espírito é capaz um homem iniciado nele diante da morte, da dor, da aproximação de uma, da pressão da outra.

  • Amar é a busca pela virtude, a plena realização que independe das circunstâncias.

No Amor,