segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O silêncio da sabedoria do Amor divino

Sua ausência se confirma
na terrível presença que confina.
Na prisão da saudade de nós dois,
encontro a liberdade não antes, não depois.

Agora, incandescente,
consumido pelo fogo do desejo do Eu
inflado por teu nome, chamo por teu sapato de cristal,
caibo apenas no pé teu.

Encaixemo-nos,
transbordemo-nos no nós,
nesse caminho,
do Todo.

Não mais amado,
não mais amante,
não mais eu, não mais tu,
não mais os nós do Amor,
mas o Todo Fluxo
do Amor sem fim.

Aqui renasço das cinzas de nosso encontro
forjado Uno, amado-amante em mim,
não necessito mais de ti; será de Eros o fim?
Já fez-me completo, brotou em mim o Homem pronto.

Silêncio!

O Amor pulsa ensudercedor.
Sinta, ouça, ouse
se entregar em mim
ao Amor.

No fim, eterno recomeço, que conduz à outra margem, mesma terra firme sob outra perspectiva,

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