quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O re-curso do Amor

Tem um traço em melodias que instam ao Amor e que deixam a alma saudosa de algo que não sabe o que.

É como se esta melodia sempre tivesse existido, como se essa música tivesse sempre tocado e embalado bons momentos, ritmado a vida em bons tempos que nunca voltam.

Mas como se nunca estiveram? O que então é a memória? O que são record-ações?

Não somos a convergência de interpretações de fatos do passado e conjecturas do futuro embebidos nos sentimentos atemporais presentes, onde a razão é o feixe de luz que traz clareza, nos conduz e salva do afogamento no mar de emoções?

Não somos representações de arquétipos buscando usar novas tintas, particulares combinações para universais estruturas?

Não são passado e futuro plataformas a partir das quais pensamos, atuamos e moldamos nosso presente?

Não é o Amor o re-curso que endireita o ciclo à espiral evolutiva para confirmar nossa ascece?

O impulso que motiva, a ordem que conduz, a união que confirma, o fluxo que satisfaz; afirma e sustenta o mito, herói em nós: filtra e reforça os valores em uma melhora cíclica dos ciclos.

Na faixa de Beirute, abandonando a arma de caça, o papel de caçador e de caça, sustentando o jogo, sem apego, sem fazer parte, apenas jogando, sem matar o Rei, sem perder a realeza,

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