sábado, 28 de março de 2009

Amor real, vazio inverso

Este post começa em seu fim.
Impacto profundo do vazio em mim.
A compreensão do transcender, a rede erigir,
o mundo e as coisas entender, saber, agir.

Morte. Ressurreição.
O que sou, o que não sou.
Quente. Frio. Soul
da vontade coração.

Átomo, galáxia, existência vazia,
esperma, cometa,
célula, planeta
a relação é tudo, noite, dia.

No contraste se forja toda evolução,
a partir do entendimento de uma só dimensão;
não há eu, não há outro senão o nós,
a vida, destino, uma só voz.

O controle é do indivíduo responsabilidade,
fazer parte do todo, é tudo equanimidade.
Contraste, unidade, interdependência,
o amor é Luz, maior ciência.

Equanimidade, Amor, Regozijo e Compaixão,
Quatro qualidades, incomensurável potencial,
um mundo de oportunidades excepcional,
convergência de tempo e espaço em real transformação.

No Amor,

terça-feira, 24 de março de 2009

Amor poema, beleza da interação

Sou poema, desejo ser amado,
de preferência guardado
no coração e na mente
de quem me lê, ouve, toca, sente.

Aquela que se lembra, no instante se liberta.
Recorde e recobre esse amor em versos,
não se perca em meio aos caminhos diversos.
Canaliza, brisa, flui, desperta.

Não há tempo, muito menos distância
que calam a ânsia
do amor que pulsa
em cada verso, rima, palavra avulsa.

Teus olhos, sentimento,
livre interpretação,
outros a cada momento
escolhas a cada interação.

Sou poema. Fonema.
Blog, post, pessoa pequena.

Grande sim é meu amor,
que me rima a ti com sincero louvor.

Sou palavra, letra, sorriso, dor.
De tudo me esqueço: espinho, flor;
quando de minha boca e linhas parto,
ao seu ouvido me curvo, nele anoiteço.
É em seu coração que ecoo, nele amanheço.

Desperto infinito,
poema de amor,
agora sim, amado, agora sim, bonito,
agora sim, sem dor.

No Amor, a rima perfeita da interação,

Amor ao inesperado

"Só se deve fazer aquilo que se ama; é assim que nos abrimos para o inesperado."

Esta citação do livro de David Lynch - 'Em águas profundas' representa bem o que é o Amor e todo seu poder.

Fazendo aquilo que se ama se está sereno e feliz, pleno de capacidade de aprendizado do desconhecido que é o inesperado, pronto para acolhê-lo e torná-lo parte de seu sistema amoroso, mesmo que à margem de sua mandala de Amor, o círculo de seu Ser.

No Amor,

Amar, meditar além fronteiras

"Pela meditação se atinge o infinito. Aquilo que é infinito é feliz. Não há felicidade no limitado."

Sabedoria védica encontrada nos Upanishads e que absorvi lendo o livro de David Lynch - 'Em águas profundas' - altamente recomendável para quem trabalha com criação e quer entender um pouco mais sobre a meditação neste processo.

Estou crendo cada vez mais que meditar é praticar Amor - e que Amar é meditar -, pois também o Amor nos leva ao infinito. E só ele, além.

Meditando alcançamos a infinita eternidade de nosso próprio Ser e nos integramos ao Todo, unindo-nos indiscriminadamente a cada ponto desta grande teia que é a vida; amando suspendemos as fronteiras do tempo e do espaço.

Om Amor,


Amar é meditar

Meditação é aquele momento de amor próprio que se expande por todo o universo.

Om Amor,

domingo, 22 de março de 2009

Amor - verbo transitivo

No princípio era o verbo, transitivo e direto, era o amor.

Amor, verbo transitivo que se completa com o subsequente; transitivo é verbo de movimento, como o Amor, ação que se completa no (sub)sequente, a cada instante, até na teoria que na prática já expande as fronteiras.

Quem ama, ama algo ou alguém; a começar por si para juntar forças e ir além.

No amor transitivo direto, verbo do princípio, fim de nós mesmos,

sábado, 21 de março de 2009

Amor é o ciclo que erige a pirâmide de conhecimento divino que é o nosso Ser

Aquilo que você intui que está lá, você alcança com a fé, apreende com a razão, registra com a sensação e relembra com o sentimento. Este ciclo de conhecimento é o verdadeiro Amor.

Onde - baseado na mandala budista e na junguiana - a intuição fica a direita, a sensação a esquerda, o pensamento-razão acima e o sentimento abaixo, com a fé ocupando o centro (no lugar do Ego) e o Amor sendo a força que aglutina, distribui e mantém esta roda de conhecimento agregada e a girar rumo à evolução - contra o ciclo do samsara; horário x anti-horário, respectivamente.

No modelo abaixo, retirado do pdf "Jung e a Kundalini", basta substituir o Ego pela Fé e obtém-se o modelo de Amor por mim proposto neste post.
Se ousarmos colocar isto em 3D, podemos erigir uma pirâmide de Amor a partir desta 'planta baixa', sendo o Amor o vetor que eleva a fé e assim os demais pontos-base do conhecimento.

Vale ressaltar que a mandala budista é sempre acessada pelo leste - aqui representado pela intuição, o que faz todo sentido - ao menos para mim. E para você?

No Amor,

quarta-feira, 18 de março de 2009

Amor - convergência sem fronteiras

Amor é você não enxergar fronteiras e acolher o que há de melhor em tudo, convergindo para enaltecer valores. Como diria Marx: "ponto em que ele, em sua existência mais individual, é ao mesmo tempo coletividade (Gemeinwesen)".

Tudo tem seu lugar na mandala e roda da vida: Amor é este ato organizador - como também é o ato criador e o ato da destruição produtiva e criativa neste ciclo sem fim, a passagem do novo e desconhecido para o familiar e conhecido, dando abertura para um novo ciclo quando o vigente estagnado já não impulsiona a vida - reconhecer o timing da vida e de seus ciclos é a sabedoria máxima do Amor.

Amor supremo é conseguir manter através de sua organização e manutenção o tempo familiar e conhecido no ápice de sua revolução.

No Amor,

Amor - a certeza da dúvida, a coragem de seguir em frente e colher sabedoria

A dúvida, dádiva divina,

que às sombras da ignorância esclarece e ilumina,

só não pode lhe fazer perder a certeza de menina:

que o mar é mar e a terra é terra,

na humilde certeza de que em sua busca todo mundo erra;

se confunde e de sua profunda confusão emerge a sabedoria que corta os véus da ilusão.

Como transformar conhecimento em sabedoria,

este é o caminho ignorado pela imensa maioria.

Mas se palpitar devo nesta situação,

siga os conselhos de seu coração:

Amor é a saída, na tua vida a entrada, solução.

Escrito - após meditar - ao responder a uma aluna que se dizia com dúvida. Não sou filósofo, muito menos poeta, mas busco me versar no alcance de minha meta. ;) Portanto, desculpe pela pobreza estilística.

Sei quão os poetas são menosprezados pelos filósofos, mas acho que Amor é você não enxergar fronteiras e acolher o que há de melhor em tudo, convergindo para enaltecer valores.


No Amor,

terça-feira, 17 de março de 2009

Amor - brisa que eleva a cada passo

Cada passo é uma brisa que nasce no caminho que é o Amor - quando intenso é o vendaval da paixão. Mas tudo é ar - pois respira, anda, ama, isso é viver.

A troca, o entra e sai, do todo o sistema, da vida dilema; não é questão de amar ou não, é questão de elevar o viver, isso é o amor.

No Amor,

segunda-feira, 16 de março de 2009

Amor é Luz na escuridão

É sentir-se confortável - sem medo - na escuridão, com abertura e ternura convidando a Luz para esclarecer pontos obscuros; harmonizando (com) a respiração.

No Amor,

quinta-feira, 12 de março de 2009

A flor do Amor

É magia, mistério, mutação - é o singelo desabrochar da mente-coração.

Raiz na lama, no caos, no drama.

Caule com espinho forte, flexível, fiel ao caminho de nossa própria sorte.

Botão frágil, suscetível à fala.

Desabrochar que cala, emudece, preenche, transborda, esquece - renasce e vive a eternidade da beleza de sermos um só: a beleza da flor e do contemplar; o lábio de um, da boca o par.

Semear e (es)colher, regar e podar; plantar da semente à semente, cuidar é amar o ciclo da vida sem sofrer - entender e contemplar para o melhor desfrutar.

No Amor,

Amor é movimento não-dual

É a força do impulso - Eros -, é a clareza da direção - Ágape - , é a sábia união não-dual - Philia -; sabedoria que reconhece que movimento existe mesmo quando se fica estático - quando isto é uma decisão consciente e para assegurar o valor e a vida, o conhecimento e seu caminho de edificação do Ser em harmonia com o Todo.

É a dança da vida na qual se conduz e se é conduzido sem distinção de papéis ou preferência, apenas regozijo no entendimento equânime, de onde emergem o amor e a compaixão.

No Amor,