terça-feira, 15 de junho de 2010

Amor hidrante

Caminho de casa, cheio de ruas.
Ruas vazias, cheias de gente.
Gente vazia, cheia de medo.
Não é mais cedo,

É frio.
Pessoas dormem, nem um pio.
Mais de um sonho dorme, despedaçado.
Um sorriso, um achado,

Pura ilusão.
Ninguém sorri quando dorme obrigado no chão.
De nada, adianta,
Não fica pra trás, a gente escolhe aquilo que planta.

O que nos nutre, o que nos alimenta?
O que pensamos, falamos, agimos, aquilo que se sustenta.
E no meio de tanto cobertor
Ao relento, me pergunto, cadê o Amor?

Na cidade que tem de tudo, menos humanidade,
Um hidrante que irriga o deserto da selva de pedra
É um oásis da alma
Amorosidade desperta.

No Fogo divino que habita em nós e dá sede de justiça,

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