sexta-feira, 16 de julho de 2010

3 Amores no topo

Três meninas no telhado

consumindo liberdade

em igual fraternidade.

Ousando levantar o olhar, que achado!


Seu frescor de juventude

exalava forte

contrastava com a terrena atitude

que lembra em vida a morte.


Já não ousamos subir mais.

Jah! Nos contentamos com o reflexo da Luz.

Jaz o impulso da ascese no corpo e outros bens materiais.

Já não sabemos o que nos conduz.


A chama me chama

o fogo arde

o mistério conclama

pra subir nunca é tarde.


A intuição procede prudente

o sentimento lateja

a sensação deseja

e a razão caminha contente.


Era sabido o destino

deste alado menino.

Perdido se encontrou, nas palavras um meio;

sua escada conjugou, subiu sem receio.


As três meninas, já sabemos quem são:

Eros, Ágape, Philia; libertação.

Do mundo das idéias, tentação da elevação,

mas, ao menos por hora, não era amor fati ter com elas não.


Na inspiração que subiu ao telhado e nas asas das palavras alçou vôo para conquistar vales e picos e nas planícies eternas do Ser planar,

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