terça-feira, 9 de março de 2010

Amor puro sentido

Colhi a flor
caida no asfalto;
quando virada pro céu
é sinal de doação.

Doa aroma,
cor e forma;
doa vida,
doa Amor.

Divina, doa o aconchego
pro olhar,
pro sentir,
pro cheirar.

Amor puro sentido;
regozijo com pouco
que é mais que todo muito
que se tem por aí e nunca dentro de si.

E ali, por entre formas e vazios,
passeava uma formiga.

Distante, solitária, morreria.
Não faria falta ao numeroso formigueiro.
Não faria falta ao Todo que a tem aqui ou acolá.
Mas faria falta a ela, não voltar ao seu lar.

Passeou por todo o Rio,
deu aulas, viu mais de uma apresentação,
comeu em restaurante
e curtiu sua abdução.

Na calada da noite
na mesma esquina
de poucas horas antes
reencontrou seu caminho.

Despediamo-nos,
a grande formiga
de meu já não mais pequeno Ser,
mais uma vez aprendendo que o Amor é o que nos leva do pequeno ao grande.


No rumo da unidade, a grande e divina união, que é o Amor, sentido de nossa existência,

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