segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Amor, herói de verdade
Amor é valente e por isso não precisa lutar com ninguém.
Amor é herói para vencer a si mesmo.
Amor é e o que é não precisa provar nada a ninguém, apenas repousa em sua existência e contempla sua natureza primordial.
Amor, criador do universo.
Na força que não vem daqui, não vem de lá, é tudo e está em todo lugar,
O silêncio da sabedoria do Amor divino
na terrível presença que confina.
Na prisão da saudade de nós dois,
encontro a liberdade não antes, não depois.
Agora, incandescente,
consumido pelo fogo do desejo do Eu
inflado por teu nome, chamo por teu sapato de cristal,
caibo apenas no pé teu.
Encaixemo-nos,
transbordemo-nos no nós,
nesse caminho,
do Todo.
Não mais amado,
não mais amante,
não mais eu, não mais tu,
não mais os nós do Amor,
mas o Todo Fluxo
do Amor sem fim.
Aqui renasço das cinzas de nosso encontro
forjado Uno, amado-amante em mim,
não necessito mais de ti; será de Eros o fim?
Já fez-me completo, brotou em mim o Homem pronto.
Silêncio!
O Amor pulsa ensudercedor.
Sinta, ouça, ouse
se entregar em mim
ao Amor.
No fim, eterno recomeço, que conduz à outra margem, mesma terra firme sob outra perspectiva,
Amor além-margens
de ti ao outro,
o Amor te levará,
certeiro.
Mas principia em ti, por si,
encontra em ti o Todo que e'le'vará.
do Eu ao Tu,
do Nós ao Todo.
O mistério do Amor nasce
no manjedouro do coração;
flui através dos sentidos rumo ao infinito
em um ritmo harmônico e bonito.
Tal qual teu Ser.
Silêncio!
Ouça seu nascimento, sinta a fonte brotar em seu Ser Eu Sou, és Tu, és Ele, és Nós sem nós, um Todo sem fim em mim.
Nas margens do Eu-Tu que conduzem o Nós ao Todo,
Amor Superam Continuum
No fluxo contínuo da ascese,
O recado do Amor
Não se deve esperar e agir de acordo com expectativas próprias, mas com aquilo que a vida lhe traz através do outro.
Não se deve ficar frustrado por esperar mais, mas regozijar pelo que se tem.
E que, se já tiver sido, que se regozije na eternidade do fim do tempo que tivemos e que não tem volta; apenas novas oportunidades de recontarmos nossa história e redigirmos um novo fim.
No bilhete premiado, puro entendimento de que quando acaba o tempo, começa a eternidade,
Amor, o caminhar para a Era da sustentabilidade
O primeiro passo começa em seu coração.
No caminho da sustentabilidade,
Os caminhos do Amor
se nossos caminhos já partiram
rumo aos nossos destinos amiudo.
Mais que tristeza, aceitação.
Não é mais por mim que teus sinos batem.
Não é mais em minha direção que teu vento sopra.
Não é mais em meu oceano de Amor que tu te ancoras.
Mais que tristeza, aceitação.
Respeito o compasso do destino,
a cada passo mais ciente,
amadureço no ritmo do eterno menino.
Mais que aceitação, entendimento.
No respeito de onde emana todo Amor,
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Amor natalino
#feliznatal - menos consumo, mais consciência; menos estresse, mais paciência; menos dor, mais Amor. #natalnalata
No manjedouro de nossos corações,
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Kundalini, o tantra do Amor
mordo teu canto.
Sussurro arrepios
por tua beleza, sensualidade, meu encanto.
Entrega-te a mim!
Traz do céu
o divino gozo sem fim
que corta da existência o véu
Na amorosa ascese da Kundalini,
domingo, 28 de novembro de 2010
Amor próprio Amor
Amor é verbo, sujeito e objeto, mas nunca sentença, pois não julga, antes redime, sustenta e glorifica; dá sentido e situa o conhecimento do e no tempo e espaço, ampliando nossos horizontes, cosmificando nossa dimensões.
Nas dez direções do Todo Amor,
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Amor, impulso imperativo
O impulso é ao sexo, ao companheirismo, à união; o impulso é para caminhar, curtir o caminho, realizar o processo, é fazer da vida uma confirmação, é dizer sim ao prazer, à alegria, à diversão.
O impulso é a obrigação, obrigatório o caminhar, é ter este caminho aqui e agora, abismo a frente e atrás, ilhas de momentos a se confirmar no oceano do sofrimento.
Impossível secar sozinho este mar. Foquemos então no possível, criar pontes, fazer as ilhas se relacionar e juntos prosperar.
No impulso imperativo que é Amor,
Eros, impulso do Amor para um novo mundo
Vai Amor, tão complexo e tão fácil, seguindo pela rede ao encontro da mulher secreta que tanto desejo desperta.
Ouço calado o pulsar do desejo e em meio aos gemidos de prazer, percebo sussurros de dor: é a Terra que sangra em meio aos orgasmos múltiplos dos que se contorcem entre extremos, dos que são reféns do prazer e da dor; do nascimento e da morte; da alegria e do horror.
Vai Amor, não mais ao encontro desta fêmea que me extasia, mas encontra a mulher que se esconde em cada um de nós, nossa parte que sabe cuidar, sustentar e da qual o planeta, sofrido e abandonado, tanto carece.
Chega de êxtase, o planeta quer é viver.
Enalteçamos e elevemos nosso Eros, não neguemos nossa essência, pois somos no devir e devemos confirmar nossa natureza desejante.
Não podemos mudar o que, mas o como; não mudamos os objetos, mas podemos mudar o sujeito e nossas relações.
No Eros, impulso que transforma todas as mulheres do mundo na mãe Terra, fecunda pelo Pai Cosmos, Eu Sou,
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Amor sustentável
Na concepção que fecunda, nutre e gera Luz,
No ritmo do Amor
sangro
vibro
atendo
o chamado
divino
atento
não desligo
ligo
conecto
fundo
uno
fluo
impulsiono
ordeno
disponho
múltiplo
convergido
sentido
feliz
No ritmo da felicidade, compasso do Amor,
A discplina e o Amor, uma relação de respeito
Por isto a disciplina é a maior aliada do Amor, consorte de Ágape, madrasta de Eros, mãe de Philia.
A disciplina traz o poder ao Amor.
Na relação de respeito e poder, aliança eterna conduzida pela sabedoria,
A certeza do Amor
No poder multiplicador e profundamente transformador, fé que transforma sombra em Luz,
Amor, plano divino de nosso Ser
Na estrela de cinco pontas,
O re-curso do Amor
Mas como se nunca estiveram? O que então é a memória? O que são record-ações?
Não somos a convergência de interpretações de fatos do passado e conjecturas do futuro embebidos nos sentimentos atemporais presentes, onde a razão é o feixe de luz que traz clareza, nos conduz e salva do afogamento no mar de emoções?
Não somos representações de arquétipos buscando usar novas tintas, particulares combinações para universais estruturas?
Não são passado e futuro plataformas a partir das quais pensamos, atuamos e moldamos nosso presente?
Não é o Amor o re-curso que endireita o ciclo à espiral evolutiva para confirmar nossa ascece?
O impulso que motiva, a ordem que conduz, a união que confirma, o fluxo que satisfaz; afirma e sustenta o mito, herói em nós: filtra e reforça os valores em uma melhora cíclica dos ciclos.
Na faixa de Beirute, abandonando a arma de caça, o papel de caçador e de caça, sustentando o jogo, sem apego, sem fazer parte, apenas jogando, sem matar o Rei, sem perder a realeza,
A balança do Amor
É a sabedoria que observa se nos revoltamos ou se dialogamos tranqüilamente com as contradições da vida.
É a força que bate no peito e afirma a cada pulsar que vamos conseguir; que não há absurdo que não possa ser compreendido, paradoxo que não possa ser harmonizado, sentido que não possa ser convergido.
É a capacidade de olhar para frente e seguir adiante, desapegado do passado e sem retrovisor para embaçar o panorama da vida que se faz presente no horizonte através da janela da alma e não através de qualquer espelho.
O passado dita o futuro, o futuro determina o presente e o presente se faz no passado que torna a se auto-determinar no ciclo.
Não há absurdo, não há paradoxo, não há linearidade; temos apenas ciclos infindáveis que devemos conduzir, através do eixo da consciência, à uma espiral evolutiva no divino plano do espaço-tempo.
Na balança que equiLIBRA, acerta a justa medida, desperta a consciência e garante a sustentabilidade de nossas ações,
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Amor, fractal do Todo
parte do agora,
em direção ao outro
parte em busca da completude em nós.
Parte já se encontra em plenitude,
fractal, reflete em si a inteireza,
tem com o outro-eu o compromisso de sustentar a beleza,
opostos-complementares que convergem atitude.
A realidade cíclica da união não-dual,
dois inteiros que se sustentam no Todo,
uno-multifacetado sem igual.
Flores únicas que desabrocham do mesmo lodo.
Diferentes cosmos,
um mesmo caos.
Inúmeros sentidos,
uma só di-e-reção: Amor.
Em um Eros sentidos múltiplos há,
imperativo agápico deve ser
ordená-los à perfeição
rumo à philia e união.
Confirmar a boa troca, não a má,
sustentar o fluxo fati
expandir o cosmos
e do caos fazer a estrela brilhar.
Na ereção da vida, impulso que faz sentido na direção evolutiva que propaga o Ser e fecunda suas idéias,
O instante atemporal do Amor
Na convergência do espaço-tempo através do conhecimento do Amor em nós, por nós e pelo Todo,
O desejo do Amor é o ciclo evolutivo da ascese
Seria Luz pura, pois quem deseja carece e quem carece não está completo - mas se contemplarmos o desejo no sentido de força e de impulso faz sentido a indagação: o desejo-impulso é necessário para o vingar primordial da vida, mas necessita de transmutação da conquista para a preservação para poder se estabelecer sem se auto-degenerar, consumir e boicotar.
O desejo se faz então necessário, mas trata-se do desejo orientado através da Ágape para alcançar algo superior, sendo que precisa ser por esta canalizado, abandonado ao se progredir no caminho e se aproximar da Philia que auxilia no desapego; desejo sem identificação, pois não há carência, apenas a perpetuação do pulso cíclico da ascese.
Portanto, o desejo tem naturalmente sua função e depende da natureza do objeto ao qual se liga e do objetivo da ligação para ser compreendido entre os impulsos que satisfazem mil e múltiplos instintos ou conquistam definitivamente o uno e destino, unidade em nós sem nós e amarras que nos prendem: desejo que flui, frui e nos possibilita usufruir do fluxo.
No Eros divino que habita nosso Ser, pleno e em preservação,
Amor, convergência de visões
Amor é esta convergência, é ver urgência em co-laborar.
Na metodologia da terceira visão, à sustentabilidade e além,
Amor stellatus
O logos dos astros, discurso cósmico de pura beleza e harmonia, é a ordem à qual toda estrela obedece, é o destino que todas seguem, brilhando cada qual a sua maneira, emergindo gloriosa no firmamento do caos.
Brilhante é o Ser cujo curso converge com o discurso celeste, não por submissão, mas por consciente colaboração com o plano maior do qual comunga nosso Ser superior que repousa em nossa consciência pronto para despertar, bastando-lhe retirar o véu da ignorância que nos separa em esferas hierárquias ao invés de nos confirmar a todos no mesmo plano.
Eis a astrologia: a análise do discurso dos astros no plano divino de nosso Ser.
No diz-curso que aponta o caminho, no concurso de gigantes, orbe em conjunção com o coração,
sábado, 6 de novembro de 2010
Na ciência do Amor
Como também determinamos nosso destino: não o que acontecerá, mas como lidaremos com as situações e que fATOS conduziremos à realização, eis nosso livre arbítrio.
A felicidade é um destino esperando por se realizar, um meme pronto para se perpetuar; da mente ao corpo através da nossa fala, verbo que se faz criação.
Na ciência de que cada Ser humano foi concebido para fazer história,
Amor, florescimento da talidade
Realizar-se é realizar esta completude natural.
Não há mais medo, apenas a certeza de que precisamos caminhar rumo ao nosso destino.
Criatura, torna-te o que tu és, criador!
Cria a ação que floresce Amor, oferece-te de corpo-fala-mente ao Todo da Rede.
"Oferece a inalação à exalação, e oferece a exalação à inalação, neutraliza ambas as respirações; liberte a força vital do coração e mantenha o controle sobre ela."
Na Kriya-ação, compreensão da yoga da talidade,
Omnia Amor est et nos cedamus amori
O modo, grau e potência do Amor é determinado pelo conhecimento detido, trocado e exercido - quanto maior a coerência, maior a sustentabilidade do momento no eixo cíclico e maior a possibilidade de vetorizar o ciclo em um eixo evolutivo.
Quando se aprende algo pela dor se aprende na verdade pela ausência do Amor - a incompreensão deste aprendizado gera o ódio, esta revolta pela ausência do Amor e do sentido de si e da vida.
A revolta, o ódio e demais sentimentos e energias da nega-ATIVIDADE paralizam o fluxo do eixo cíclico e podem inclusive regredi-lo.
O Amor é o princípio sem fim, fluxo e movimento da rede da vida.
O Amor tudo é, rendamo-nos nós também ao Amor.
No Amor que tudo vence, pois tudo é: vençamo-nos nós a nós mesmos.
Além-dualismo: o Amor
Princípio que emana do caos e concebe o cosmos, meio que se identifica com a mensagem, efeito que é causa, princípio sem fim.
Amar é trocar e na troca se elevar, dar sem esperar receber, é não se prender ao seu ponto, não se entregar ao outro, mas ao caminho da elevação que é margeado pelo ego e pelo non-ego, o outro em mim que também liberto e, livres, caminhamos juntos não mais reféns do dualismo.
No caminho integral do Ser,
Amor não é fácil, muito menos difícil
Tampouco as coisas são fáceis, são parte inerente a uma grande teia, o que as torna complexas - mas basta seguir o fio de ouro de seu coração que naturalmente se encontra seu lugar na rede da vida.
Crer e se identificar com o fluxo, desapegar-se de seu ponto de ego com vistas ao ser Ser superior: fazer o que precisa ser feito, transmutar-se da obrigAÇÃO ao PRAZER,que todo prazer de viver se realizará.
É a realização do SerVir, a iluminação e alcance de seu pleno potencial no deVIR do SER.
No mistério da alquimia do Amor,
O veículo do Amor: do samsara ao nirvana e além
O mais complexo é quando o desejo é o de satisfazer mil desejos, pois se cai na tautologia do samsara, daí a importância da natureza do objeto a ser desejado.
O desejo de iluminação e da conquista do desejo é o único caminho para se cortar as amarras, alcançar o nirvana e ser livre e íntegro, pois todos os demais desejos de alguma forma corrompem. E nunca se satisfazem, pois não se tornarão, apenas inflarão ainda mais a falta, redobrando o desejo.
Inclusive o desejo de iluminação precisa de desapego, pois senão não há iluminação devido ao apego - o desejo deve ser o impulso inicial, mas deve-se buscar chegar à outra margem e para tal, precisa-se abandonar o veículo que nos conduziu até lá... ou aqui, tanto faz, são múltiplos os espaços, apenas um o tempo: o de confirmar a transcendência na imanência, eis a essência - como confirma o Sutra do Coração.
Eis a importância da natureza do objeto a ser desejado ser (reconhecida como) vazia – apenas a compreensão da vacuidade liberta e nos integra ao permanente fluxo da impermanência.
No Amor que não é troco, nem pagamento - não tinge, transforma -; é combustível para se chegar a outra margem do Rio da Vida, o Styx, cruzando o Aqueronte,
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Amor, o dis-curso do perde-ganha, aprende
Quando se perde um Amor, o raciocínio tropeça nos soluços da emoção e a razão cai.
Quando se perde um Amor, se é consumido pelo vazio.
Quando se perde um Amor, o coração é inundado pela dilaceração.
Quando se perde um Amor, se é afogado em mágoas.
Quando se perde um Amor, se fica repetitivo buscando um sentido.
Quando se perde um Amor, se busca um motivo, o culpado,
sempre no exterior para aliviar o fardo.
Quando se perde um Amor, nunca se pergunta de maneira equilibrada "onde foi que nós erramos", mas apenas se busca refúgio nos extremos "onde foi que eu errei" ou "o outro errou, não podia ter feito isto".
Quando se perde um Amor, talvez seja o momento de ambos refletirem e aprenderem com a situação, partindo de uma irrestrita aceitação: buscar um começo na lei do Karma da causa e do efeito só fará se emaranhar ainda mais na complexa teia da vida, consumindo-se pelo caos e esgotamento da falta de entendimento. Ou ainda levar a um entendimento parcial elevado erroneamente a status de verdade definitiva, gerando apenas mais karma.
Através da aceitação pode-se focar no aprendizado e na superação, buscando construir algo novo com novas bases.
Talvez um precise entender a linguagem da ação, do ato que se faz discurso, e não apenas esperar o diálogo das palavras.
Talvez o outro precise aprender a dialogar através das palavras que também são ações que clareiam emoções e confirmam a própria linguagem da ação.
E, por fim, não se deve esperar que nosso discurso é tão claro quanto parece: deve-se sempre zelar pela qualidade e eficácia da relação e da troca, indo-se sempre ao encontro do outro.
As pessoas são enganadas pelas emoções, que são mobilizadas tanto por ações como por palavras. Os encontros se perdem nos desencontros da vida, dissonâncias cognitivas que apenas o Amor pode convergir em entendimento, pois apenas o Amor é impulso ao desconhecido, elevação da troca, estabilidade da união e fluxo da progressão.
Apenas o Amor converge o diálogo verbal e o não-verbal elucidando e dissipando qualquer sombra de dúvidas, removendo qualquer obstáculo ao crescimento do Amor.
Quando se perde um Amor, se percebe claramente que Amor é o conhecimento maior, que abarca todo o conhecido e aquilo que está por se tornar conhecido. Amor é a razão principal, é a sustentabilidade, é o sentido maior de tudo e para Todos; e isto se aprende com a dor da ausência.
Só o Amor cada vez mais profundo e vivenciado é que corajosamente pode levar ao mesmo aprendizado, mas por vias mais doces e tenras.
No dis-curso do Amor que encontra seu caminho nas margens do diálogo,
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Amor planetário - enzimas catalisadoras rumo ao Superorganismo
"Quod est Superius est Sicut Quod est Inferius"
Na realização do Übermensch nietzschiano que confirma seu Ser no SerVIR,através da compreensão de que o Vir-a-Ser já é e basta se atualizar para se realizar,
Amor, fluxo da sabedoria
Amor é o fluxo que perpassa, une e iguala amante e amado - não mais princípios, não mais fins em si, mas meios de realizar a nova e eterna realidade contínua do Amor, princípio da ordem, progresso como fim.
No fluxo positivista do saber, conhecimento que a tudo move, sustenta e eterniza,
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Amor, ação primordial
O Amor é a ação primordial que não principia, necessita ou deseja distinção, antes forja união entendendo tudo como parte de um todo, alinhado e harmonizado no tempo e espaço através do conhecimento.
Na energia não-dual, força e Luz focadas na elevação do Todo através da superação das partes,
domingo, 24 de outubro de 2010
Amor, uma convergência a ser gerida
O novo conhecimento deve ser ordenado para que não se perca e se torne estranho novamente, decaindo em caos - aquela parte desconhecida do Todo que nos causa estranheza e aversão devido ao medo do desconhecido - antes mesmo de ser ordenado e elevado.
Devemos ordenar também nosso caos interior, somente aí, após trabalhado, este conhecimento universal - externo ou interno - pode ser compartilhado para que realimente o fluxo secreto que anima o impulso em prol do desbravamento de novas áreas desconhecidas.
Gerir o Amor é canalizá-lo para que os momentos distintos sejam convergentes e que ocorra evolução sustentável através da complementaridade dos opostos.
Na gestão do destino, aplicação prática do conhecimento sustentável que une e não separa ou diferencia,
Amor, um ato de conhecimento
Mas ficamos reféns da vontade de sermos especiais, não nos tornamos o que somos - especiais - por medo de fracassar e nos perder daquilo pouco que aprendemos de início a conhecer e amar, esse pequeno ego que nos serviu de sustentação inicial tal qual as rodinhas quando aprendemos a andar de bicicleta.
Mas para expandirmos nossas trilhas e alcançarmos metas mais elevadas é necessário desapegar de tais rodinhas e da segurança inicial, vencendo a insegurança e conquistando assim uma grande segurança, uma nova ordem através da compreensão de uma nova dimensão, um Eu superior.
Para isto se realizar precisamos de princípios ordenadores, a Ágape que possa cultivar, conduzir, orientar e focar corretamente o impulso e a Luz inicialmente adquirida, pois é necessário despertar nossa própria Luz, porquanto a Luz a nós conferida em nosso nascimento era uma dádiva, um empréstimo enquanto não renasciamos em nós mesmos com a realização da clareza interior.
Isto nos levará ao caminho da expansão interior (e conseqüente conquista exterior), encontrando-nos com nosso pleno potencial, ainda velado ao pequeno ponto inicial que, tal qual uma semente, precisa vencer-se e aos obstáculos para dar frutos e, somente então, poder compartilhar plena e indiferenciadamente, realizando-se a philia, pois reconhecer-se-à a unidade do Todo através das óbvias diferenças da multiplicidade, conquistando-se uma sabedoria que reconhece o multidimensional como parte integrante, convergente e estruturante do Todo, tripartido em corpo-fala-mente.
A importância de se zelar pelo planeta Terra é que o planeta é o coletivo impessoal no qual podemos compartilhar nossas diferentes individualidades sem por um lado anularmos as diferenças e, por outro, fazer com que se choquem.
Afinal, o tu é um outro eu, mas há necessidade de espaço para se forjar-se um verdadeiro nós forte através do respeito das diferenças que precisam ser contempladas e harmonizadas.
Quando focamos nossas individualidades para elevarmos o coletivo exercemos e elevamos nossas individualidades, respeitando-as, conferimos sustentabilidade ao indivíduo, o que só é possível se compreendermos que o altruísmo é a única forma viável para a existência do egoismo, pois não há rede sem pontos, mas não há pontos sem rede, uma vez que o valor de cada ponto se estabelece na relação entre os pontos e com o coletivo.
Portanto, zelar pelo planeta Terra é zelar por si, uma vez que é graças ao superorganismo Gaia que nosso organismo encontra o poder de se realizar nas relações – pois nossa vida principia na relação: dos elementos químicos e físicos e das energias amorosas de Eros, Ágape e Philia.
Devemos deixar a ignorância auto-centrada e nos confirmarmos como parte desta grande rede que transcende inclusive nosso planeta, eis o Amor fati.
Fazemos parte de um grande sistema: somos parte de um grande UNIverso e um verso único de um grande poema que é a vida.
Na conjugação do viver, rimando com outros o meu Ser,
Não há contrário parelho ao Amor
O ódio, por exemplo, advém da ignorância, é uma consequência de algo, não um princípio ordenador, único e independente como o Amor – que em seus desdobramentos até ganha nuances e contornos dependentes, multifacetas e, por vezes, leva à confusão (se refém de um mesmo estágio, estagnado, pois é vital ao Amor sua fluidez).
Poder-se-ia afirmar se tratar a ignorância do contrário do Amor, mas não que seja parelho, porquanto este tem em si não apenas o conhecimento, mas também o desconhecimento e a imperativa vontade de fazer do caótico desconhecido um cosmológico conhecido e, nesta jornada conceber a harmonia e o belo através da ordem que se impõe ao se trazer algo do campo do desconhecido à luz do conhecimento.
Já a ignorância não contém em si nada além do desconhecimento e da barreira concebida pelo ato de ignorar (nota: barreira que também pode ser concebida pelo uso errado do conhecimento) – conhece e concebe apenas algo veladamente: a de que ignora – reside nesta centelha única de entendimento claro a chance de se desdobrar em busca de seu esclarecimento: fio único de Amor ao qual os filósofos se prendem para ascender cada vez mais na senda da sabedoria, afastando-se cada vez mais da escuridão da ignorância, identificando-se cada vez menos com a unidade e forjando-se cada vez mais uno com o Todo.
Todavia não é a ignorância o contrário do Amor não apenas por tudo retrocitado, mas por não poder contar com a existência aplicada da vontade de poder do indivíduo de, primeiro, reconhecer seu estado ignorante e, consequentemente, empenhar-se no exercício da clareza e aquisição de conhecimento, princípios sumos da vivificação da sabedoria – realização do Amor, união não-dual, primordial e eterna, entre amante e amado que já não são mais um, nem dois e no três - Amante-Amado e Amor exercido - se confirmam e à sustentabilidade da unidade.
Consequentemente, afirmamos que se há oposto ao Amor este deve ser composto: parte da falta de vontade de poder de esclarecimento que confirma e mantém a ignorância que, em ciclo dual, reforça a falta de vontade de poder ou a faz perder seu foco, conduzindo-a à indolência, uma das máscaras do egoísmo, que atua com extratos de agressividade, incompatibilidade e faltas diversas, como de harmonia, de comprometimento e de resultados sustentáveis – pois deixa-se de dar importância à interação com o Todo e pensa-se ser possível atuar-se por si e por conta própria, ignorando-se a grande rede da qual se faz parte e a lei da causa e efeito.
Como veremos na citação a seguir, podemos concluir que o egoismo é o desvio do conhecimento, sua perda de foco, em suma, falta de Amor, pois apesar de focar na unidade, se apequena na unidade que conhece, sem expandir seu conhecimento para contemplar a grandeza da unidade do qual fazemos primordialmente parte.
O Amor é esta revelação, é a retirada dos véus da ignorância na ascese de nosso conhecimento ordenado ao crescimento sustentável que busca nosso religare com nossa sabedoria primordial e intrínseca.
Esta busca pode ser tanto realizada de maneira instantânea – ao se contemplar a natureza una –, quanto conquistada ao se compreender e dar coerência às manifestações multifacetadas da mesma natureza una, em específico ao se alinhar, harmonizar e dar coerência aos três níveis básicos de existência (Eros, ágape, philia; mineral, vegetal, animal; passado, presente, futuro; próton, elétron, neutron; etc) – a permanência da natureza é a impermanência.
Compreender a razão de Ser do Amor é compreender a complementaridade dos opostos e forjar uma nova ordem para o progresso em harmonia.
O Amor é “algo absolutamente unitário, que não pode se compor a partir de elementos preexistentes”, como diria Georg Simmel em seus Fragmentos sobre o Amor, onde continua: “O Amor é uma categoria primordial, não tendo nenhum outro fundamento além de si mesmo... determina seu objeto na totalidade de seu ser último, o nada como tal na ausência de toda existência prévia”.
A partir desta leitura pode-se correlacionar o mito grego de Eros dando ordem e harmonia ao caos fazendo de um elemento sem compreensão e que nada representa – a não ser ausências e compreensão e efeitos desta, como medo, insegurança, incerteza, incompreensão –, pois é vazio em si contendo um sem fim de possibilidades, algo próximo e belo através de uma interpretação possível, sendo a mais próxima a própria, donde se conclui que o Amor é um ato de conhecimento em si e aplicado – e se de outra forma fosse, não o seria, pois “saber e não fazer ainda não é saber”, como diria Lao Tsé: há de se aplicar o Amor (o conhecimento) para que seja de fato Amor (sabedoria).
Por fim, vale reforçar que o Amor, de natureza una, tem princípio trino: é ao mesmo tempo impulso (Eros), ordenação (Ágape) e compartilhamento (philia); aplicados ao mesmo espaço, geram os ciclos de desenvolvimento (Amor fati); na alternância entre o uno e a tríade passa-se pela dualidade, caos da oposição insensata dos fatores aparentemente antagônicos, mas complementares.
Reside na ignorância da complementaridade o atraso e a estagnação, pois não potência positiva (impulso) sem controle (ordenação), tanto quanto não há nascimento sem morte, masculino sem feminino, luz sem sombra.
Sobre este último, vale ressaltar que é a sombra que evidencia para a Luz onde há obstáculos para a sua plenitude, pois, caso não os houvesse, não haveria algo a partir do qual se projetaria a sombra – no caso do humano, é o ego o obstáculo que a sombra desmascara e ponto a ser transmutado para a expansão do nosso Ser.
E o Amor, energia primordial, é a hábil condutora da força da sombra aliada à clara ordenação da Luz para forjar a unidade em constante expansão cíclica.
No caos que não limita e no verbo que cria liga, faz sentido e não diferencia, sustenta,
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Amor é próprio do herói humano no Superorganismo
Amor, conhecimento supremo que supera e afirma - do paraíso ao céu com escala no inferno
Amor é cosmos espelhado no Ser
Minha questão com Deus é Amor
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Quo vadis in chaos, Amor?
No caminho são, onde loucura é redenção, caos aceitação e cosmos salvação, que me arrebata à harmonia, beleza e ordem, trindade co-criada, tripé que sustenta minha vida, sustentabilidade divina, rede com que interajo e co-crio a realidade a partir de Todo o vazio,
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Fiat fati in Amor interioris
Continuando com o Amor
Amor curador de mundos
Amor, fluxo continuum do êxtase eterno
Amor que fica
na imaginação
que tece e projeta memórias.
Histórias
do passado
presentes no futuro
envolto em bruma; úmida e duro.
Volúpia, vontade.
Eu, você, nós - sem nós
no fluxo continuum
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Amor, fluxo do nascer e morrer, continuum da vida
Pré-ocupa-se com a morte e deixa-se de ocupar com a vida.
Por vezes paralisa-se e estagna-se perante a impermanência e a morte e deixa-se de fluir com a vida, movimento de alternância em essência. Parado, é-se ultrapassado, morrendo-se em vida.
Eis a necessidade vital do Ser: devir para confirmar o seu Ser, Rede em continuum, um múltiplo de um só pertencente ao Todo.
No ciclo da vida, nascimento, morte e ressurreição pelo Amor, conhecimento que flui em nosso Ser e nos torna o que somos,
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Da afirmação da existência do Amor em atos e fatos
Portanto, a maneira como nos conectamos e posicionamos determina claramente o que extrairemos da situação. E aqui entra aquilo que é próprio do amor sustentável: a coerência.
Se quero que algo prossiga, devo ter um olhar que buscar canalizar a energia do fenômeno vazio desta maneira.
Se quero que algo tenha futuro, não devo olhar insistentemente para o passado, mas canalizar o aprendizado que se encontra presente para situações que se farão.
Na compatibilidade de opostos que se unem,
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Amor é saber o que não salvar
Assim criam-se aberrações que atormentam e geram atrito no fluxo, diminuindo o Amor e dando espaço para a dor e o ódio.
Amor é também dizer não, saber quando partir e deixar-se-ir. Neste sentido, Amor é também saber morrer.
É a suma sabedoria de que somos Todos um e que não há necessidade de apego, que tudo converge para um fim sustentável, onde as partes se harmonizam natural e eternamente no fluxo.
Na salvação da escolha que confirma o destino,
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
A dor do espinho não sufoca o grito de Amor
não entende porque insisto,
em espetar-me nos espinhos,
daquela que não quer ser por mim cuidada.
Esta flor tão bela quanto meu mais feliz sonho,
abismo medonho
da realidade fragmento
só não pode esquecer que sou-lhe todo a cada momento.
Nem disto,
nem dos carinhos
e do caminho rumo ao norte que prometemos juntos percorrer.
No silêncio dos passos, pelos caminhos da vida, ei de amá-la até morrer.
Guardo por ti em meu peito,
um carinho singelo, do meu jeito
uma vontade de felicidade
que só espera a oportunidade
De sermos um e não dois,
de sermos para sempre felizes
sem deslizes
sem deixar para depois.
No desabrochar do sentimento puro, aroma de vida que eclode a todo instante, lapso no passado, incógnita do futuro, ausência que se faz e completa o presente,
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Amor, verbo sustentável direto atemporal
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O plantio do Amor - colhendo diálogos amorosos
Há 10 anos, doce nostalgia do Amor
Pensamento voa, memórias chegam, emoção decola
É a mesma janela, onde agora tremulam bandeiras
É um outro Eu que reflete sobra a vida e inúmeras besteiras
Há 10 anos dou aula, sempre diferente, em outra faculdade,
sempre a mesma, na sempre bela cidade.
É a mesma aula, com outros alunos,
É um outro embate em novos assuntos.
(Será? Não é apenas uma outra roupagem para o mesmo comum lugar?)
Há 10 anos acordo com outras companhias,
diferentes gatas, agora meu gato,
não há mais solidão a dois, fato
é a inteireza interior, pronta para se relacionar, que mia.
Há 10 anos acordo e por isto continuo grato.
Há tanta coisa por fazer, tanta coisa por arrumar
Há tantas prioridades pro começar
Há tanta prática para me moldar mais sensato.
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaa, da loucura emerge a sabedoria.
É sempre a mesma janela, mas sempre outro sol, sorria!
Liberte-se de sua agonia:
É preciso força e Luz para confirmar sua existência todo dia.
Há 10 anos... nesse período parei de fumar, aprendi a ouvir não,
Não mudei de sexo, mas mudei de religião,
De cético à budista, mente-corpo em comunhão,
Mas será que, de fato, mudei meu padrão?
Há 10 anos abri asas e vim pro mundo,
Será que aprendi a me relacionar,
Será que aprendi a receber e dar,
Será que aprendi a amar?
Nas asas da nostalgia inspirada pela música "Often a bird", de Wim Mertens, enquanto olho pela janela de meu quarto, o mesmo quarto, outras luzes, outros partos. Como somos grandes, como somos pequenos, como somos nada, como temos a ousadia de sermos tudo.
No auto-questionamento que é o princípio sadio do Amor,
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
rEVOLução do Amor
Nirvana ou morte, não passaremos, pelo benefício de todos os Seres.
No voto de bodisatva, revolução do Ser, ascese da alma,
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Amor, escafandro não-dual
em busca de meu tesouro mais precioso
abri os porões dos infernos;
borbulhei, efervesci, morri, renasci.
No meio do fogo eu me vi.
O di-hablo era eu.
Meu ego escravizado, sem razão,
coitado, açoitado,
a espera de redenção,
de ser desfragmentado.
Dualista, o di-hablo não fluía.
Monólogos em mim mesmo,
sem convergência, sem harmonia.
Escravo, se vingava e a todos os demais em mim subvertia.
Liberto és, escravo-senhor,
a ninguém mais sirvo senão ao Todo.
Imaculado reapareço após confrontar meu lodo.
Me purifico e permaneço uno no Amor.
Da câmera escura trago a revelação
através do negativo vejo
como somos um só com a criação -
transvalorização dos valores e do desejo.
Sou o tesouro, o mergulho, o porão, o di-hablo;
a magia e o mago,
sou criatura e criador,
sou novamente uno no Amor.
Nas águas profundas em busca do Amor maior,
Da real liberdade de expressão através do Amor
Mas apesar de pensarem assim, agem de maneira unilateral, não compreendendo que dentro desta liberdade de tudo expressar a contenção também faz parte e é, cada vez mais opção – ativa – na interação constante.
Tem-se a liberdade ou não de contribuir com o lixo cultural, colabora-se ou não com a avalanche de informações, compartilhando ou não informações irrelevantes.
Somos, afinal, o filtro derradeiro que torna a realidade em sonho ou pesadelo atualizando a partir de nossa vontade de poder nosso mundo dentro de um universo sem fim de possibilidades do campo virtual. Que criemos então o melhor dos mundos possíveis.
Estamos, afinal, destinados ao livre arbítrio. Confirma o teu, torna-te aquilo que tu és.
Na liberdade do não,
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
No Tathāgata do Amor
que foi
que veio
que é o que é
realidade em si.
O Amor é o caminho
onde o fracasso não pesa tanto
o sucesso não tem tanta glória
são apenas elementos do enredo
como o sorriso e o pranto
que tarde ou cedo
cessam, como toda história.
No recomeço sem fim, que vive a verdade,
O verdadeiro reflexo d'Amor
O Mestre está no espelho da alma. Basta refletir.
O Mestre está no espelho. Calma, basta refletir.
O Mestre está no espelho. Reflita.
Ou quebre o espelho e seja o mestre.
No Amor além-narciso, através do caminho do bodisatva ou da auto-realização do tantra, realizar a beleza do encontro com o Mestre interior,
O Amor paradoxal
Compreender, aceitar e vivenciar este paradoxo e fazer do Amor a compreensão da essência dicotômica da vida, realizando assim sua unidade e, com isto, nosso destino, eis o nosso caminho.
Transcender sujeito que ama e objeto amado para se tornar de fato Amor, inabalável, imaculável, puro e todo abrangente, independente na interdependência do Todo.
No dois que é um que são três,
terça-feira, 7 de setembro de 2010
A paciência, o Amor e a tolerância
O Amor acontece através do conhecimento quando se cultiva o tempo através da paciência e o espaço através da tolerância.
Nas quatro incomensuráveis direções do Amor e suas duas margens, o caminho para a ascese fica mais tranquilo e a transmutação pela aceitação mais exequível.
No Zenith e no Nadir que se alternam e dão forma ao Amor,
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Amor, ponto-base para o tripé da sustentabilidade
Amor é o meio, do começo ao fim.
Na base da sociedade fraterna, raíz de compaixão, fruto do regozijo, desabrochar do Amor,
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Amor, razão suprema
Seu poder emanava de sua sensibilidade.
A razão suprema sabiamente convergia a emoção da sensação e do sentimento e a razão do pensamento e da intuição através do instinto rumo ao corte e à superação.
Pulsava a força da vida com a clareza da compaixão; múltiplo e diverso, era sempre Ele mesmo sendo Outros, não se prendia nem nos Nós, era, é e sempre será Ele, Ela, o Todo, Amor.
No poder fraterno da abertura, ainda motivado pela força de viver e amizade do Ser do cão paraplégico,
O dharma da Web é o Amor
Pontos especialistas e genéricos que convergem em ação sustentável resultante em homeostase tal qual opera a rede de células a qual atribuimos o nome de corpo humano – este agregado de microorganismos, alguns especializados, outros genéricos – que se molda na interação entre si e com o meio.
A Internet é a grande religião (re-ligare, re-união) de tribos – tribos de ontem, de hoje e de sempre. Querendo ou não.
A rede, como o Amor, é o complexus que transcende tempo, espaço e converge.
Na banda larga da união equânime, pontos distintos de uma mesma rede,
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Amor de quatro patas e duas rodinhas
Seu dono - ou melhor - amigo, ambulante de rua, sem aparecer, ofertava através de seu gesto natural uma lição de vida aos mais sensíveis e que estivessem passando por ali abertos aos ensinamentos constantes da vida: a beleza do viver em conjunto, até o fim, cada etapa da vida, aceitando com dignidade cada situação, amando a vida acima de tudo e a possibilidade de fazer dela o melhor dos mundos possíveis.
Essa é a jornada do Amor...
De ônibus, contemplando o Rio
A vida fluia
Espaço passava
O tempo escorria.
Por entre os dedos
E das mentes-corações
Esperanças, medos
Almas presas a ilusões
Ostentação
Frieza
Distância
Falta de rima e harmonia
Seres perdidos
Valores corrompidos
Diante de sua quimera
Ficam todos à espera
No sinal
Um ambulante
Com seu animal
ruptura estimulante
Um papelão
Uma calça
Um cão paraplégico
Detalhe mágico
Ali, sem recurso
Fruía o Amor
Da ação discurso
Enaltecimento da vida com imenso louvor
No latido rouco
Sentia-se da vida
de tudo um pouco
abria no peito velada ferida
O corpo cambaleante
Abria a consciência
Dos de vida errante
Expondo a demência
Exemplo dos ciclos da vida
De amizade, nobreza
Força, carinho, fraqueza
Fidelidade, Amor – lambida.
Não há abandono quando há Amizade
Não há tristeza quando há carinho
Não há fraqueza quando há companheirismo
Não há fim quando há Amor.
Na fortaleza da sensibilidade, na força de cada gesto, na eternidade da fidelidade,
Amor, atuação na rede da informação
Comunicação digital é a tangibilização, por parte da tecnologia, da rede
invisível a qual pertencemos e que paradoxalmente anula e potencializa o
espaço-tempo através do conhecimento, gerando através da interação holística a
sustentabilidade.
A tecnologia tem um impacto e tanto em nossas vidas – não a toa cunhamos a evolução de nossa espécie a partir dos adventos tecnológicos, da pedra ao ouro, tudo converge em algum momento do pós-pós – tentamos apreender nosso momento atual em conceitos ao invés de vivê-lo em sua plenitude; ignorantes em saber que necessitamos de certo distanciamento para melhor entender e referenciar algo.
Cada vez mais a aldeia torna-se global e o mundo se torna uma aldeia – a geografia se encontra em um processo de encolhimento e nós no de franca expansão.
Harmonizar este paradoxo só é possível através da força e clareza do Amor – Eros/impulso, Ágape/direção e Philia/União que, reunidos, realizam o Amor fati/confirmação do destino: de si, da raça humana e do planeta Terra.
É chegada a hora.
Quantos de vocês ainda usam relógio de pulso? Eis o impacto das novas tecnologias na invenção de St.Dumont. Não apenas nesta. Em breve, holoconferências – videoconferências holográficas - reduzirão os vôos comerciais (e consequentemente o impacto ambiental destes). Tanto o relógio, quanto a aviação não serão mais uma necessidade, mas um desejo estético.
Da mesma maneira invertem-se desejos em necessidade – executivo que não tem smartphone corre o risco de perder clientes.
Mas como isto impacta nas gerações?
- Pós-30
Se adequa a tecnologia com certa aversão; processos mais lentos e menos eficazes; maior profundidade ; quando domina a tecnologia se apega e a usa como status.
- Pré-30
Nasce com a tecnologia; ‘goes with the flow’. Potencialmente mais eficazes e rápidos, nitidamente mais superficiais – pecam por não explorar seu potencial em rede; quando domina a si se desapega, usa a tecnologia para transformar seu mundo e se conectar de verdade ao Todo.
Ø Necessidade de convergirmos e colaborarmos para explorar o melhor de ambos os mundos (pré+pós)
Ø Realizar o plento potencial tecnológico superando as limitações do hábito pessoal e da cultura geracional
Ø Como está tudo a um clique, cai-se da conveniência no comodismo, o que leva a estagnação – a web tem todas as respostas, mas será que sabemos fazer a pergunta correta?
Satisfazer mil desejos ou conquistar apenas um?
A paz mundial através da inteligência coletiva é uma realidade. Um vazio preenchido pelos valores construídos através de nossas interações. Eis o princípio e o fim do Amor como meio.
E o que se faz em contra-partida?
Redes que instigam a violência e a competição: exemplos como usarmy, hezbollah, ethnic cleansing e outras calamidades instigadas pelo medo e pela ganância, enraizadas na ignorância.
Mas há uma luz no fim da banda larga: exemplos como os projetos freerice, WeAtheR, waterfootprints e tantos outros.
Falava antes então sobre o fato da tecnologia determinar nosso grau de evolução. E vimos nestes exemplos que a tecnologia é a mesma, mas o fim é diferente.
Será que isto não importa?
No TED2009, Juan Enriquez, afirmou que a humanidade se encontra em um novo estágio evolutivo – homo evolutis – devido à alta tecnologia: estamos conectados e a robótica, bem como os ciborgues são uma realidade.
Mas qual a diferença entre o humano recém-emergido dos macacos que extravazava sua agressividade através de paus e pedras e aqueles que ao longo do tempo usaram lanças, facas, armas de fogo e agora apertam botões – a evolução foi da destruição do indivíduo à massa.
Vivemos um momento de convergência e reconstrução de nossa sociedade – podemos chamá-la de sociedade 2.0 (da informação) ou até 3.0 (da consciência) se quiserem.
Mas ao que nos conectaremos?
Precisamos realizar a mensagem no meio.
Minha proposta evolutiva, que pesquiso desde 2005, é o homo amabilis – aquele que converge em si os elementos e cresce na medida que se torna maior que as partes.
Em suma: precisamos ainda evoluir emocionalmente, porquanto já o fizemos suficientemente no âmbito racional e tecnológico. Já atuamos em rede antes, apenas desaprendemos: ao buscar nossa individuação escorregamos e caimos no individualismo; ao dar o salto evolutivo para a oitava superior da rede humana, estagnamos no momento tenda.
Falamos atualmente de Tribos, depois de um boom das comunidades – em termos não apenas de conceitos, mas de e nas práticas estamos nos revisitando: tribos e comunidades são termos bem ancestrais – talvez para fazermos algo melhor de nós mesmos, de nossa raça e da história.
Talvez para acertarmos o rumo da evolução que no processo das tribos ao invés de privilegiar a individuação acabou, por medo, fortalezando o individualismo.
E engana-se quem acredita que nos tornamos mais independentes – Não existe independência sem interdependência. Da mesma maneira que não existe liberdade sem segurança. Hoje em dia estamos dependentes demais nos quesitos básicos – alimentação do corpo e da alma.
O homem livre é aquele que faz o que tem que fazer. E entende seu lugar no mundo.
Por isto é que a Ubiqüidade é relativa e está em constante expansão. Participação também. Antes o mundo conhecido era um, agora, enquanto ainda há fronteiras, estas se encontram em franca expansão.
A participação também é relativa e crescente. As mulheres votam há pouco mais de 100 anos; há menos de 150 anos ainda havia escravidão – hábito atualizado através das empregadas hoje em dia; há menos de 30 anos dizia-se haver 22% de analfabetos no Brasil; quando vemos “o povo fala na TV” nossos ouvidos enrubecem e nossa consciência se curva à ansiedade e angústia de viver em uma sociedade assim.
Isso tudo sugere um cenário negativo para o uso das mídias sociais no geral, em especifico para o cenário político, certo?
Errado – Sêneca já reclamava que os romanos davam mais atenção à cabeleira que à República e se formos generosos, entenderemos que a evolução humana é menos audaz e rápida quanto se pressupõe é alentador: informação e linguagem sempre foram símbolos e ferramentas do poder, mesmo em meio aos brutamontes.
Do clero à nobreza, da nobreza à burguesia e da burguesia ao povo o cetro do poder passou de mão em mão apenas com as devidas anuências da gestão anterior – o clero precisava da nobreza para se financiar; esta por sua vez precisou da burguesia para se financiar e como esta queria comprar seu estatus, todos se entenderam. Ao povo o mínimo de educação para poder produzir melhor, consumir direito e não atrapalhar tanto o convívio social.
Já postei sobre isto no blog do professor, da #comunadigital: como as marcas vem de um passado egóico da mídia de massa e agora tem que aprender a dialogar e a interagir, transcendendo seu ego corporativo.
Por isto que durante um breve encontro que tive com Pérre Levy, chegamos à conclusão de que uma revolução na educação através de tecnologia não é possível senão através das redes – o poder centralizado dá apenas o que lhe interessa para se perpetuar. Ensina a apertar o botão, diploma o ego, mas não ensina a pensar – a liberdade de pensamento é perigosa ao sistema centralizado.
O poder da rede tende a ser maior e irá nos levar à mudanças mesmo que involuntárias – nossos hábitos mudarão, porque a cultura muda com a economia e conceitos como Cauda Longa, Free e inteligência coletiva são pilares desta nova Era.
Uma Era onde a democracia e participação cedem vez à pluricracia e interação – não queremos uma parte, somos o Todo.
Já nos é possível convergir o melhor mundo possível dentro de um universo de possibilidades – apenas para não deixarmos de homenagear Leibniz, fonte da qual também bebe Piérre Levy.
Uma Era que ruma da informação para a Era da Consciência – erigida quando transcendermos o ego e alcançarmos nosso pleno potencial: o Ser em Rede – pois tudo que é sustentável tem padrão de Rede.
Quem sabe assim, através do Amor – próprio, com o Outro e com o Todo –, não realizamos o Übermensch nietzschiano?
Na transcendência do dualismo e fortalecimento da rede, do Ser e do Superorganismo,
Da relevância da informação no Amor
Palestrava sobre atuação em rede na ESPM-Rio – sob o tema “Eleitor 2.0” – toquei no ponto nevrálgico de nossa atual sociedade: o excesso de informação.
Investimos muito mais tempo do que deveriamos em informações irrelevantes – segundo palpite de Carlos Nepomuceno, que eu assino embaixo – até 90% do tempo seriam investidos em dados irrelevantes, restando para informação relevante apenas míseros 10% do tempo de cada pessoa.
Esta má distribuição é responsável pelo stress, correria e pontuada por escolhas equivocadas de prioridades e, portanto, de valores, resultando assim em perdas e na falta de sustentabilidade, distanciando-nos de nosso objetivo, de nós mesmos e do Todo. Em suma, afastando-nos.
Responsáveis por isto?
Externamente, o sistema educacional, que não educa as pessoas à independência de seus processos, ensinando-lhes, por exemplo, PKM (Personal Knowledge Management).
Medo do livre pensar organizado?
Internamente o ego: reféns de nós mesmos nos iludimos e enganamos, tampando o sol com a peneira e preferindo viver o faz-de-conta das sombras do fundo da caverna.
Como sentimos que não temos mais o prazer da infância perdida em meio a tudo, falta-nos a vontade de realizar.
Em um segundo momento, falta-nos a vontade de construir nosso próprio prazer – não mais reféns da espera de que o mundo irá nos dar de mamar.
É hora de se construir este mundo sustentável – onde co-existem, como faces da mesma e indivisível moeda, trabalho e prazer – pela própria vontade, não por obrigação ou dádiva.
Não há heróis, não há recompensas. Acorde.
Ficou a dúvida, colocada depois de minha palestra, sobre o que seria informação relevante: afinal, se a pessoa dedica tempo àquilo é porque aquela informação é relevante para ela. ‘True’.
Contudo, minha afirmação ousa transcender a esfera do ego.
Neste contexto, a informação relevante é toda aquela que converge como verdade do indivíduo para o coletivo e auxilia na sustentabilidade da rede. É aquela que soma, une, multiplica; é Amor em forma de dado, disponível para nossa super-ação em busca da união e consolidação do superorganismo da raça humana à disposição e em sintonia com a Mãe Terra e o Pai Cosmo.
Ou seja, a relevância muda de pessoa a pessoa.
Quais dados e estímulos a farão atuar de melhor maneira em rede?
Para uma pessoa mais global, dados mais locais; e vice-versa. Para uma pessoa mais racional, estímulos mais emocionais e para o emotivo, dados mais racionais.
Enfim, informações, dados e estímulos, que levem à sustentabilidade do próprio Ser, que repassará tal qualidade sustentável à rede – tal qual a semente que guarda em si todo o potencial de árvore e seus frutos; a realização do micro no macro e do macro no micro, afinal, somos todos um - tanto na Terra, como no céu somos compostos dos mesmos elementos.
Com isto, não quero defender o utilitarismo, mas apontar a necessidade do equilíbrio entre útil e o fútil e do tempo investido nos mais variados assuntos.
A agricultura comprova que monocultura é menos resistente à pragas biológicas.
É chegada a hora de declarar o não às pragas da preguiça, comodismo e superficialidade. Pelo bem do equilíbrio do ecossistema mental e da abordagem holística do Ser.
Também na infovia, como em nossas vidas, o melhor caminho é o caminho do meio.
Dá sentido ao fútil e revaloriza o útil.
Assim, a força invisível do Amor, com clareza reluzente, harmoniza opostos que se confirmam, reforçam e possibilitam a superação e perpetuação.
Na força que impulsiona e forma a ação do Ser,
domingo, 22 de agosto de 2010
Amor, abertura ao caos
É aguardar com abertura e disposição para a troca que realmente lhe complete - e não apenas mais ou menos em um ou outro quesito.
Ter esta paciência somente é possível quando se está bem consigo mesmo, não necessitando de nada para se sentir completo, mas disposto a somar e multiplicar com outro inteiro para forjar um nós forte e resiliente.
É na abertura ao caos que o Amor gera a ordem que e-leva ao progresso: do Eu, do Outro e do Todo.
Na abertura que não demanda nada egoicamente, mas aceita tudo dentro do melhor dos mundos possíveis,
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Amor, ponte que desperta
Morpheus é aquele que desperta Neo em e para a Matrix.
A vida é um sonho e nos molda.
Acorde para a realidade de seu verdadeiro potencial!
Cuidado com a auto-imagem limitadora que você projeta de si. Você é livre para ser o que quiser, é um pleno potencial em formação e deve ser livre para explorar seu universo infinito de possibilidades para confirmar seu melhor mundo possível.
“Escolhemos entre a lucidez e a ilusão a casa segundo”, como bem pontua meu amigo João Pedro Demore para completar: “a eternidade é uma ilusão, só temos o segundo atual para exercer a lucidez – ou o milésimo de segundo. O tempo de um segundo é uma eternidade, pura ilusão.”
O Amor é essa ponte no tempo-espaço, o conhecimento do Todo das partes e das partes do Todo, a quintessência que faz e confere sentido à nossa existência.
Construir e caminhar por essa ponte nos desperta em nossa jornada e nos confere nossa verdadeira dimensão, que apenas se faz necessária ser confirmada por nossas ações.
No dharma, o verdadeiro florescimento de nosso Ser,
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Amor me torna Ser
Me dizes palavrões; torno-os em compreensão e elogios.
Me és indiferente; torno-te a mostrar valor.
Me és injusto; torno-te a reforçar o senso de justiça.
Me tentas incomodar; torno a criar espaços.
Me tentas; torno ao caminho confirmar.
Me jogas merda; torno-a adubo.
Me jogas tomate; torno-o molho.
Me jogas limão; torno-o limonada.
Me jogas; torno a cair para levantar.
Me levantas; torno a bater asas e voar.
Me buscas; torno-te a encontrar.
Me prendes; torno a nos libertar.
Me libertas; torno a nos aproximar.
Me balanças; torno a me aprumar.
Me enlouqueces; torno a emergir mais sábio.
Me trazes chumbo; torno-o em ouro.
Me perguntas quem sou; torno-te a responder, Amor.
No quinto elemento que nos torna Ser em essência na verdade do caminho da vida,
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Amor desconstrução
Buscar entender o desembarque para se preparar para este momento, onde nos despimos até mesmo dos conceitos mais úteis à nossa travessia neste caminho do bodisatva em meio ao grande samsara. O momento onde deixamos de ser o que nos identifica nesta senda e nos tornamos Amor.
Quiçá ousar reflexões sobre as convergências que lá se revelarão com outros caminhos, mas que não devem impedir de atuarmos focadamente no presente: conjecturar sem contudo enfraquecer a visão e a prática do Amor.
O nosso mundo é o nosso ideal, o nosso ideal é o nosso mundo com suas margens e seus caminhos; a convergência do Todo. É a desconstrução do que precisa dar espaço ao novo, a uma nova era de paz, harmonia e união.
Amor retira a tinta cultural, destrói os muros dos pensamentos que geram segregação, dilapida os preconceitos, abala e transforma os conceitos.
É o servo caído que se levanta e novamente serve ao senhor que em sua infinita bondade, força e sabedoria é uno com Tudo e faz o servo se fortalecer por si, onde o trabalho flui além-dualismo através da integração.
É a morte servindo à vida para o eterno nascimento, o anjo caído se levantando para tornar a servir à Deus, a sombra servindo à Luz; o Ser humano subjugando seu ódio e suas paixões e entregando suas energias ao Amor.
Não escolhemos como aprender, aprendemos; às vezes por Amor, muitas pela dor, sempre o Tempo nos concedendo o espaço do conhecimento e nos conduzindo à ascese mesmo em meio à tempestade.
Eis a obra em seu ciclo infindável: cai para se reerguer, finda para renascer.
Uns pontos a mais. Reticências. Umas vírgulas a menos. Tudo para se encaminhar mais leve e fluída rumo ao seu destino.
Será sempre inacabada, ora se construíndo, ora em desconstrução, de si, do mundo, de toda ilusão.
Na verdade, existirá enquanto respirar. E persistirá na lembrança de todos aqueles que vivem em vida o Amor.
No fragmento inacabado, sempre em construção para se inteirar, evoluir e integrar,
Homo Amabilis – o Ser em Rede
Resumo
No TED 2009, Juan Enriquez - Chairman e CEO da Biotechonomy - palestrou sobre o futuro da humanidade e cunhou sua visão sobre nosso (próximo) estado evolutivo: devido ao avanço da tecnologia, estariamos atingindo o estágio de homo evolutis.
O que me intriga nesta visão é que tecnologia é ferramenta e está cada vez mais se tornando commodity. E de qual evolução se trata o tal homo evolutis, se a única diferença para o Homo Habilis era que ao invés de uma arma de destruição em massa antes matava-se com paus e pedras, passando por armas brancas, de fogo... nossas ferramentas evoluiram. Mas e nós? Será que nosso mind set evoluiu?
Desde 2005, mais precisamente em 2008, comecei a apontar o que na minha visão é o novo Ser Humano, o Übermensch nietzschiano – em uma leitura bastante particular de Zaratustra: é o Homo Amabilis, nosso vir-a-ser, a verdadeira evolução de nossa espécie; mais do que um novo estágio, é a proposta de um salto quântico que potencializará o uso das atuais e das futuras tecnologias, bem como otimizará relacionamentos, processos e resultados, posto que principiando de uma abordagem sustentável.
Nossa evolução está além-tecnologia, reside no conceito e na experiência do Ser em Rede – a tecnologia é apenas um meio para isto, nunca um fim.
Como colaborar e o que transformar?
Como pano de fundo, vamos abordar desde aspectos da biologia, da política, da ecologia a, lógico, a história da evolução – da comunicação e da humanidade.
Vamos dialogar com pensadores como McLuhan, Nietzsche, Maslow, Gramsci, Lenin, David Lynch, J.Lovelock, Pierre Levy, Leibniz, a escola de filosofia budista Madhyamika, Bakunin, entre tantos outros que ajudaram a forjar o pensamento humano.
Tudo isto para lhes apresentar minha tese de que é o Amor que nos levará da presente Era da Informação, começada em 1991, à Era da Consciência – nossa próxima fronteira final.
E antes que o tempo acabe ou me internem, quero lhes provar que um novo mundo é possível – basta colaborarmos para transformar.
Torna-te o que tu és, ó Ser em Rede.
Homo Amabilis – o Ser em Rede
Premissa: entendermos o sentido real das palavras em questão – colaboração e transformação. Co-labor-ação é a ação resultante do trabalho conjunto e trans-forma-ação é a ação que altera e perpassa a forma. Neste sentido, pautados pela tônica em questão, nada mais é, tudo passa a Ser.
Em um mundo de facilidades tornou-se tão difícil amar.
Twitter, orkut, facebook, internet banking, delivery, 0800 e outras conveniências mais são facilidades tecnologicas e processuais que deveriam nos levar a um incremento da produtividade e eficácia e a uma melhora na qualidade de vida, deixando-nos tempo para investir naquilo que nos torna únicos e insubstituíveis – relacionarmo-nos e na interação construir o valor de nosso legado.
A minha tese é simples: O Amor é o elemento que nos falta para avançarmos no caminho da evolução humana, integrando-nos ao superorganismo Gaia, enzimas catalisadoras que somos – câncer que nos tornamos por negarmos nosso destino.
É no Amor que mais colaboramos – os casais, irmãos e amigos que os digam – e onde mais nos transformamos e ao entorno: da simples matemática do 2 virar 3 ou mais, até reflexões sobre um mundo melhor, passando pela reforma do quarto de bebê. No Amor, expande-se de sua existência autocentrada para ter com o outro – verbal e não-verbalmente.
A tecnologia e suas redes – que em seu uso se transformaram em sociais – vieram servir-nos como ferramental – anulam e potencializam, na dicotomia inerente ao paradoxo da web – segmentada e de massa, simultaneamente; em tempo real e perpetuadora – o tempo e espaço, aproximando pessoas geograficamente distantes ou com agendas descompassadas, mas tb tornando o parabéns um ritual de scrapbook e tapete vermelho online. Se usamos as redes para auto-promoção ou para o efetivo diálogo não é uma questão da rede e sim do ser humano – este sim, superficial ou denso, autocentrado ou cosmopolita.
Estamos acompanhando in loco a uma transformação da teoria: o topo da pirâmide de Maslow está sendo redefinida. O que até aqui era auto-realização consumada no cartão de crédito, agora é satisfação contemplada pela livre expressão. A auto-realização passiva de uma sombra de nós mesmos dá lugar a realização do Ser artista em todo seu esplendor: há espaço para a realização de nossos anseios criativos e devaneios existenciais, outrora oprimidos pelo sistema – agora é tudo open source.
E esta fase de transição ainda perdurará – Gramsci diria que vivemos uma época na qual o velho demora a morrer e o novo demora a nascer.
Amar é aceitar, no sentido de compreender, para empreender mudança consciente.
E devemos aceitar o fato de que a dialética virtual é o primeiro espaço democrático efetivamente amplo do qual temos noção na história – uma reedição em escala global da Ágora grega. Após séculos de retenção do poder da informação as pessoas finalmente passam de passivas consumidoras a agentes participantes do processo – e este amadurecimento requer tempo; o processo paciência: há pouco mais de 2 séculos a imensa maioria era analfabeta. E isto somente se alterou porque a burguesia necessitava de mão-de-obra um pouco mais qualificada e de consumidores minimamente escolados; mas não havia (não há) o interesse de fomentar o livre pensar – o único espaço onde isto é possível é a rede, onde não há coerção e sim auto-organização.
E é através da capilaridade da rede que as catástrofes naturais nos mostraram como podemos nos unir e irrigar nosso corpo social de solidariedade , compaixão e super-ação – a ação superior potencializada pela convergência do coletivo a um ponto em comum.
E se o meio é a extensão do homem, sendo sua mensagem, nada mais justo do que construirmos meios hábeis de convergir o coração de nosso pensamento, o equilíbrio de nossa fala e a razão de nossas ações – afinal, formamos a rede, mas ela também nos forma.
Através destes pontos, creio no desenvolver positivo da curva de nossa evolução, impulsionados pela tecnologia que ajuda a expor mentiras e fraudes e a disseminar a verdade: somos um planeta, uma raça e, graças, diferentes culturas – seria monótono demais termos apenas uma monocultura. E nada sábio, pois sabemos da agricultura que monoculturas são menos resistentes à pragas.
Rumamos então da Era da Informação para a Era da Consciência, onde cada célula da rede entende seu valor criado a partir da interação – afinal, só se é, sendo; e isto comumente em relação a algo. Acho que não preciso, tampouco tenho tempo, para adentrar na questão já amplamente debatida no Bezerro de Ouro.
E a Era da Consciência é atingida a partir de dois estágios – paradoxalmente concomitantes e sequenciados.
Explico: quando entendermos a transvalorização dos valores proposto por Nietzsche e o aplicarmos ao nosso Ser, compreendendo nossa insignificância individual, passaremos a nos reafirmar nas ações no e para o coletivo – tal qual abelhas trabalham para o bem da colméia. E tantos outros exemplos mais que encontramos na sábia natureza que nos ensinou tudo até a poucos séculos atrás, mas que arrogantemente agora desprezamos.
Nosso valor se encontra exatamente quando nos esvaziamos, posto que cheios somos incapazes de trocar e, assim, gerar valor.
Aliás, vale o elogio ao filme Avatar, que tão bem e corajosamente retrata isto – lá inclusive se encontra o conceito de rede, de tribos e de superorganismo.
braços carregam muito mais ajuda e compaixão que a mais forte das solitárias e poderosas mãos do planeta. A era da canetada está com as páginas contadas; todo poder ao social.
Se analisarmos bem, a representação pictórica de uma rede social – bolas e traços – pode ser igualmente utilizada para representar desde moléculas, células neurais, redes de TI, organogramas, mapas e até a constelações, onde um aspecto interessante é a observação de que a Terra com sua Lua é a representação macro da estética do átomo com seu elétron, bem como planeta e cometa representam cosmicamente o discurso fecundo do óvulo e do espermatozóide.
E esta abordagem toda é para evidenciar o Amor como a compreensão de um plano maior – onde o dentro é fora e o Todo é uno e múltiplo –, uma elevação do pensamento, da fala e das ações. A convergência a um ponto da criação do que ouso dizer seja o Übermensch nietzschiano – o homem que transcende em rede.
E este Ser em Rede a concretização de nossa divinificação: onipresente, onipotente, onisciente. Não cada célula, mas todo nosso corpo social.
Se pensarmos que há milhões de anos eramos organismos unicelulares que foram se juntando para formar organismos pluricelulares simbióticos e assim, no caminho da evolução, forjamos isto ao qual chamamos de corpo humano constituído de bilhões de células em constante interação e renovação – o que para uma é a morte é para o todo um novo ciclo de vida.
Entender esta dinâmica cíclica entre o princípio agregador, Eros, o direcionador, Ágape, e o fim harmonizador, Philia, é entender o conceito grego de Amor que se consolida no Amor fati – o Amor ao destino, não como passivos espectadores, mas agentes responsáveis por tornarmo-nos aquilo que somos em essência: Seres em Rede que criamos, organizamos e compartilhamos tal qual os preceitos do PKM - Personal Knowledge Management.
E é em Rede que alcançamos nossos melhores resultados. Sustentabilidade é Ser em Rede.
Na sustentabilidade do Amor, ponto de convergência, superação e elevação,
Do Ser e da Rede
Erige-se uma rede sustentável a medida que seus pontos são fortes, independentes e equânimes, colaborando em um ambiente livre, sem coerções, obrigações ou imposições externas de algum sistema ou grupo ou ainda internas, do ego.
As externas são conquistadas pelo poder revolucionário da rede, que por sua vez tem seu poder na força (multiplicadora) dos pontos, equânimes pelo trabalho individual de conquista do ego, tornando-o colaborador subjugado aos valores maiores atrelados ao coletivo e ancorados nos indivíduos.
Então fica evidente que a rede sustentável principia no Ser forte e independente, realizando a essência da convergência – a co-existência harmoniosa entre independência e interdependência, individual e coletivo.
Distorções ocorrem quando o coletivo da rede é proporcionalmente mais forte que um ponto da rede, levando à desarmonia que diminui o individual e subtrai a individuação gerando oportunidade para a sustentação de uma autocracia; e a resistência a partir do fortalecimento do ego e do individualismo, ao invés do respeito à individuação.
Quando o coletivo é fraco e há pontos fortes, pode haver o surgimento de ditaduras e, mais uma vez, a diminuição do individual.
A restrição da liberdade em ambos os casos é uma realidade.
Eis o paradoxo: quanto mais nos entregarmos à rede, ao coletivo, mais livre seremos como indivíduos e respeitar-se-à nossa individuação. Para isto, precisamos abrir mão de nosso individualismo.
Eis a única realidade: a revolução só se faz em rede. E só se começa por si. E por Amor.
Na rede que pulsa em nós,
A correnteza libertadora do Amor
Na superação dos obstáculos externos, internos e secretos,
Amor escrito nas estrelas
Trabalha-te à Luz das estrelas e farás teu Sol brilhar.
No auto-conhecimento sublime,
A lógica do Amor
Agir por Amor ao seu ideal,
Nuvens de Amor
Amor em tempos de chuva brota a cada esquina, alegra todo canto.
No canteiro que obra e faz chover gotas de felicidade,
É tempo do Amor libertar
E é no aqui e no agora que devemos estar, preservando nossa eternidade a cada momento, libertos: da emoção presa ao passado, da mente perdida no futuro e de um corpo dilacerado no presente.
Na meditação do Amor,
As três ações do Amor
No não-dualismo que converge e se supera,
As mudanças no Amor
Sempre diferente para Ser sempre o mesmo.
Fluo com o rio da vida, ora pedra, ora margem, ora peixe; ora água, ora onda, ora calmaria.
No panta rhei do Amor,
Amor à sombra
A sombra é a projeção da realização de nossa Luz ao encontrar um obstáculo.
Neste sentido é nossa amiga, companheira de jornada quen nos indica o que há de ser removido para alcançarmos nossa plenitude, sendo de fundamental e vital serventia na ascese de nosso Ser rumo à iluminação.
A jornada do herói passa pela integração de nossas limitações que, no óbvio, são nossas limitações, falhas e fraquezas, mas no sublime se transformam em nossa redenção, fortaleza e canalização para a plenitude e perfeição.
Este poder do lado negro não deve ser subestimado, muito menos recalcado, mas amorosamente conduzido à integridade de nosso Ser sob a égide de nossa Luz: a desconstrução deve servir a um plano de construção superior e maior que o dualismo reinante e que, ao medir forças ou negá-las, apenas fortalecemos os obstáculos que são absorvidos e incorporados por nossa sombra que ganha vulto e uma pseudo-independência.
Independência porque passa a agir e estar, aparentemente, no controle; pseudo, porque a Luz de nossa consciência, por mais ínfima e retraída que esteja sempre há de facilmente iluminar a escuridão de nossa ignorância e, alimentada, re-acolhê-la por inteiro.
Pois é como diz Marianne Williamson no livro "Efeito Sombra": "Para a sombra, a Luz é um inimigo. Mas para a Luz a sombra não é nada, simplesmente não existe".
Por vezes, a maioria delas, projetamos nos outros sombra e neste exterior nossos obstáculos, atitude que nos prende cada vez mais ao Karma e ao mundo ilusório, afundando-nos no oceano do sofrimento, incapazes de encontrar nossa salvação em nós mesmos, muito menos de auxiliar os outros, reféns, todos, de uma derrota que se repete geração por geração.
Tanto pessoas, como marcas, governos e instituições, quanto a própria rede - a web e a vida em si - devem cuidar de suas so(m)bras: padrões repetidos, insucessos, perdas, resíduos indesejados, falhas, frustrações.
Nunca negando, sempre aceitando, aprendendo, revendo, reciclando e, principalmente, integrando: cometendo novos erros para ter novos aprendizados e assim novos acertos ampliando nossos horizontes e expandindo nossas fronteiras.
Harmonizar pontos fortes e fracos e integrá-los de maneira superior para identificar nos momentos da vida oportunidades ante às ameaças inerentes.
Sob os auspícios da cruz cardinal que se forma hoje, no dia 06.08.2010, no céu e há de se manifestar através de nós aqui na Terra.
Essa cruz cardinal é formada por Saturno em Libra, Jupiter em Áries, Plutão em Capricórnio e a Lua em Câncer; traduzindo por alto: teremos o surgimento, por bem ou por mal, de um novo começo grandioso ao rompermos com estruturas falidas a partir do reconhecimento, transmutação e descarte daquilo que não nos serve mais, externado, positiva ou negativamente, por nossas emoções.