Há momentos onde se está tão cheio de Amor para dar que se poderia fecundar um novo mundo: é a hora de se libertar o Eros que já não cabe em si.
Vai Amor, tão complexo e tão fácil, seguindo pela rede ao encontro da mulher secreta que tanto desejo desperta.
Ouço calado o pulsar do desejo e em meio aos gemidos de prazer, percebo sussurros de dor: é a Terra que sangra em meio aos orgasmos múltiplos dos que se contorcem entre extremos, dos que são reféns do prazer e da dor; do nascimento e da morte; da alegria e do horror.
Vai Amor, não mais ao encontro desta fêmea que me extasia, mas encontra a mulher que se esconde em cada um de nós, nossa parte que sabe cuidar, sustentar e da qual o planeta, sofrido e abandonado, tanto carece.
Chega de êxtase, o planeta quer é viver.
Enalteçamos e elevemos nosso Eros, não neguemos nossa essência, pois somos no devir e devemos confirmar nossa natureza desejante.
Não podemos mudar o que, mas o como; não mudamos os objetos, mas podemos mudar o sujeito e nossas relações.
No Eros, impulso que transforma todas as mulheres do mundo na mãe Terra, fecunda pelo Pai Cosmos, Eu Sou,
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