domingo, 28 de novembro de 2010

Amor próprio Amor

É próprio ao Amor amar a si mesmo, enquanto meio de ligação e enquanto mensagem de união, pois como poderia dar sem ter ou conectar sem reconhecer?

Amor é verbo, sujeito e objeto, mas nunca sentença, pois não julga, antes redime, sustenta e glorifica; dá sentido e situa o conhecimento do e no tempo e espaço, ampliando nossos horizontes, cosmificando nossa dimensões.

Nas dez direções do Todo Amor,

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Amor, impulso imperativo

O impulso é de conquista do que está por vir, de saudade do que já se foi, desejo de unidade, de tornar possível qualquer impossibilidade.

O impulso é ao sexo, ao companheirismo, à união; o impulso é para caminhar, curtir o caminho, realizar o processo, é fazer da vida uma confirmação, é dizer sim ao prazer, à alegria, à diversão.

O impulso é a obrigação, obrigatório o caminhar, é ter este caminho aqui e agora, abismo a frente e atrás, ilhas de momentos a se confirmar no oceano do sofrimento.

Impossível secar sozinho este mar. Foquemos então no possível, criar pontes, fazer as ilhas se relacionar e juntos prosperar.

No impulso imperativo que é Amor,

Eros, impulso do Amor para um novo mundo

Há momentos onde se está tão cheio de Amor para dar que se poderia fecundar um novo mundo: é a hora de se libertar o Eros que já não cabe em si.

Vai Amor, tão complexo e tão fácil, seguindo pela rede ao encontro da mulher secreta que tanto desejo desperta.

Ouço calado o pulsar do desejo e em meio aos gemidos de prazer, percebo sussurros de dor: é a Terra que sangra em meio aos orgasmos múltiplos dos que se contorcem entre extremos, dos que são reféns do prazer e da dor; do nascimento e da morte; da alegria e do horror.

Vai Amor, não mais ao encontro desta fêmea que me extasia, mas encontra a mulher que se esconde em cada um de nós, nossa parte que sabe cuidar, sustentar e da qual o planeta, sofrido e abandonado, tanto carece.



Chega de êxtase, o planeta quer é viver.

Enalteçamos e elevemos nosso Eros, não neguemos nossa essência, pois somos no devir e devemos confirmar nossa natureza desejante.

Não podemos mudar o que, mas o como; não mudamos os objetos, mas podemos mudar o sujeito e nossas relações.

No Eros, impulso que transforma todas as mulheres do mundo na mãe Terra, fecunda pelo Pai Cosmos, Eu Sou,

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amor sustentável

Amor é a força que impulsiona, a sabedoria que conduz e a serena compaixão que sacramenta a extensão do individual e o modo da relação coletiva conferindo sustentabilidade ao fluxo de trocas que gera valor.

Na concepção que fecunda, nutre e gera Luz,

No ritmo do Amor

pulso
sangro
vibro
atendo

o chamado
divino
atento
não desligo

ligo
conecto
fundo
uno

fluo
impulsiono
ordeno
disponho

múltiplo
convergido
sentido
feliz

No ritmo da felicidade, compasso do Amor,

A discplina e o Amor, uma relação de respeito

A disciplina é o domínio da lei sobre todas as vontades.

Por isto a disciplina é a maior aliada do Amor, consorte de Ágape, madrasta de Eros, mãe de Philia.

A disciplina traz o poder ao Amor.

Na relação de respeito e poder, aliança eterna conduzida pela sabedoria,

A certeza do Amor

Somos poucos, mas podemos muito.

No poder multiplicador e profundamente transformador, fé que transforma sombra em Luz,

Amor, plano divino de nosso Ser

Brilhante é o Amor que concursa com as orbes de gigantes e colabora com o plano divino; eis a astrologia: a análise do discurso dos astros no plano divino de nosso Ser.

Na estrela de cinco pontas,

O re-curso do Amor

Tem um traço em melodias que instam ao Amor e que deixam a alma saudosa de algo que não sabe o que.

É como se esta melodia sempre tivesse existido, como se essa música tivesse sempre tocado e embalado bons momentos, ritmado a vida em bons tempos que nunca voltam.

Mas como se nunca estiveram? O que então é a memória? O que são record-ações?

Não somos a convergência de interpretações de fatos do passado e conjecturas do futuro embebidos nos sentimentos atemporais presentes, onde a razão é o feixe de luz que traz clareza, nos conduz e salva do afogamento no mar de emoções?

Não somos representações de arquétipos buscando usar novas tintas, particulares combinações para universais estruturas?

Não são passado e futuro plataformas a partir das quais pensamos, atuamos e moldamos nosso presente?

Não é o Amor o re-curso que endireita o ciclo à espiral evolutiva para confirmar nossa ascece?

O impulso que motiva, a ordem que conduz, a união que confirma, o fluxo que satisfaz; afirma e sustenta o mito, herói em nós: filtra e reforça os valores em uma melhora cíclica dos ciclos.

Na faixa de Beirute, abandonando a arma de caça, o papel de caçador e de caça, sustentando o jogo, sem apego, sem fazer parte, apenas jogando, sem matar o Rei, sem perder a realeza,

A balança do Amor

Amor é a balança que nos faz balançar, mas nunca pesar e errar de medida.

É a sabedoria que observa se nos revoltamos ou se dialogamos tranqüilamente com as contradições da vida.

É a força que bate no peito e afirma a cada pulsar que vamos conseguir; que não há absurdo que não possa ser compreendido, paradoxo que não possa ser harmonizado, sentido que não possa ser convergido.

É a capacidade de olhar para frente e seguir adiante, desapegado do passado e sem retrovisor para embaçar o panorama da vida que se faz presente no horizonte através da janela da alma e não através de qualquer espelho.

O passado dita o futuro, o futuro determina o presente e o presente se faz no passado que torna a se auto-determinar no ciclo.

Não há absurdo, não há paradoxo, não há linearidade; temos apenas ciclos infindáveis que devemos conduzir, através do eixo da consciência, à uma espiral evolutiva no divino plano do espaço-tempo.

Na balança que equiLIBRA, acerta a justa medida, desperta a consciência e garante a sustentabilidade de nossas ações,

Amor, somatória de olhares

Olhares divergentes que convergem, somam.

Na equação da vida sustentável,

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amor, fractal do Todo

O eu reside no aqui,
parte do agora,
em direção ao outro
parte em busca da completude em nós.

Parte já se encontra em plenitude,
fractal, reflete em si a inteireza,
tem com o outro-eu o compromisso de sustentar a beleza,
opostos-complementares que convergem atitude.

A realidade cíclica da união não-dual,
dois inteiros que se sustentam no Todo,
uno-multifacetado sem igual.
Flores únicas que desabrocham do mesmo lodo.

Diferentes cosmos,
um mesmo caos.

Inúmeros sentidos,
uma só di-e-reção: Amor.

Em um Eros sentidos múltiplos há,
imperativo agápico deve ser
ordená-los à perfeição
rumo à philia e união.

Confirmar a boa troca, não a má,
sustentar o fluxo fati
expandir o cosmos
e do caos fazer a estrela brilhar.

Na ereção da vida, impulso que faz sentido na direção evolutiva que propaga o Ser e fecunda suas idéias,

O instante atemporal do Amor

O aqui e o agora é o instante atemporal em que toda realidade se eterniza através do Amor.

Na convergência do espaço-tempo através do conhecimento do Amor em nós, por nós e pelo Todo,

O desejo do Amor é o ciclo evolutivo da ascese

O que seria a humanidade sem o desejo?

Seria Luz pura, pois quem deseja carece e quem carece não está completo - mas se contemplarmos o desejo no sentido de força e de impulso faz sentido a indagação: o desejo-impulso é necessário para o vingar primordial da vida, mas necessita de transmutação da conquista para a preservação para poder se estabelecer sem se auto-degenerar, consumir e boicotar.

O desejo se faz então necessário, mas trata-se do desejo orientado através da Ágape para alcançar algo superior, sendo que precisa ser por esta canalizado, abandonado ao se progredir no caminho e se aproximar da Philia que auxilia no desapego; desejo sem identificação, pois não há carência, apenas a perpetuação do pulso cíclico da ascese.

Portanto, o desejo tem naturalmente sua função e depende da natureza do objeto ao qual se liga e do objetivo da ligação para ser compreendido entre os impulsos que satisfazem mil e múltiplos instintos ou conquistam definitivamente o uno e destino, unidade em nós sem nós e amarras que nos prendem: desejo que flui, frui e nos possibilita usufruir do fluxo.

No Eros divino que habita nosso Ser, pleno e em preservação,

Amor, convergência de visões

Amor é a via da regra que equilibra o eu com o outro no nós através do Todo.

Amor é esta convergência, é ver urgência em co-laborar.

Na metodologia da terceira visão, à sustentabilidade e além,

Amor stellatus

Brilhante é o Amor que se concursa à grandeza universal do divino em nós ao escutar o discurso dos astros, razão cósmica que ordena e harmoniza o caos, embelezando a vida com o sentido da força e da Luz, eixo evolutivo ao qual reportamos em nossa astronômica ignorância da vital energia divina.

O logos dos astros, discurso cósmico de pura beleza e harmonia, é a ordem à qual toda estrela obedece, é o destino que todas seguem, brilhando cada qual a sua maneira, emergindo gloriosa no firmamento do caos.

Brilhante é o Ser cujo curso converge com o discurso celeste, não por submissão, mas por consciente colaboração com o plano maior do qual comunga nosso Ser superior que repousa em nossa consciência pronto para despertar, bastando-lhe retirar o véu da ignorância que nos separa em esferas hierárquias ao invés de nos confirmar a todos no mesmo plano.

Eis a astrologia: a análise do discurso dos astros no plano divino de nosso Ser.

No diz-curso que aponta o caminho, no concurso de gigantes, orbe em conjunção com o coração,

sábado, 6 de novembro de 2010

Na ciência do Amor

Na matemática do Amor a felicidade não é uma variável, deve ser uma constante. E somos nós que a determinamos.

Como também determinamos nosso destino: não o que acontecerá, mas como lidaremos com as situações e que fATOS conduziremos à realização, eis nosso livre arbítrio.

A felicidade é um destino esperando por se realizar, um meme pronto para se perpetuar; da mente ao corpo através da nossa fala, verbo que se faz criação.

Na ciência de que cada Ser humano foi concebido para fazer história,

Amor, florescimento da talidade

Amor é a consciência que joga Luz sobre a sombra das dúvidas e alivia o peso de nossos passos - não carregamos dois ou mais que uma multidão, somos só nós, inteiros, enfrentando a solidão que não existe, pois somos todos unos com a criação.

Realizar-se é realizar esta completude natural.

Não há mais medo, apenas a certeza de que precisamos caminhar rumo ao nosso destino.

Criatura, torna-te o que tu és, criador!

Cria a ação que floresce Amor, oferece-te de corpo-fala-mente ao Todo da Rede.

"Oferece a inalação à exalação, e oferece a exalação à inalação, neutraliza ambas as respirações; liberte a força vital do coração e mantenha o controle sobre ela."

Na Kriya-ação, compreensão da yoga da talidade,

Omnia Amor est et nos cedamus amori

Só o Amor é; só o Amor pode mudar como as coisas são - tudo é Amor em graus e modos distintos, portanto só o Amor pode alterar o grau de potência e o modo e extensão de cada coisa, pois tudo comunga de uma natureza una, de um único eixo cíclico: caos-cosmos, samsara-nirvana, nascimento-morte, luz-sombra; a força da vida em todos seus modos, potências e extensões é Amor.

O modo, grau e potência do Amor é determinado pelo conhecimento detido, trocado e exercido - quanto maior a coerência, maior a sustentabilidade do momento no eixo cíclico e maior a possibilidade de vetorizar o ciclo em um eixo evolutivo.

Quando se aprende algo pela dor se aprende na verdade pela ausência do Amor - a incompreensão deste aprendizado gera o ódio, esta revolta pela ausência do Amor e do sentido de si e da vida.

A revolta, o ódio e demais sentimentos e energias da nega-ATIVIDADE paralizam o fluxo do eixo cíclico e podem inclusive regredi-lo.

O Amor é o princípio sem fim, fluxo e movimento da rede da vida.

O Amor tudo é, rendamo-nos nós também ao Amor.

No Amor que tudo vence, pois tudo é: vençamo-nos nós a nós mesmos.

Amor é o que se é

Amor não se escreve, não se lê, se exerce na plenitude do Ser.

No que Eu Sou,

Além-dualismo: o Amor

Amor, unidade tripartida ao qual tudo converge, que tudo organiza e do qual emana a verdadeira beleza.

Princípio que emana do caos e concebe o cosmos, meio que se identifica com a mensagem, efeito que é causa, princípio sem fim.

Amar é trocar e na troca se elevar, dar sem esperar receber, é não se prender ao seu ponto, não se entregar ao outro, mas ao caminho da elevação que é margeado pelo ego e pelo non-ego, o outro em mim que também liberto e, livres, caminhamos juntos não mais reféns do dualismo.

No caminho integral do Ser,

Amor não é fácil, muito menos difícil

O difícil não existe, é apenas a conjugação errônea do trabalhoso perante o tempo que, sob as lentes do medo, da preguiça e da insegurança de se deixar a zona de conforto, se traduz comumente como obstáculo e dificuldade - nada além de crenças limitadoras.

Tampouco as coisas são fáceis, são parte inerente a uma grande teia, o que as torna complexas - mas basta seguir o fio de ouro de seu coração que naturalmente se encontra seu lugar na rede da vida.

Crer e se identificar com o fluxo, desapegar-se de seu ponto de ego com vistas ao ser Ser superior: fazer o que precisa ser feito, transmutar-se da obrigAÇÃO ao PRAZER,que todo prazer de viver se realizará.

É a realização do SerVir, a iluminação e alcance de seu pleno potencial no deVIR do SER.

No mistério da alquimia do Amor,

O veículo do Amor: do samsara ao nirvana e além

Satisfazer mil desejos ou conquistar apenas um? Eis a pergunta-chave do filme (e do) Samsara.

O mais complexo é quando o desejo é o de satisfazer mil desejos, pois se cai na tautologia do samsara, daí a importância da natureza do objeto a ser desejado.

O desejo de iluminação e da conquista do desejo é o único caminho para se cortar as amarras, alcançar o nirvana e ser livre e íntegro, pois todos os demais desejos de alguma forma corrompem. E nunca se satisfazem, pois não se tornarão, apenas inflarão ainda mais a falta, redobrando o desejo.

Inclusive o desejo de iluminação precisa de desapego, pois senão não há iluminação devido ao apego - o desejo deve ser o impulso inicial, mas deve-se buscar chegar à outra margem e para tal, precisa-se abandonar o veículo que nos conduziu até lá... ou aqui, tanto faz, são múltiplos os espaços, apenas um o tempo: o de confirmar a transcendência na imanência, eis a essência - como confirma o Sutra do Coração.

Eis a importância da natureza do objeto a ser desejado ser (reconhecida como) vazia – apenas a compreensão da vacuidade liberta e nos integra ao permanente fluxo da impermanência.

No Amor que não é troco, nem pagamento - não tinge, transforma -; é combustível para se chegar a outra margem do Rio da Vida, o Styx, cruzando o Aqueronte,

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amor, o dis-curso do perde-ganha, aprende

Quando se perde um Amor, se perde a lógica.

Quando se perde um Amor, o raciocínio tropeça nos soluços da emoção e a razão cai.

Quando se perde um Amor, se é consumido pelo vazio.

Quando se perde um Amor, o coração é inundado pela dilaceração.

Quando se perde um Amor, se é afogado em mágoas.

Quando se perde um Amor, se fica repetitivo buscando um sentido.

Quando se perde um Amor, se busca um motivo, o culpado,
sempre no exterior para aliviar o fardo.

Quando se perde um Amor, nunca se pergunta de maneira equilibrada "onde foi que nós erramos", mas apenas se busca refúgio nos extremos "onde foi que eu errei" ou "o outro errou, não podia ter feito isto".

Quando se perde um Amor, talvez seja o momento de ambos refletirem e aprenderem com a situação, partindo de uma irrestrita aceitação: buscar um começo na lei do Karma da causa e do efeito só fará se emaranhar ainda mais na complexa teia da vida, consumindo-se pelo caos e esgotamento da falta de entendimento. Ou ainda levar a um entendimento parcial elevado erroneamente a status de verdade definitiva, gerando apenas mais karma.

Através da aceitação pode-se focar no aprendizado e na superação, buscando construir algo novo com novas bases.

Talvez um precise entender a linguagem da ação, do ato que se faz discurso, e não apenas esperar o diálogo das palavras.

Talvez o outro precise aprender a dialogar através das palavras que também são ações que clareiam emoções e confirmam a própria linguagem da ação.

E, por fim, não se deve esperar que nosso discurso é tão claro quanto parece: deve-se sempre zelar pela qualidade e eficácia da relação e da troca, indo-se sempre ao encontro do outro.

As pessoas são enganadas pelas emoções, que são mobilizadas tanto por ações como por palavras. Os encontros se perdem nos desencontros da vida, dissonâncias cognitivas que apenas o Amor pode convergir em entendimento, pois apenas o Amor é impulso ao desconhecido, elevação da troca, estabilidade da união e fluxo da progressão.

Apenas o Amor converge o diálogo verbal e o não-verbal elucidando e dissipando qualquer sombra de dúvidas, removendo qualquer obstáculo ao crescimento do Amor.

Quando se perde um Amor, se percebe claramente que Amor é o conhecimento maior, que abarca todo o conhecido e aquilo que está por se tornar conhecido. Amor é a razão principal, é a sustentabilidade, é o sentido maior de tudo e para Todos; e isto se aprende com a dor da ausência.

Só o Amor cada vez mais profundo e vivenciado é que corajosamente pode levar ao mesmo aprendizado, mas por vias mais doces e tenras.

No dis-curso do Amor que encontra seu caminho nas margens do diálogo,