domingo, 28 de outubro de 2012

Amor, saudade da saudade

Saudade
Daquilo que não tem idade
Do que não tem nome
Do inconfessável de nós dois

Saudade
De tudo o que vivi
De tudo o que está por vir
De tudo que nem imaginei

Saudade
Do longe
Do que está tão perto
Do que nunca se foi

Saudade
Que não se explica
Que não se pensa
Que só se imagina e sente

Saudade
Você
Que me sufoca com tua ausência
Que inexiste em presença

Na saudade de que mesmo?

sábado, 27 de outubro de 2012

O poder reflexivo e transformador do Amor

Agimos no mundo pensando demais em nós mesmos, quando deveriamos agir em nós mesmos pensando mais no mundo.

Na transvaloração de todos os valores

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Der Fluss, die Liebe, das Leben

Die Tränen
Trennen mich
- nicht von meinem Schicksal! -
Sie fliessen ihn entgegen.

In der ewigen Wiederkunft,

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Amor, não-objeto

Meu desejo me faz ter ouvido de mercador, onde a alma sedenta oferece o corpo ao prazer e à dor.

Na ágora do agora, superação da oferta e demanda,

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A revolução anual do Amor

O eterno desabrochar é pura Luz, perfume do espírito, beleza do Ser, contemplar do Estar.

No eterno retorno que nos conduz além do bem e do mal,

terça-feira, 9 de outubro de 2012

No Augenblick do Amor

Ah, o momento, que num instante se torna memória e noutro eternidade. 
Eis a saudade do presente que mesmo nunca ausente se desfaz a cada movimento do olhar.
No Augenblick em que meu olhar cruzou o seu, rasgou os céus e teve com o sublime,

Amor, carinho que conquista sutilmente




Dizem que AH! foi a única sílaba que Buda proferiu e que continha todo seu ensinamento, disponível para todos - ouvidos e idiomas.

Sufismo e Budismo - sabedorias que dançam entre o ser o não-ser, contemplando o infinito.

E do rochedo emerge a verdadeira fortaleza - da alma, a calma e singela beleza.
No poder do sutil,

Aprendizado da superação no Amor

O que fica, por fim, é um eterno aprendizado. E uma saudade que nos ajuda:
a) a sucumbir a nós mesmos

b) a superar a nós mesmos
A escolha é nossa. Sempre. 

O outro é apenas um meio para nossa própria lapidação - porque se fosse/for para ser parceiro/a, seria/será; tem horas que o necessário é aceitar e entregar ao senhor destino: arrasta quem resiste, conduz quem consente. 

Todos ganham o que merecem - mais cedo, mais tarde. 

E nenhum Amor é em vão.

Na verdade que nos guia,

sábado, 6 de outubro de 2012

Amor, a escolha da vida


Escolhe, pois, com responsabilidade (Klaus Dt, 30)

O vazio é o inominável, o espaço-mãe de todos os fenômenos, em ato e em potência, é o real em toda sua plenitude e formas.

O nada é quando este vazio já fora preenchido e deste estado nada mais resta que lembrança.

Quando dizemos que sentimos um vazio, talvez seja justamente por este nada deixado para trás se fazer tão presente em sua ausência que transcende a falta do que havia e engloba a falta de tudo que ainda estava por existir - o que torna o lamento amoroso correto ao menos sob o ponto-de-vista teórico, já que na prática toda e qualquer interação e, portanto, escolha de atualização do manifesto poderia ocorrer (dentre todas as sementes não-manifestas de atualização da realidade) - podendo viver-se atualidade bem distinta da projetada.

O tudo é mais que o nada, sendo menos que o Todo, uma vez que aquele (tudo) se refere a uma expectativa quali-quantitativa de algo e se encontra na confirmação da presença, sendo o nada seu equivalente na ausência; já o Todo é a soma do presença e da ausência, é tudo aquilo que foi, é e estar por vir - radicalmente poderiamos ainda afirmar que ainda contém aquilo que não está por vir, mas que potencialmente poderia se manifestar dependendo de estímulos de interação.

Essa reflexão metafísica serve para ampliar nossos horizontes de possibilidades de escolha e reforçar nossa responsabilidade em nosso processo decisório - a cada escolha, um infinito menos um de renúncias.

Mas ao invés disto se tornar inconscientemente um fardo, devemos compreender nosso papel para transformar nossa obra e passar a agir na vida consciente de cada escolha - viver, portanto, ou melhor, agir, é escolher. Podemos fazê-lo consciente do processo e consequente responsabilidade ou podemos fingir que não sabemos do impacto que a escolha de nossos atos e os atos em si geram e as questões que daí implicam.

No vazio que tudo perpassa,

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A consideração é Amor

"O pessimista reclama do vento, o otimista espera que mude, o realista ajusta as velas."

O romântico admira a Lua e o Übermensch reflete o brilho das estrelas em seu semblante e olhar.

Na consideração de todas as partes, ação necessária,

O que me resta do Amor

Respiro tua falta
Suspiro tua ausência
Suspendo o vazio
Apreendo tua essência

Tudo que me resta
É fazer-te presente na dor da saudade
É sorver cada gota de lembrança
Lentamente - para que tão cedo não acabe

Fostes tormenta e impulso
Passastes
És serena paisagem
Calmaria que me apraz e traz o melhor da minha vida

Na aceitação da unidade e entrega ao Todo,

É só, o Amor

As pessoas passam
E só
O Amor fica

E só
O Amor conhece o que é a verdade

Somente só
A verdade
Liberta o Amor de si mesmo

No espaço qualificado para a troca,

A visita do sonho

Nas noites como hj, recebo tua visita e me entrego a meu sonho que é eternizarmo-nos em nossos braços, criarmos laços, nós sem nós de uma história sem fim.

No beijo na testa, naquilo que me resta, sonhar e te amar,

Me sonha, Amor, meu sonho

Quero dormir
Ao menos assim encontro-lhe
Meu sonho
Ao menos assim sorrio tua presença

No Amor que quase vivi, sonho quase materializado,

O sonho da despedida

Despedi-me em sonho daquela que se tornara meu pesadelo. Preenchera-me por completo, aquecera minha alma, deixara-me desperto.

Mas, mais rápido que sua aparição, fora seu inexplicável sumiço. Parece que morrera, tal sua ausência física e presença em minha mente-coração.

Sem motivo aparente, suicidara o sonho de nós dois.

Volta, sonho, ao menos para confidenciarmo-nos, compreendermo-nos, transformarmo-nos.

Na leveza que se foi,

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Amor, ao sublime e além






















no rochedo
acima do mar
contemplo

o tempo
que bate no meu peito
espuma o espaço (da saudade)
no compasso da espera

Não sei se tua nau
vai ou vem
a distância imposta
por ti e pela vida

é a mesma
que outrora
estavas disposta
a transpormos juntos

daqui debaixo,
sonho tão alto
minhas raízes criam asas
que nutrem o sonho de nós dois

onde gestamos um ao outro
na forjadura de um novo ser

Ali, no rochedo, acima do oceano do sofrimento, onde sonhastes nosso ninho de Amor, eu lhe espero pelo instante da eternidade,

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Amor inesquecível

Guardar uma rosa com carinho
É guardar-lhe o aroma na mente
E no coração, o espinho.

Na imagem que nunca desbota, enruga ou envelhece, pura visão de nosso Ser em união,

De sua sublime passagem, Amor

Vieste.
Como tempestade
te avolumaste sobre meu rochedo

Eras somente um teste?
Para comprovar minha maturidade,
ou sondar o meu medo?

Falhei.
Entreguei minha planície fértil
aos caprichos do destino

Errei.
Lancei-me como projétil
Destemido, menino

Assustaste-te com a intensidade
Deste encontro do rochedo com o ar
Fugistes, com medo da saudade,
Com medo de Amar.

Arrastastes tudo
Devastastes sem dó
Fizestes-me mudo
Tornaste-me pó

Na ressurreição de meu ser, transmutação da alegria em dor, da dor em aprendizado, do aprendizado à saudade e da saudade à eternidade,