segunda-feira, 30 de junho de 2008

Fraternidade - a sociedade do Amor - a sociedade auto-sustentável

Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

As palavras de ordem da Revolução Francesa - longe de serem algo pequeno burguês como os objetivos mais imediatos da mesma revolução - ecoam ainda na mente-coração de todos. Mesmo os iletrados têm em si tais ideais, pois estes fazem parte da essência humana.

Aplicados como sistemas sócio-político-ecônomico-culturais e de pensamento, deram frutos que todos conhecemos: da Liberdade cunha-se o capitalismo; da Igualdade o socialismo/comunismo. Alguns ousam criar paralelos entre a Fraternidade e a Anarquia - aqui compreendido como ausência de coerção, e não ausência de ordem.

Todavia, me parece que a Fraternidade não é algo que possa se impor como sistema, deve nascer no coração de cada pilar da sociedade, de cada indivíduo - até aí estando em alinho com o ideário anarquista.

Acima de tudo não pode desprezar o que for humano, sem julgamento, mas sim com o encaminhamento para sedimentar tudo em uma organização não-hierárquica, mas em formato de mandala, onde a sequência do encadeamento dos fatores auxilia o bom funcionamento e não interesses ou valorizações particulares.

Deve abarcar - e aí é que se distingüe do anarquismo -, as conquistas tanto do capitalismo, quanto do socialismo/comunismo, tomando para si o melhor de cada caminho para forjar a terceira via - o desejo (eros) de um, a compaixão (philia) de outro; estabelece-se mais um paralelo entre as tríades, criando o caminho do meio, que é o amor.

Pois é resolvendo o homem que se resolve a sociedade - o inverso também é possível e me parece que o melhor mesmo é um movimento mútuo convergindo ao centro, já que em nossa sociedade não se deixa espaço para nossa essência respirar: desde cedo, ainda crianças, somos forçados a frequentar cursos com o receio de não nos formarmos, de não sermos economicamente viáveis.

Sufoca-se assim a individualidade e o auto-desenvolvimento. Passa-se até uma vida inteira sem se reconhecer a si mesmo, em um constante agradar e se adequar à sociedade. Deve-se então trabalhar individualmente sua própria evolução meditativa e coletivamente para se conseguir espaços para mais pessoas terem a mesma oportunidade.

Mas o que é esta sociedade senão uma construção coletiva de indivíduos. Há de se construí-la então em bases amorosas - não competitivas e exploradoras: uma sociedade que dá mais que exige. E naturalmente receberá de volta toda a grandeza de experiência humana.

Uma sociedade onde há campo fértil para o desenvolvimento humano e o florescimento do Amor.

Diferente da sociedade em que vivemos, resultado do Iluminismo, que manteve a Liberdade e a Igualdade, mas substituiu a Fraternidade pelo Progresso em seu lema.

Fica no ar a dúvida se os esclarecidos pensadores, como um todo, não viam a compatibilidade entre a Fraternidade e o Progresso, pois de todos os iluministas, os alemães eram os únicos que majoritariamente tinham verdadeira aspiração também religiosa e buscavam a reforma da religiosidade - mesmo com toda defesa da razão (até porque não vejo incongruência entre a fé e a razão). Imagino que não desatrelassem progresso de fraternidade, não seria racional.

Acredito muito mais no mau uso e má interpretação, sempre realizada de maneira conveniente às paixões pelos escravos de seus próprios desejos, que se 'esquecem' e cegam perante à desordem mundial na qual nos encontramos.

Por tudo isto, creio que o desenvolvimento sustentável de nosso planeta passe pelo desenvolvimento sustentável do indivíduo, que se espelhará no desenvolvimento sustentável da sociedade e assim da economia e da ecologia como um todo.

Amor, apenas Ele, é Ordem e Progresso, é desenvolvimento sustentável.

Fors fortuna in Amor (Boa Sorte no Amor)

Energizando-se: reconhecendo o impulso, identificando a motivação

Por muito achamos estar sendo movidos por sentimentos de amor verdadeiro, por muito somos enganados por nossa própria ilusão, machucando-nos e ao outro.

Reconhecer o impulso em cada ato - o que nos motiva - é fundamental para sermos verdadeiros para conosco e com o próximo.

A verdadeira motivação, a motivação pura é o Amor, que dá sem nada esperar em troca, que dá pelo prazer de reconhecer a felicidade genuína alheia.

Identificar a motivação é quase tão difícil quanto reconhecer o impulso, pois são faces da mesma moeda: um origina o outro, sendo a motivação o berço para o impulso - por muito se confundem e não se deve se prendera isto.

Deve-se ir além, pois é claro que a motivação do ego resultado em um impulso tão forte quanto baixo, com pouca clareza, confuso, que por muito nos prende a sí próprio, tornando-nos reféns de nosso próprio desejo.

A motivação pura, surgida do Amor, que é o Amor em si, é clara, transparente, auto-liberada e auto-esclarecida. É aquela certeza que emana de nosso interior e a qual não se prende, a qual se é.

Cada qual deve criar seu próprio método de identificação, sendo a meditação constante, ativa e passiva - parando-se para meditar/orar e mantendo a atenção plena -, um pré-sistema a ser usado por todos.

Refiro-me aqui se a pessoa busca identificar primeiro a motivação ou primeiro reconhecer o impulso; cada um terá a sua facilidade, porém apenas a base meditativa lhe conferirá a força e a clareza (Luz) necessárias para empreender o esforço da identificação e reconhecimento.

E não é isto a energia: Força e Luz? Força para transpor, Luz para guiar - Amar para libertar?

No Amor,

Missão amorosa

  • Sublimar as paixões e se entregar ao conhecimento de nossa natureza amorosa.

O Amor é mais que uma emoção, é o equilíbrio entre corpo-fala-mente, corpo-mente-espírito - que muitos confundem com a torpez da findável paixão e que cega os demais sentidos.

E, segundo Santo Agostinho, para quem amor é desejo e assim deve se dirigir a algo - mesmo pensamento compartilhado por Lama Tsering Everest, para quem Amor apenas se dá -, é o Amor que permite conhecer, pois é Ele o impulso (desejo) para e pelo o outro.

Neste sentido, o Amor próprio - auto-estima - é a chave para se unificar a compreensão de sua pluralidade, o que lhe tornará Uno.

  • Escapar das teias de ilusão, levantar-lhe os véus e entregar-se cegamente ao Amor.
Não pense aqui que estou apenas a filosofar ou dar tons poéticos a uma aparente contradição. Amar transcende e compreende em si também as contradições, mas não é este o ponto. Trata-se muito mais da afirmação de que deve-se por um lado racionalizar para não se iludir, por outro entregar-se com fé para poder vivenciar de fato a elevação que o Amor proporciona.
  • Intuir, ao escutar de sua diposição interior, seu caminho evolutivo.
O exterior está constantemente nos oferecendo viagens para embarcarmos. Recuse delicadamente e fique com o tíquete de acesso ao seu coração - entre em contato com Ele e escute o destino que Ele lhe dirá. A centelha divina nEle presente tem o melhor caminho traçado para ti: é o caminho do Amor.

É a Salvação, que segundo Spinoza, é a felicidade aqui, é não estar sujeito às paixões, é ser agente, não passivo, é ter conhecimento e agir de acordo com.

E o único e verdadeiro conhecimento, eterno, se encontra no âmago de seu Ser, selado em seu coração. Só você tem acesso a Ele, ao seu Eu divino, o caminho para seu Eu Superior, o mapa do caminho, o livro da Verdade, a história de sua Vida.

Medite no Amor,

O Amor verdadeiro principia na Auto-Estima, a evolução do Ser

O amor verdadeiro não depende de elementos externos, não é causal, não é dependente, senão seria vulnerável, com sua raíz estando fora do alcance de nossa verdadeira área de influência, responsabilidade e cuidados. Como poderás se responsabilizar por seus frutos, se não tens como garantir o cuidado das raízes?

Nossa evolução passa por este estágio de imaginação, racionalização e intuição para a concretude da estabilização de nosso Ser - evoluimos de uma projeção do amor materno em cujo líquido amniótico nos sentiamos seguros, plenos e amados, depositando tais sensações no campo exterior enquanto ainda indefesos e sem independência, para o desprendimento destas memórias intra-uterinas na busca pela expansão de nosso ser, cuja área de influência deve abarcar necessariamente a fonte desta satisfação, possibilitando-nos a interagir com o mundo como senhores de nós mesmos e não escravos das situações. Ou como vimos há dois posts, lidarmos com o amor como Imperadores e não como pedintes.

Quando se comenta que existem poucos 'adultos-de-fato' na face da terra, penso que deva estar falando neste sentido, sobre aqueles que sabem ou não lidar com suas emoções e harmonizar suas energias.

Portanto, nossa jornada encarnados é a jornada amorosa do desenvolvimento do Ser, o amadurecimento de nossas relações externas, internas e secretas na valorização de nossa riqueza interior, o diferencial da raça humana: a capacidade de amar incondicionalmente.

Evoluindo no Amor,

Amar é compartilhar, meditar o caminho

"À medida que você progride para cima, em direção ao quarto centro -- ou seja, o coração -- toda a sua vida se transforma num compartilhar de amor.

O terceiro centro criou a abundância de amor. Ao atingir, pela meditação, o terceiro centro, você se tornou tão transbordante de amor, de compaixão, que você quer compartilhar. Isso vem a acontecer no quarto centro -- o coração.

É por isso que mesmo na vida mundana as pessoas dizem que o amor vem do coração. Para elas, entretanto, isso é apenas um papaguear, um falar por ouvir dizer; elas de fato não conhecem, porque nunca chegaram ao seu próprio coração. Mas o meditador, finalmente, chega ao coração.

À medida que ele chega ao âmago do seu ser -- o terceiro centro -- de repente acontece uma explosão de amor, de compaixão, alegria, bem-aventurança e de êxtases, e com uma tal força que atinge o coração, e abre o coração.

O coração encontra-se exatamente no meio de todos os seus sete centros -- três ficam abaixo, os outros três ficam acima.

Você chegou exatamente no meio."

Osho - The Search: Talks on the Ten Bulls of Zen Chapter2

O Amor para Osho

"É preciso ter em mente estas três coisas: o amor de nível inferior é o sexo -- este é físico -- e o refinamento maior do amor é a compaixão.

O sexo encontra-se abaixo do amor, a compaixão está acima dele; o amor fica exatamente no meio. Bem pouca gente sabe o que é o amor. Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente, pensa que sexualidade é amor -- não é. A sexualidade é por demais animal; certamente, ela contém o potencial para transformar-se em amor, mas ainda não é amor, apenas potencial...

Se você se tornar consciente e alerta, meditativo, então o sexo poderá ser transformado em amor. E se a sua atitude meditativa tornar-se total, absoluta, o amor poderá ser transformado em compaixão.

O sexo é a semente, o amor é a flor, compaixão é a fragrância. Buda definiu a compaixão como sendo "amor mais meditação".

Quando o seu amor não é apenas um desejo pelo outro, quando o seu amor não é apenas uma necessidade, quando o seu amor é um compartilhar, quando seu amor não é de um pedinte, mas de um imperador, quando o seu amor não está pedindo nada em troca, mas está pronto para dar apenas -- dar só pela total alegria de dar --, então, acrescente a meditação a ele, e a pura fragrância é exalada.

Isso é compaixão; compaixão é o fenômeno mais elevado."

Osho - Zen, Zest, Zip, Zap and Zing Chapter 3

Porque é de nossa natureza amar - a Lenda do Monge e do Escorpião

Recebi essa lenda de uma amiga enquanto ouvia o CD sobre Amor, da Lama Tsering Everest - lama residente do Odsal Ling de São Paulo - que tem uma fabulosa coleção de CD´s com explicações sobre diversos temas, entre os quais vale ressaltar este do 'Amor', o 'Superando a Solidão' e 'Generosidade traz Prosperidade', bem como a abordagem dos venenos da mente e como pacificá-los.

E é ao pacificar nossa turbulência interior que acessamos nossa verdadeira natureza, sem nos deixar mais abalar por eventos externos. Quando esta força da disposição interior brota e persiste, o Amor é declarado vencedor e tornamo-nos imperturbáveis, oásis de refúgio e abrigo da eternidade. Assim surge e se mantém a verdadeira natureza, eterna.
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A Lenda do Monge e do Escorpião

"Monge e discípulos iam por um estrada e, passando por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

- Mestre deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:

- "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha."

(Autor Desconhecido)
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O único ser na face da Terra que tem esta capacidade de não reagir, mas agir conforme sua verdadeira natureza é o Ser humano. Em um mundo onde se ressalta cada vez mais a necessidade da otimização dos recursos e exaltação dos diferenciais, estranha-me o fato de não colocarmos este grande diferencial humano em prática: Amar e cuidar.

A esta moral, agregaria o adendo de que o planejamento sempre auxilia, pois analisando-se as naturezas e conjunturas, poder-se-ia cogitar tal reação do escorpião e poder-se-ia antecipar-se a tal desdobramento.

Às vezes, simplesmente não dá tempo de planejarmos, como penso ter sido o caso desta lenda. Mais um motivo para se reforçar o amor e ficar-se firme em sua essência ao invés de abrir mão de sua natureza no primeiro obstáculo.

Quantas vezes não acontece isto em nosso cotidiano. Pensamos estar agindo com o coração, mas ao primeiro sinal de um viés, retrocedemos e nos fechamos em copas. Será que estavamos mesmo munidos das cartas certas ou jogavamos com as espadas do ego?

Quando se está ancorado 'aos princípios luminosos do coração' - como diria Mestre Céleus em texto enviado por minha querida Tia - 'que vibram o impulso que vai além da auto-satisfação' compartilhamos e manifestamos uma 'capacidade ilimitada de amar'. Como diria Rainer Maria Rilke, 'onde não havia mais caminhos, nós voamos'. Dentro deste contexto completaria dizendo que onde não havia mais caminhos, nós amamos, ancorados na solidez do coração compassivo, atingimos a liberdade eterna.

E é este o diferencial humano. Como diria Lama Tsering: "a qualidade do ser humano é de que ele pode, de verdade, aspirar, desejar e trabalhar pela felicidade alheia".

Reforcemos nosso diferencial, lapidemos nossa jóia preciosa em nosso trabalho cotidiano. Façamo-na brilhar, pois Amor se dá, não se pede ou recebe - volta naturalmente com o ciclo da vida.

No Amor,

sexta-feira, 27 de junho de 2008

No ritmo do Amor

Não precisa entender a letra para sentir algo muito bom emanando de cada nota dessa música de incomum doçura.

E não é que uma tradução que chegou até a mim comprova que a abertura que a música provoca em nosso coração, esse sorriso largo que se abre em nosso peito tem fundamento?

A música é M´Bife (eu te amo), da dupla de cantores cegos de Mali Amadou & Mariam - casal que se conheceu no Instituto para Jovens Cegos de Mali e descobriu o gosto mútuo pela música e um pelo outro - é apaixonante, não concordam?

Pesquei duas citações de exemplo da tradução para o francês:

Chéri né bifé (Né bifé = M'bifé=je t'aime)

Jarabi M'bifé (jarabi=passion=mon amour?)

Que esse mantra franco-africano ecoe e lhe faça sorrir por todo o final de semana e em diante.

En bifé,

O Amor é auto-sustentável

O Amor pleno, que compreende seus 3 estágios, independe de fatores externos; inabalável, inalcancável em sua plenitude, imperturbável, inexpremível, apenas vivenciável - o que a princípio tornaria este blog e toda minha busca indefensável, infrutífera e insustentável.

Mas o Amor é assim auto-sustentável: sem necessidade de se explicar, justificar, ter utilidade ou não.

Tal qual a filosofia é caminho para a sabedoria, mas não a sabedoria em si, o amor que vivemos é a busca desse Amor maior, transcendente e imanente ao mesmo tempo. É viver o milagre da fé e utopia, aproximando-se destes e elevando o nível vibracional da realidade.

Os 3 estágios do Amor levam à outra margem do Amor universal, tal qual a filosofia e a meditação nos conduzem à sabedoria.

Eros é o impulso, a força que nos conduz pelo rio da vida. Ágape a direção que nos conduz e orienta. Philia o desembarque seguro do outro lado.

Amor é esse caminho que vence o Tempo e o Espaço e nos torna unos com o Todo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Amor é a saída para um planeta sustentável

Por Amor se deixa de comer seres vivos sem hesitação, preservando assim também a nossa natureza; é o coração dando a força que a mente precisa para realizar a ajuda que o nosso planeta necessita.

No Amor,

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Love hurts



Amor humano machuca, Amor divino cura e redime. Eros é esta ligação que tanto impulsiona para um, quanto para outro, é a força que necessita de Luz para se guiar corretamente. E a Luz se encontra em nossos corações.

No amor,

terça-feira, 24 de junho de 2008

O poema é a oração da alma

A oração é da alma poema,

não aprisiona, liberta,

não engrandece ou apequena,

desperta,

fonema.

No amor, a fé da alma,

Amor - ponte entre mundos, completude humana

O ocidental filosofa e contempla os extremos da alma, enquanto o oriental medita e contempla o irascível, o caminho do meio da alma, a vacuidade do ser onde tudo - todas as emoções - se manifestam.

O amor é esse caminho que une os 3 pontos: o Eu, o Outro e o Nós; o Corpo, a Fala e a Mente; o Pensamento, a Fala e a Ação; os Extremos e o Meio; o Passado, o Futuro e o que se faz Presente.

Entre a filosofia - contemplação ativa - e a meditação - contemplação passiva, o amor é essa passividade dinânimica que nos une e o dinamismo passivo que nos impulsiona ao ato de viver que em sua essência é amor.

No amor,

Ética do Amor

A ética é a base do e para o amor, o encontro - harmônico - entre mente e coração.

O Amor une e liga sob base ética - a única maneira de se ligar opostos, complementares ou não.

No amor,

Amor RUMInante

[...]

Somos o tesouro do espírito
somos a alma do mundo,
livres do peso que vergasta o corpo.

Prisioneiros não somos
do tempo nem do espaço
nem mesmo da terra em que pisamos.

No amor fomos gerados,
no amor nascemos.

Rumi - final do Sama III/IV

No amor,

Amor em Pessoa, Fernando

O Amor Quando se Revela - Fernando Pessoa

O amor quando se revela,
Não se sabe revelar.

Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer...

Ah! Mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar...

No amor,

Amor para Rumi

[...]

A meta do amor é voar até o firmamento, a do intelecto, desvendar as leis e o mundo. Para além das causas estão os mistérios, as maravilhas.

[...]

Ó alma, não cunhes moedas com o ouro das palavras: o buscador é aquele que vai à própria mina de ouro.

[...]

Rumi - Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī

Amor contrastante

O amor humano (se) engana.

O Amor divino ilumina.

Amar é viver esse jogo de contrastes, luzes e sombras - a eterna dança entre o velar e o desvelar iniciada por Eros e Psique.

É uma dança que não pode parar: se pára no velar obscurece, perde-se, desinteressa-se; se pára no desvelar quebra-se o encanto, acostuma-se, assusta-se; em ambos afasta-se e isto é o contrário do Amor - união incondicional.

No amor,

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Amor e Verdade


O Amor e a verdade estão unidos entre si como as faces de uma moeda. É impossível separá-los. São as forças mais abstratas e mais poderosas desse mundo.

(Mahatma Gandhi)

Compaixão - um ato de Amor

"Quanto mais compaixão você sentir, mais reduzirá o apego egoísta e purificará o carma e os obscurecimentos. A raiva diminui e a mente se expande. Assim, você reduz o próprio sofrimento ao beneficiar aqueles que o cercam. A compaixão e o apego pela felicidade dos outros purificam o egocentrismo, que é a fonte de todos os nossos problemas. Se usarmos o apego ao bem dos outros para transformar o apego que temos por nós mesmos, um dia estaremos livres de todo o apego."

(Chagdud Tulku Rinpoche - fundador do Chagdud Gonpa)

Namo, meu Lama raíz. Obrigado por sua generosidade.

No Amor

Amor – espiral helicoidal ascendente evolutiva


Força Eletromotriz (FÉ) da alma, o Amor é o impulso que nos faz evoluir na espiral da vida, tal qual galgando os degraus da espiral do DNA, em busca de nos tornarmos divinos-humanos. É o coletor de força através da união incondicional motivada pela visão pura que filtra os fenômenos e nos confere acesso ao númeno.

Sentimentos contrários – os chamados venenos da mente - levam à estagnação e até a involução na espiral da vida.

Amar a si próprio, sem egoísmo e egocentrismo, é o primeiro passo para acessar a sabedoria e assim a salvação, de si e do planeta: ter o planeta como meta-mor auxilia na metamorfose pessoal em busca da melhoria individual, pois serve de um estímulo a mais e nos conscientiza de nosso papel e responsabilidade como raça eleita pela razão para conduzir este planeta de maneira sustentável.

No amor,

A eminente mandala do Amor imanente e transcendental


A verdadeira compreensão do Amor evidencia o transcendente no imanente, a ordem no caos, o nirvana no samsara, o paraíso na terra, passado e futuro no agora.
É tudo uno e a mesma coisa, é nossa mente dualista que os separa. Nosso coração o único capaz de uni-los verdadeiramente.

Amor, a eminente mandala do Ser.

No Amor

Amor - compreensão interdependente

O Amor nos possibilita suportar a grande distância e a intensa proximidade, que nos faz saber agir com sabedoria, dando ao outro e a nós mesmos aquilo que de fato se necessita em dada situação, sem se deixar influenciar por ego ou demais fatores externos à essência, compreendendo a totalidade da interdependência entre o Eu-Outro-Ambiente.

Sabedoria sem compaixão não é sabedoria, compaixão sem sabedoria não é compaixão. Eis a força imbatível do Amor.

No amor,

Amor ideal

Identifico o Amor com a concepção platônica do mundo das idéias, que abarca tanto o movimento de Heráclito, quanto a eternidade imutável de Parmênides (se é que posso expressar assim).

O Amor compreende tanto a essência em sua desenvoltura e desdobramento, quanto em seu estado latente.

No exemplo da árvore, em cuja semente já está contida todo o seu potencial até seu perecer, é ideal para demonstrar como tanto a eternidade imutável de sua essência árvore, quanto o movimento de seu crescimento constituem a idéia que se faz sobre a árvore em si e que abarca todo o espaço e tempo compreendido por sua existência, desde a semente até o seu tombamento e transformação em adubo, papel, mobília, enfim, celulose.

Assim é o Amor: pleno potencial a abarcar um infinito inimaginável de possibilidades e alcançável apenas pela mais pura fé e devoção.

Ao se enxergar algo - o Outro, uma situação, a natureza -, olhemos sempre para o seu lado semente e seu potencial copa florida e reguemos com nosso amor a expansão em busca do pleno potencial.

Amar é ter esta disposição interior de ser o jardineiro de tudo e de todos; é brilhar como o sol, regar como a chuva, adubar sempre e podar carinhosamente quando necessário.

No amor,

Amor, a maior vivência

Só através do Amor é que quanto mais se conhece, mais se vivencia.

Estar junto pelas qualidades é superficial. Estar junto pelos defeitos é por vezes profundo e intenso demais. É no equilíbrio entre ambos que se encontra o Amor sustentável - entre o eterno e imutável divino e o perecível e cíclico carnal.

É no Amor que se está junto para evoluir e curar duas almas, que juntas ajudam na cura coletiva.

O Amor familiar é o fundamento do Amor social, pedra fundamental para o Amor universal. Por sua vez o Amor conjugal é a base para o familiar – com extensões aos demais entes - e encontra suas raízes no Amor próprio, que por sua vez se estabelece no contato com seu Eu divino.

Nem o coletivo comunista, tampouco o individualismo consumista capitalista: façamos surgir a partir de nós a sociedade fraternal em pleno equilíbrio entre o Eu e o Outro (alter).

Vivenciar sua existência através do Amor é o primeiro passo para salvarmos o planeta.

No Amor,

Amor professor

Os maiores ensinamentos vêm muitas vezes dos aprendizados mais dolorosos. O Amor é esta essência que ensina e cura e o ciclo que sustenta esta dança da vida.

No Amor,

Plenitude do Amor

Através do Amor somos plenos apenas com o outro; mesmo que nunca incompletos quando sozinhos.

No amor

Debate sobre o amor à vida segue

O debate sobre o amor à vida e à sustentabilidade segue, mas em outro blog que escrevo e vos convido a acompanhar por lá no tópico "A verdade como ela deve ser, não como ela nos convêm" - o tema condiz mais com o foco de lá: desenvolvimento sustentável; embora faça sempre crosslinks por acreditar piamente que a sustentabilidade depende direta e inerentemente do Amor.

Vale a pena conferir a verdade como o caminho para uma saída sustentável e como a retórica pode servir para nos manter onde estamos: em um caminho sem volta.

Fé no amor,

terça-feira, 17 de junho de 2008

Por Amor à vida

Por Amor aos animais, à gente e à sustentabildade do planeta seremos todos vegetarianos.

O que para mim se tornou realidade há quase 3 anos e uma certeza, a meu ver, para a qual nossa raça irá rumar, agora foi confirmado por um jornalista especializado em economia, tecnologia e meio ambiente, chamado PAUL ROBERTS. Veja a entrevista do autor do livro "O FIM DA FOME": em 2050 seremos todos vegetarianos.

Bacana é ver que até o momento da publicação deste post - início da madrugada da quarta, dia 18.06.'08 - 3.229 pessoas responderam à pergunta "Você deixaria de comer carne para evitar o aumento da fome no planeta?" 72% das pessoas responderam que sim, 28% que não. Será que a prática segue a retórica ou continuaremos escravos de nossa própria hipocrisia?

Mais alguns argumentos - uns mais racionais outros mais devocionais - para se tornar vegetariano e exercer assim o amor à vida na prática, afinal, amar é vivenciar a vida em sua plenitude:

- o intestino humano é de 12m, tamanho natural de um herbívoro. Na natureza os demais carnívoros têm de 3 a 5m. Em intestinos longos assim a carne entra em fase de putrefação e cria uma toxina chamada cadaverina que provoca o envelhecimento precoce de suas células, pense nisso. Ao comer carne você está matando ao animal e lentamente a si próprio.

- mas temos caninos, afirmam os defensores da carnificina. Lembro que nossa raça se encontra em um processo evolutivo da qual passou de um ser amplamente genérico e generalizado para um cada vez mais específico e adaptado. Manter ferramentas - tem muitas pessoas que já nascem sem os caninos - e métodos do passado é nos prender ao atraso e nos impedir a evolução.

- está provado cientificamente que a carne provoca alterações de humor no cérebro, tornando-nos mais agressivos. Se construimos nossa realidade a partir do pensamento, por que alimentá-lo com ódio? Animais sentem o momento de sua morte e liberam toxinas em sua carne - já acompanharam como são realizadas tais matanças? É cruel, covarde e não gera boa energia. Como ter prazer com isto tudo a nossa mesa? Só mesmo não tendo consciência ou fingir não ver para

- os pastos estão dizimando nossas florestas

- os gases liberados pelo rebanho são um dos 3 fatores mais graves de ataque à nossa camada de ozônio

- para os que acreditam em reencarnação, todos os seres estão interconectados e foram nossas mães; ao menos, repare que todos tem pais, família; descobre-se agora através de pesquisa as diversas linguagens, códigos e expressão de sentimentos de uma série bichos

- para os que acreditam na Bíblia, vale o questionamento do por quê Deus ter escolhido a nossa raça para salvar as demais no dilúvio; me parece que muito mais para que as protegessemos do que para nos alimentarmos delas, não?

Existem muitos outros argumento mais, mas o que funciona mesmo é você parar na frente do seu bife suculento e ainda com gordura ou sangue e pensar que ali poderia estar seu cãozinho, seu gatinho, seu papagaio ou ainda aquela delicada e fofinha espécie em extinção que você tanto gosta e amaria que seus filhos pudessem ver livres na natureza e não apenas no multimídia encartado no jornal de domingo.

Afinal, qual a diferença entre carnes a não ser a cultural-conceitual? Até a humana poderia entrar nessa onda. Se existe esta ética conosco, devemos ampliá-la para nosso irmãos que co-habitam o planeta conosco.

Como raça intelectualmente evoluída faz-se necessário que coloquemos nosso coração para nos guiar e assim salvarmo-nos a todos e, principalmente, nosso planeta - por amor à vida.

No amor,

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Como estabelecer a meta de sua vida?

Aqueles que amam seu trabalho nunca se cansarão.

O vídeo contendo este e outros ensinamentos de S.S. Swami Chinmayananda, baseados no Bhagavad Gita sobre "How to set your goal in life?" é simplesmente imperdível e nos ajuda a nos reconectar com nossa consciência e trazer mais clareza para nossas decisões profissionais.


Simples e eficaz, como todo sucesso. E Amor parece ser o mais importante ingrediente neste processo todo.

By far,

or near, with love, no fear!

No Amor

domingo, 15 de junho de 2008

Amor universal viaja de cometa e vibra assim na Terra, como no Céu

Esse desenho animado australiano realizado por Nick Hilligoss, primeiro lugar em curta-metragens no Festival de Berlim 2008 e abaixo 'embedado' me fez relembrar algumas idéias e textos que escrevi sobre minha própria teoria criacionista, filosofia de vida e cosmologia.

Além de ser uma obra-prima da animação, prima por nos levar no mínimo a uma coceira mental e questionamento de tantas 'coincidência'.

Aproveito para falar um pouco sobre meus supra-citados pensamentos logo abaixo do vídeo e lembrar que Nelson Rodrigues já dizia: 'Deus está nas coincidências'.




Vamos então sem mais rodeios laçar as coincidências antes que nos escapem.

Em uma aula de cinema na PUC-Rio, no final do séculos passado - sim, estamos falando do final da década de '90 -, o Prof. Pedro Camargo - grande mestre e amigo - interrompeu a análise de um filme com o anacoluto sobre a ' coincidência' no formato de Cometas e Planetas com os de espermatozóides e óvulos; isto unido ao fato dos astrônomos afirmarem se tratar dos cometas como os semeadores de vida do Universo, voilá.

Molda-se a partir daí toda a minha cosmologia e maneira de interpretar meu mundo, sempre buscando correlatos na natureza, analogias e paralelismos entre as distintas esferas, macro e micro, fatos que se confirmem no pluralismo, que para mim constituem assim o verdadeiro uno.

'Engraçado' o bobo-da-corte viajar/se transformar num cometa, não?

Outros correlatos instigantes usados na animação - alguns também trazidos por experiência própria - que nos levam a pensar e questionar as diferenças existentes entre as diversas linhas e versões para o Todo e para tudo:

  • cometa-planeta X espermatozóide-óvulo
  • dimensão humana - aqui abordei apenas a questão física, sem enveredar pela questão do livre arbítrio e karma, como exemplos ligados ao ato humano de vibrar e construir sua própria realidade
  • uso da metáfora de Adão e Eva,
  • uso da metáfora do pecado original - que para mim não foi a ingestão da maça vermelha ou o ganho do conhecimento, mas sim a ingestão de carne animal - representados pelo vermelho-sangue da maça, fruta utilizada na cor verde nos Vedas para falar do vegetariano e libertador do sofrimento animal Buda -, primo-irmãos a quem deveriamos cuidar, bem como nossa natureza preservar,
  • a relação necessária e urgente entre Trindade e Trimurti, evidenciada no post sobre a eternidade do Amor

Não são todos relatos moldados a partir da língua e cultura de determinado povo, que na verdade se apropria da energia arquetípica e a aprisiona em palavras e junções conceituais para facilitar-lhes a compreensão? Com esta facilidade alcança-se mais pessoas, mas perde-se a unidade do mistério, sua riqueza que a tudo abarca e possibilita e gera-se um mesquinha disputa pelo versão mais valorosa. É como se apropriassemos de um pote de ouro e competissemos para ver quem tem o maior pote, quando nos esquecemos da fonte inesgotável que é o Rio de Ouro, o Rio da Vida.

Isto tudo somente me reforça o conceito budista do não-conceito supra-dualista, supra-conceitual e até o próprio Deus intelectual de Spinoza e a Vontade que tudo perpassa, de Schopenhauer: obviamente que apenas o fato de darmos um nome e significado ao não-conceito, à vacuidade, à Deus, à Vontade já aprisionam entes infinitos a partir da finitude da compreensão humana, que busca contudo se expandir para se estabelecer na plena consciência.

Eis onde reside o mistério do amor, divino mistério da vida. Por mais que tentemos entendê-lo, é necessário vivenciá-lo: à vacuidade, à Deus, ao mistério, ao Amor - aos inúmeros nomes dados àquilo que nos acende e ascende, ilumina e guia.

Reparem em nossa constituição física: de braços abertos e carecas ou até mesmo de braços juntos e cabeludos, assemelhamo-nos a antenas, captamos energias, filtramo-nas e através de nossos pensamentos e sons vibramos e construimos realidade, como muito bem evidenciou o filme 'Quem somos nós'.

Se juntarmos as figuras dos dois parágrafos acima ao fato de que estamos na superfície da Terra vibrando [de maneira desordenada - tanto que estamos acelerando nosso tempo e vivendo cada vez mais uma correria sem fim] e olharmos com atenção à superfície de um óvulo, veremos que ele está repleto de 'anteninhas' que vibram atraindo e/ou repulsando os espermatozóides, escolhendo aquele que irá fecundá-lo (o óvulo). Não seriamos nós estas anteninhas terrestres?

Pra coroar as coincidências: 'assim na Terra, como no Céu' - o macro está representado no micro. As diversas dimensões e esferas - da matéria para o metafísico; do micro pro macro - são acessadas pela vibração, tal qual a molécula da água, quando gelo, vibra menos e vai vibrando cada vez mais até passar ao estado gasoso.

O amor é esta vibração que cria, dá forma e transforma, vivifica, anima, impulsiona. O amor é este supra-conceito não-dualista, que não distingüe um-e-outro, mas apenas organiza os fatores para gerar maior valor - tal qual uma mandala.

É assim que necessitamos vibrar para atrair boa energia universal para fecundar positivamente nossa Terra - nem que seja com nossas próprias idéias ressonando diretamente aqui ou ecoando do céu; quer seja a salvação vinda do universo ou do nosso interior, não importa, é tudo uma coisa só, interdependente e não-dual.

No amor, maior e único conceito sustentável, mahamantra universal supra-lingüístico

Amor sem medo - perto, longe, tarde ou cedo

By far or near, with love, no fear!

No Amor

Da eternidade do amor, o único caminho sustentável

Não obstante os gregos já terem indicado o amor como sub-dividido em 3 [Eros, Ágape e Philia] - tal qual 'Deus é Amor' [Deus caritas est] o é tanto para os católicos [a Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo] quanto para os hindus [o Trimurti - Brahma, Vishnu e Shiva], a grosso modo exemplificado - devemos nós também zelar para tratar da eternidade do amor.

Na dimensão do cosmo, amor é a força universal e eterna que a tudo unifica, sustenta e vivifica, conduzindo sua evolução, estruturando espaço-tempo e as relações que daí se desdobram.

Na dimensão da matéria, que tem ciclos de composição e decomposição inerentes à sua natureza o amor, eterno na essência, tem de fato seu ciclo de existência - acelerado e desvelado pela atual pressa em se chegar ao fim.

E por não se saber que o fim é o caminho em si e o único caminho sustentável o amor, corre-se assim atrás do próprio rabo, vivendo em um mundo cão, onde olhar para si e para dentro com calma, devoção e compaixão é a única solução: redescobrir o amor próprio a cada um e à todos.

O Amor é tão forte e soberano que consegue transcender estas duas esferas distintas - cosmo e matéria - e uní-las, viabilizando o pluralismo da vida e o entendimento e respeito dos diversos unos forjando o Todo.

No Amor,

Alma-Mor

Uma alma seca é mais sábia e melhor - Heráclito de Éfeso

Fazer análise, meditar ou simplesmente refletir e contemplar o amor faz-nos encarar a verdadeira realidade, leva-nos a retirar os véus, as gorduras e os excessos, possibilitando-nos a libertarmo-nos de nossas ilusões, ideais e tudo aquilo que nos aprisiona e assim nos divide de nós mesmo.

Como diria Epícteto "esperar menos, amar mais".

No amor

Reflexão amorosa - Jogo de Luzes e Astros

Amar o Outro (alter) é fazer um jogo amoroso, harmônico e saudável de contrastes (Luzes e sombras) - alternando entre razão e emoção - em busca da iluminação mútua: o Sol (Razão) de um deve se posicionar de tal maneira a fazer com que a Lua (Emoção) do Outro possa ser levada a refletir - sensibilizar através do amor é a única maneira de levar à conscientização.

No amor

Oásis de refúgio amoroso

Amor é aquilo que nos une, ressalta o que se comunga, aceitando as diferenças, fortalecendo na unidade e na variedade, selecionando e potencializando o que há de melhor no Eu e no Outro - quer seja como indíviduo ou grupo.

Sorte no amor, sorte na vida. E sorte é o encontro da oportunidade com quem está preparado. Amar é encontrar um caminho para a vida.

Quantos de fato estão preparados para viver?

Quantos conseguem viver amando, impertubáveis - permanecendo imaculados quanto ao mundo exterior -, uma oásis de refúgio amoroso, melhorando a si, ao ambiente e ao próximo?

No amor

Construindo sua fortaleza - em busca do Amor

A busca do Amor é a busca da disposição interior, incansável, invencível, impertubável.

No Amor

Visão pura - ver amor em tudo

O sagrado é o outro.

A salvação está na união incondicional, abandonados os egos e fortalecidos os 'Eus Superiores' em harmônica comunhão.

No amor

Amor - esquema divino


Nossas escolhas são nossos guias

Nosso coração a única verdadeira bússola.

No amor

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mente-coração - a razão da alma

A mente é o espelho da alma, o coração a raíz da razão. - Klaus Denecke-Rabello

No amor

Amor - forte liberdade

O amor não pode ser aprisionado por palavras - nem por nada, é mais forte que tudo, que o tempo, o espaço - deve ser sentido e vivido.

O amor é ação e por isto pertence ao forte.

No amor, a maior fortaleza

Crise dos valores - Non Ego

Nietzsche, no aforismo no.175 de Aurora (livro III), filosofa sobre o 'pensamento básico de uma cultura de mercadores' e aponta a valorização a partir da oferta-e-demanda como o grande vilão do novo século. Como é curto, vale a reprodução, com um breve comentário abaixo.

---175---Aurora---

Vemos agora surgir, de várias maneiras, a cultura de uma sociedade em que o comércio é a alma [...]. O mercador sabe estimar o valor de tudo sem produzi-lo, e estimar-lhe o valor segundo a necessidade dos consumidores, não segundo suas próprias necessidades; 'quem e quantos consomem isto?' é sua grande pergunta. Esse gênero de estimativa ele emprega instintivamente e incessantemente para tudo, também para as realizações da arte e da ciência, dos pensadores, doutores, artistas, estadistas, de povos e partidos, de épocas inteiras: em relação a tudo o que é produzido ele pergunta pela oferta e a demanda, a fim de estabelecer para si o valor de uma coisa.

Isto alçado em caráter de toda uma cultura, pensado com o máximo de amplidão e sutileza, e impondo-se a toda vontade e capacidade: é disso que vocês, homens do próximo século, estarão orgulhosos: se os profetas da classe mercadora tiverem razão em colocá-los na sua posse! Mas eu tenho pouca fé em tais profetas. Credat Judaeus Apella - Non Ego [Creia nisso o judeu Apella - Não Eu] - como diria Horácio.

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Triste um mundo onde a humanidade não reconhece o valor em si, para si, dentro de si das coisas e do mundo e onde seu referencial é o impermanente e mutável exterior - como se torna refém o terrorista mercador-capitalista, crente que se beneficia e se torna mais livre e senhor da situação por não se ater a um valor em si, mas a lidar de acordo com a "conjuntura reinante".

Há de ser forte para se responsabilizar por seu próprio destino, por determinar seus valores, para ser dono de si mesmo, senhor de sua razão, soberano de sua calma, escravo de seu planejamento, auto-liberado para decidir seus papéis e sua atuação.

Mas para tal é vital se saber de suas necessidades - como se atualmente se chafurda em seus próprios desejos e se afoga nos de outrem, sem sequer saber distingüir o que é o desejo genuíno daquele outro que lhe é introjetado. Afinal, o referencial é sempre exterior, não é?

E a maioria lida como mercador - até com o próprio corpo, com o próprio trabalho então. Vende-se por pouco, afinal, o referencial é externo e a competição é grande.

A vitória contudo - e o real valor - está guardada a sete chaves (sete chácras?) dentro de nós, em nosso coração.

Mais uma vez o amor é a chave-mestre. Amor por si para se valorizar, amor ao outro para respeitar, amor à natureza para preservar e assim, amor pleno, para valor gerar.

No amor

FÉ - Força Eletromotriz

A humanidade ainda viverá o dia em que entenderá que tudo é uno e que até a FÉ - por mais que não necessite, pois é em seu mistério que reside sua força - poderá ser explicada por princípios físico-químicos.

Filmes como 'O Segredo' e, principalmente, 'Quem Somos' já nos mostraram este caminho. Mas porque é que sempre necessitamos ver para crer?

Penso que o caminho seja muito mais CRER PARA VER, nos abrindo assim para as demais dimensões da possibilidade.

E não é isto também o amor? Crer para ver florescer?

A Fé é o amor da alma - remove os obstáculos e conduz à glória.

No amor

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Amor vincit omnia

et nos cedamus amori (Virgil's Eclogues X.69)

O amor tudo vence, rendamo-nos nós também ao amor.

Já dizia Virgílio e propago eu, que nada mais sou que uma outra face de você - somos todos uma faceta do uno, feixes de trigo enlaçados pelo amor em proteção ao joio.

No amor