sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Minha questão com Deus é Amor

Meu D.E.U.S. (Domínio Equânime na União dos Seres) é tão forte, supremo e absoluto que não necessita de minhas indagações para se confirmar e firmar sua existência; não precisa de meu sacrifício, pois não precisa de louvor; é bom, bondoso a ponto de não interferir nas relações individuais, pois fazem parte de um sistema justo que se torna injusto apenas por nossa ignorante (in)compreensão - e não interfere, pois estaria privilegiando a um ente em detrimento ao outro e como somos irmãos à sua imagem e semelhança, devemos saber lidar com nós mesmos, sem necessidade de que alguém interfira, indague ou nos louve.

Apenas nosso ego carece disto (e não devemos projetá-lo sobre a luz divina) e cria à sombra de sua ignorância uma luz artificial à sua própria imagem e semelhança (ou seja, é representação da representação; ao invés de buscarmos a fonte original, decaímos na cópia) para representar a grandeza do Todo na pequenez de nossa própria zona de conforto, conferindo garantia ao caos, aprisionando-o e a nós mesmos, impossibilitando a geração da verdadeira Luz de nossa estrela interior que, manifesta, compartilha do firmamento do divino.

Apenas a liberdade do Amor dialoga e erige do caos o cosmos, harmonia e beleza fecunda que, sendo meu ato de viver, torna minha vida o único ato de louvor necessário para louvar o meu D.E.U.S.: tecermos em conjunto a trama da vida e, na rede da troca, compartilharmos nosso destino, sermos um só na vastidão da multiplicidade, tornando-nos o que somos.

Na autonomia que crio para confirmar-me em meu destino, asas da liberdade que me elevam ao divino,

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