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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dignidade, Amor e Respeito

Dignidade é o resultado da equação do valor absoluto que se detêm pela humanidade que nos habita e do valor relativo que criamos pelas ações que exercemos. Somos dignos na medida da humanidade de nossas ações.

Todavia, mesmo quem não tem dignidade relativa à suas ações, tem em si ainda uma dignidade inalienável, a humanidade que jaz no coração de cada um e pulsa por consciência a ascender à razão.

Basta dar respeito que o Amor emerge como pura intenção a cultivar a dignidade de nossa ação.

No esclarecimento do caminho da mente-coração,

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O desejo do Amor é o ciclo evolutivo da ascese

O que seria a humanidade sem o desejo?

Seria Luz pura, pois quem deseja carece e quem carece não está completo - mas se contemplarmos o desejo no sentido de força e de impulso faz sentido a indagação: o desejo-impulso é necessário para o vingar primordial da vida, mas necessita de transmutação da conquista para a preservação para poder se estabelecer sem se auto-degenerar, consumir e boicotar.

O desejo se faz então necessário, mas trata-se do desejo orientado através da Ágape para alcançar algo superior, sendo que precisa ser por esta canalizado, abandonado ao se progredir no caminho e se aproximar da Philia que auxilia no desapego; desejo sem identificação, pois não há carência, apenas a perpetuação do pulso cíclico da ascese.

Portanto, o desejo tem naturalmente sua função e depende da natureza do objeto ao qual se liga e do objetivo da ligação para ser compreendido entre os impulsos que satisfazem mil e múltiplos instintos ou conquistam definitivamente o uno e destino, unidade em nós sem nós e amarras que nos prendem: desejo que flui, frui e nos possibilita usufruir do fluxo.

No Eros divino que habita nosso Ser, pleno e em preservação,

terça-feira, 1 de junho de 2010

Amor matéria-prima

Pontes e barreiras são feitos de tijolos.

Somos também feitos da mesma matéria: como nos moldaremos?

O que construiremos de nós mesmos nesta grande cidade que é a humanidade?

Sejamos o meio, sejamos a mensagem, sejamos o Amor do mundo para fazermos o mundo do Amor, sejamos a revolução de que tanto falamos, queremos e esperamos, sejamos a evolução de nós mesmos.

Na planta baixa que tende a ascender,

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Crise dos valores - Non Ego

Nietzsche, no aforismo no.175 de Aurora (livro III), filosofa sobre o 'pensamento básico de uma cultura de mercadores' e aponta a valorização a partir da oferta-e-demanda como o grande vilão do novo século. Como é curto, vale a reprodução, com um breve comentário abaixo.

---175---Aurora---

Vemos agora surgir, de várias maneiras, a cultura de uma sociedade em que o comércio é a alma [...]. O mercador sabe estimar o valor de tudo sem produzi-lo, e estimar-lhe o valor segundo a necessidade dos consumidores, não segundo suas próprias necessidades; 'quem e quantos consomem isto?' é sua grande pergunta. Esse gênero de estimativa ele emprega instintivamente e incessantemente para tudo, também para as realizações da arte e da ciência, dos pensadores, doutores, artistas, estadistas, de povos e partidos, de épocas inteiras: em relação a tudo o que é produzido ele pergunta pela oferta e a demanda, a fim de estabelecer para si o valor de uma coisa.

Isto alçado em caráter de toda uma cultura, pensado com o máximo de amplidão e sutileza, e impondo-se a toda vontade e capacidade: é disso que vocês, homens do próximo século, estarão orgulhosos: se os profetas da classe mercadora tiverem razão em colocá-los na sua posse! Mas eu tenho pouca fé em tais profetas. Credat Judaeus Apella - Non Ego [Creia nisso o judeu Apella - Não Eu] - como diria Horácio.

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Triste um mundo onde a humanidade não reconhece o valor em si, para si, dentro de si das coisas e do mundo e onde seu referencial é o impermanente e mutável exterior - como se torna refém o terrorista mercador-capitalista, crente que se beneficia e se torna mais livre e senhor da situação por não se ater a um valor em si, mas a lidar de acordo com a "conjuntura reinante".

Há de ser forte para se responsabilizar por seu próprio destino, por determinar seus valores, para ser dono de si mesmo, senhor de sua razão, soberano de sua calma, escravo de seu planejamento, auto-liberado para decidir seus papéis e sua atuação.

Mas para tal é vital se saber de suas necessidades - como se atualmente se chafurda em seus próprios desejos e se afoga nos de outrem, sem sequer saber distingüir o que é o desejo genuíno daquele outro que lhe é introjetado. Afinal, o referencial é sempre exterior, não é?

E a maioria lida como mercador - até com o próprio corpo, com o próprio trabalho então. Vende-se por pouco, afinal, o referencial é externo e a competição é grande.

A vitória contudo - e o real valor - está guardada a sete chaves (sete chácras?) dentro de nós, em nosso coração.

Mais uma vez o amor é a chave-mestre. Amor por si para se valorizar, amor ao outro para respeitar, amor à natureza para preservar e assim, amor pleno, para valor gerar.

No amor

FÉ - Força Eletromotriz

A humanidade ainda viverá o dia em que entenderá que tudo é uno e que até a FÉ - por mais que não necessite, pois é em seu mistério que reside sua força - poderá ser explicada por princípios físico-químicos.

Filmes como 'O Segredo' e, principalmente, 'Quem Somos' já nos mostraram este caminho. Mas porque é que sempre necessitamos ver para crer?

Penso que o caminho seja muito mais CRER PARA VER, nos abrindo assim para as demais dimensões da possibilidade.

E não é isto também o amor? Crer para ver florescer?

A Fé é o amor da alma - remove os obstáculos e conduz à glória.

No amor