sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Amor expandit mens

Sapere aude
Elater animi est
Inanitas amoris

Tradução do sentido:

Ouse saber
A mola propulsora é
A vacuidade do Amor

Derivação do sentido:

O vazio da mente é a maior ousadia do conhecimento, pois possibilita compreender tudo; não como já conhecemos, mas como se manifesta, como fenômeno de aparecimento que é e ao qual damos um valor ao conferir-lhe sentido a partir da liberdade do encontro entre sensação e intenção.

No Amor que expande o ânimo,

(tradução do título deste primeiro haikai em latim)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Da carne de cavalo ao Amor nas asas da Razão e Emoção

Eis um bom exemplo de como podemos expandir nossa compaixão: refletir racionalmente sobre a diferença de seu bichinho de estimação e aquele que vem servido em seu prato.

Extraindo-se o ato dos papéis de seus agentes, não somos tão diferentes do que todos os vampiros relatados na história: um Ser sedento suga e se nutre da vida de outro Ser; com a diferença de que estes ao menos iam a caça e não se serviam de um vil sistema de subjugação, sofrimento e matança.

Uma vez transpostas as barreiras racionais-ilusórias, deixe agora este Amor por seu bichinho de estimação - mesmo aquele deixado escondido nas memórias da infância - emanar também aos outros animais, que como seu amado bichano também sentem, sofrem e tem tanto direito à vida, quanto medo de morrer: e isso não é papo new age, é comprovado cientificamente.

Na próxima vez que um suculento pedaço de carne estiver sangrando em seu prato, sua boca salivar e sua língua instintivamente tocar seus caninos, lembre-se do Amor que lhe une aos outros seres, de que você faz parte daqueles animais que ao menos pensaram ter superado esta condição (animalesca) e supere seu apetite por destruição para poder canalizar sua energia amorosamente para construir um mundo mais sustentável, que só é possível se edificado no e com Amor.

Escolhe, pois, a vida. Sê forte, Ame.

Na disciplina e fortaleza do Ser, liberdade assegurada pela compaixão,

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amor, dá-me vida

Tu, cujo nome se esconde sob as vestes da eternidade
cujo semblante toca o infinito,

Tu, a quem busco e venero,
A quem toco com os lábios,
A quem vejo em todos os rostos,
A quem sinto em todos os corações.

Tu, presente em tudo que pulsa,
Força de tudo aquilo que deseja,
Ar de tudo aquilo que respira.

Tu, Amor, és Tu-do!

És tudo aquilo que está por ser,
És tudo aquilo que é,
És esta silenciosa ansiedade que se agiganta no vazio de meu peito
És de todas as cores a matriz que colore a vida
És beleza que se compartilha na ação e no olhar.
És o instante de cada momento eternidade
És presença,
És saudade,
És algo que não tem nome,
És angústia e travessia,
És plenitude de todo Ser.

No mistério do Amor que costura a vida entre o nascimento e a morte,

Amor, jardim das borboletas

De tanto buscar, esqueci de viver.

Só existe uma busca verdadeira e necessária, somente uma que se confunde com a própria vida e esclarece a razão de Ser: tornar-se o que se é.

O segredo? Quintanear!

Cuidar de seu jardim - as outroras desejadas borboletas passam a lhe visitar: nutrir-se da leveza, beleza e harmonia do fluxo natural das ações e simplesmente Ser.

Liberte as borboletas de seu estômago!

No jardim que floresce em nossa mente-coração,

Ser, esta busca que é o Amor

Quanto mais lhe busco,
mais lhe perco
por não aproveitar,
por não lhe viver.

Busco-lhe e no encontro já busco não lhe perder
e nesta busca que não cessa,
me perco por tanto buscar
ao invés de simplesmente ser.

E contemplar
que esta busca seja só uma:
buscar Ser, nada mais
do que Eu Sou.

Nada menos que a entrega total ao momento, esta instância da eternidade presente a cada instante,

Da natureza livre do Amor, destaque de toda existência

Sou livre para ser o meu melhor, mas ainda assim sou obrigado a ser.

A não ser que não seja mais, mas aí não há mais questão, pois só há questão para o Ser, o não-Ser não tem referencial para o diálogo, é puro chaos não-dual.

E se ainda não sou o meu melhor, é porque ainda não compreendi a oportunidade que a vida me deu ao atualizar minha existência em meio ao sem fim de possibilidades da não-existência.

É o Amor que gera a consciência de si e possibilita atualização do chaos em cosmos.

Na obrigação que garante a minha liberdade, chaosmos que sou, destaque de toda existência,

Amor agri-doce

Tornei-me uma pessoa agri-doce
Como se nada de fato fosse
E tudo enfim pudesse ser.

Na desilusão que fortalece o Ser,

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Amor, sede da sede

Amor,
momento de minha memória,
movimento de minha história,
eternidade de meu Ser.

Na sede da sede que sacia o Ser com sua simples existência,

Amor, como queria

Estar contigo
Ser abrigo
Ter-te como meu alguém
Viver coisas que não vivi com mais ninguém

Sei que tudo pode mudar
Mas a esta altura
Só há bem querer, vontade e cuidar
- De ti e de nós com toda ternura.

Na vontade que em teus lábios se encontra,

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Amor Nu

Amor, esta instância da eternidade que torna o espaço infinito e qualifica o instante a um mo(nu)mento da beleza.

Na educação estética do Ser,