Buscar entender o desembarque para se preparar para este momento, onde nos despimos até mesmo dos conceitos mais úteis à nossa travessia neste caminho do bodisatva em meio ao grande samsara. O momento onde deixamos de ser o que nos identifica nesta senda e nos tornamos Amor.
Quiçá ousar reflexões sobre as convergências que lá se revelarão com outros caminhos, mas que não devem impedir de atuarmos focadamente no presente: conjecturar sem contudo enfraquecer a visão e a prática do Amor.
O nosso mundo é o nosso ideal, o nosso ideal é o nosso mundo com suas margens e seus caminhos; a convergência do Todo. É a desconstrução do que precisa dar espaço ao novo, a uma nova era de paz, harmonia e união.
Amor retira a tinta cultural, destrói os muros dos pensamentos que geram segregação, dilapida os preconceitos, abala e transforma os conceitos.
É o servo caído que se levanta e novamente serve ao senhor que em sua infinita bondade, força e sabedoria é uno com Tudo e faz o servo se fortalecer por si, onde o trabalho flui além-dualismo através da integração.
É a morte servindo à vida para o eterno nascimento, o anjo caído se levantando para tornar a servir à Deus, a sombra servindo à Luz; o Ser humano subjugando seu ódio e suas paixões e entregando suas energias ao Amor.
Não escolhemos como aprender, aprendemos; às vezes por Amor, muitas pela dor, sempre o Tempo nos concedendo o espaço do conhecimento e nos conduzindo à ascese mesmo em meio à tempestade.
Eis a obra em seu ciclo infindável: cai para se reerguer, finda para renascer.
Uns pontos a mais. Reticências. Umas vírgulas a menos. Tudo para se encaminhar mais leve e fluída rumo ao seu destino.
Será sempre inacabada, ora se construíndo, ora em desconstrução, de si, do mundo, de toda ilusão.
Na verdade, existirá enquanto respirar. E persistirá na lembrança de todos aqueles que vivem em vida o Amor.
No fragmento inacabado, sempre em construção para se inteirar, evoluir e integrar,
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