terça-feira, 28 de setembro de 2010

Amor, verbo sustentável direto atemporal

O imperfeito não participa do passado nem da evolução vigente;
liberto da causa-efeito,
o presente se torna ação consciente,
moldando um futuro mais que perfeito.

A legião do Amor conjuga os tempos,
abre e desdobra os espaços,
redimensiona os verbos,
eleva seus resultados.

Na conjugação da sustentabilidade, relação direta entre sujeito-objeto, ação em si,

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O plantio do Amor - colhendo diálogos amorosos

Aprender o que cada palavra quer dizer em sua raiz, determinar que frutos pretendes que os outros colham e o que pretendes semear. E arar, arar, arar.

Ser receptivo ao sumo, à casca e aos caroços que lhe chegam: são fruto de sua interação e semente para novas trocas. Es-colhe o que plantas com carinho.

Eis o cultivo das palavras de Amor.

No adubo das relações, palavras que não vão ao vento, mas ao coração,

Há 10 anos, doce nostalgia do Amor

Há 10 anos acordo com a mesma vista, através da mesma janela.
Pensamento voa, memórias chegam, emoção decola
É a mesma janela, onde agora tremulam bandeiras
É um outro Eu que reflete sobra a vida e inúmeras besteiras


Há 10 anos dou aula, sempre diferente, em outra faculdade,
sempre a mesma, na sempre bela cidade.
É a mesma aula, com outros alunos,
É um outro embate em novos assuntos.
(Será? Não é apenas uma outra roupagem para o mesmo comum lugar?)

Há 10 anos acordo com outras companhias,
diferentes gatas, agora meu gato,
não há mais solidão a dois, fato
é a inteireza interior, pronta para se relacionar, que mia.

Há 10 anos acordo e por isto continuo grato.
Há tanta coisa por fazer, tanta coisa por arrumar
Há tantas prioridades pro começar
Há tanta prática para me moldar mais sensato.

Haaaaaaaaaaaaaaaaaaa, da loucura emerge a sabedoria.
É sempre a mesma janela, mas sempre outro sol, sorria!
Liberte-se de sua agonia:
É preciso força e Luz para confirmar sua existência todo dia.

Há 10 anos... nesse período parei de fumar, aprendi a ouvir não,
Não mudei de sexo, mas mudei de religião,
De cético à budista, mente-corpo em comunhão,
Mas será que, de fato, mudei meu padrão?

Há 10 anos abri asas e vim pro mundo,
Será que aprendi a me relacionar,
Será que aprendi a receber e dar,
Será que aprendi a amar?

Nas asas da nostalgia inspirada pela música "Often a bird", de Wim Mertens, enquanto olho pela janela de meu quarto, o mesmo quarto, outras luzes, outros partos. Como somos grandes, como somos pequenos, como somos nada, como temos a ousadia de sermos tudo.

No auto-questionamento que é o princípio sadio do Amor,

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

rEVOLução do Amor

Amor é o ato revolucionário e a revolução em si, o motivo e a ação, resultado sustentável em si, é eternidade presente nas tantas dimensões que possam existir, infinitas em uma: aqui e agora, emergindo a louca sabedoria patrocinada por Dionísio sob as bênçãos de Apolo.

Nirvana ou morte, não passaremos, pelo benefício de todos os Seres.

No voto de bodisatva, revolução do Ser, ascese da alma,

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amor, escafandro não-dual

Mergulhei fundo nas águas de minhas emoções
em busca de meu tesouro mais precioso
abri os porões dos infernos;
borbulhei, efervesci, morri, renasci.

No meio do fogo eu me vi.
O di-hablo era eu.

Meu ego escravizado, sem razão,
coitado, açoitado,
a espera de redenção,
de ser desfragmentado.

Dualista, o di-hablo não fluía.
Monólogos em mim mesmo,
sem convergência, sem harmonia.
Escravo, se vingava e a todos os demais em mim subvertia.

Liberto és, escravo-senhor,
a ninguém mais sirvo senão ao Todo.
Imaculado reapareço após confrontar meu lodo.
Me purifico e permaneço uno no Amor.

Da câmera escura trago a revelação
através do negativo vejo
como somos um só com a criação -
transvalorização dos valores e do desejo.

Sou o tesouro, o mergulho, o porão, o di-hablo;
a magia e o mago,
sou criatura e criador,
sou novamente uno no Amor.

Nas águas profundas em busca do Amor maior,

Da real liberdade de expressão através do Amor

O problema da liberdade de expressão é que as pessoas pensam como se tudo pudesse ser feito. E, de fato, assim o é.

Mas apesar de pensarem assim, agem de maneira unilateral, não compreendendo que dentro desta liberdade de tudo expressar a contenção também faz parte e é, cada vez mais opção – ativa – na interação constante.

Tem-se a liberdade ou não de contribuir com o lixo cultural, colabora-se ou não com a avalanche de informações, compartilhando ou não informações irrelevantes.

Somos, afinal, o filtro derradeiro que torna a realidade em sonho ou pesadelo atualizando a partir de nossa vontade de poder nosso mundo dentro de um universo sem fim de possibilidades do campo virtual. Que criemos então o melhor dos mundos possíveis.

Estamos, afinal, destinados ao livre arbítrio. Confirma o teu, torna-te aquilo que tu és.

Na liberdade do não,

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

No Tathāgata do Amor

Para o Tathāgata
que foi
que veio
que é o que é
realidade em si.

O Amor é o caminho

onde o fracasso não pesa tanto
o sucesso não tem tanta glória
são apenas elementos do enredo
como o sorriso e o pranto
que tarde ou cedo
cessam, como toda história.

No recomeço sem fim, que vive a verdade,

O verdadeiro reflexo d'Amor

O Mestre está no espelho. Basta refletir.

O Mestre está no espelho da alma. Basta refletir.

O Mestre está no espelho. Calma, basta refletir.

O Mestre está no espelho. Reflita.

Ou quebre o espelho e seja o mestre.

No Amor além-narciso, através do caminho do bodisatva ou da auto-realização do tantra, realizar a beleza do encontro com o Mestre interior,

O Amor paradoxal

Quando se ama, sente-se uma sensação de leveza e liberdade, mesmo estando paradoxalmente atado - até preso - ao objeto amado.

Compreender, aceitar e vivenciar este paradoxo e fazer do Amor a compreensão da essência dicotômica da vida, realizando assim sua unidade e, com isto, nosso destino, eis o nosso caminho.

Transcender sujeito que ama e objeto amado para se tornar de fato Amor, inabalável, imaculável, puro e todo abrangente, independente na interdependência do Todo.

No dois que é um que são três,

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A paciência, o Amor e a tolerância

Para o Amor frutificar em compaixão e regozijo através da equanimidade, resultando assim nas quatro incomensuráveis qualidades e forças, precisa sempre estar alicerçado pela paciência e pela tolerância.

O Amor acontece através do conhecimento quando se cultiva o tempo através da paciência e o espaço através da tolerância.

Nas quatro incomensuráveis direções do Amor e suas duas margens, o caminho para a ascese fica mais tranquilo e a transmutação pela aceitação mais exequível.

No Zenith e no Nadir que se alternam e dão forma ao Amor,

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Amor, ponto-base para o tripé da sustentabilidade

O Amor-Eros gera uma nova ordem, Amor-Ágape, que leva a realização do Amor-Philia; eis o Amor Fati de nosso Ser, de nossa cultura, sociedade, raça e planeta.

Amor é o meio, do começo ao fim.

Na base da sociedade fraterna, raíz de compaixão, fruto do regozijo, desabrochar do Amor,