domingo, 25 de outubro de 2009

Amor e desapego - II

Na teoria o desapego é tão lindo, óbvio, fácil e prático, não é?

Mas o importante é irmos tentando. E conseguindo.

Basta começar a não se cobrar tanto, entendendo que este é o processo natural - o de Amar sem se apegar. E que igualmente natural é este despertar da amorosidade que vai nos conquistando e também aos outros.

É um arrebatamento que quando vemos já fomos tomado pela energia envolvente e suavemente forte do Amor.

Meu conselho, se é que vale e cabe, é contemplar cada situação racionalmente, perguntando-se se houve ação egóica, comumente uma reação emotiva a algo e/ou um julgamento, e se poderia ter agido com mais Amor, convergindo maior harmonia à solução de dada situação/questão.

Fundamental é começar por si, único elemento que podemos de fato "controlar" - ao menos mais do que ao exterior.

Respiremos conscientemente - se possível façamos trabalhos de visualização de cores e formas auspiciosas, bem como recitemos mantras de compaixão e remoção de obstáculos - criemos dentro de nós um espaço para dialogar harmoniosamente com cada situação para verificar pontos de vista, posturas, ações.

Acolhemos tudo sem julgar e tal qual organizamos um fichário, pautemos tudo, e tal qual um altar disponhemos em nossa mandala interior, erigindo-a primeiro a partir da necessidade exterior geral - o que dada situação/questão pede para ser corretamente sanada - depois a partir do sofrimento e obscurecimentos alheios, compreendendo também as necessidades do Outro e o fato que ele, por ignorância, sofre e causa sofrimento.

Por fim, analisemos nossa participação tendo como base uma análise da coerência entre seu corpo, fala e mente - entre aquilo que pregamos e perseguimos como ideal, aquilo que propagamos e aquilo que vivemos na ação do verbo que se torna cotidiano.

Façamos disto uma balança e encontraremos o equilíbrio em cada situação, o Amor pleno em ação.

Na busca do aprendizado com Amor e na reconquista da jóia que o Tempo-Espaço há de conceder,

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