segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Amor ao mar da vida

Por ti e ao teu lado,

inspirado,

os ventos inflam as velas.

Parto pelo oceano, meu mundo sem janelas,

não há paredes, mas uma porta.

Abri-la devo, à vida me exorta

a brisa que tenra me reanima ao timão.

Em lento adágio me reoriento:

bússola, compasso, vento.

O oceano do sofrimento

refresca a popa e a proa de meu corpo-embarcação;

se desbasta e arrebenta,

despedaça em gotas a tormenta.

Em meio aos raios do amanhecer,

de um novo dia capitão

da nau de meu coração surjo certo da destino-ação:

sempre o Amor revive e há de vencer.


No porto seguro que é o Amor, encontro de águas, liberdade das almas,

2 comentários:

Clarissa Waldeck disse...

Klaus, meu caro poeta: és um exímio escritor; bela escolha de palavras.

De fato, uma divertida coincidência com o fechamento da aula de hoje.

Beijo, Cla.

Carol Rabello disse...

Em sonho, à porta, encontro conforto
Ao abrigo do vento, da chuva e tormenta
O então capitão de uma morada
Me oferta abrigo e alenta

Em busca de solo firme
Ao final de cada dia procuro
E em meio a desafios alcanço
Depois da subida, o porto seguro.


Inevitável não traçar paralelos após sonhar com você me abrigando de uma tempestade em uma casa onde era o cuidador, justamente na mesma noite em que este post foi escrito.

Portas fechadas, chuva, vento, tempestade e uma casa onde encontrava um porto seguro ao final de cada dia. Ainda assim, dentro da própria casa enfrentava desafios até conseguir chegar ao local confortável onde era finalmente acomodada.

“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha, só. Mas sonho que se sonha junto é realidade.”

Somos todos parte de um mecanismo maior, onde corpo e mente se expressam, individualmente, entre si e com o todo.
Estejamos atentos. =)

Beijos da prima sonhadora,