Não, o Amor não leva à obsessão.
Na verdade este Amor que se torna obsessão é o Amor Eros, o terço do Amor animal, instintivo, erótico, impulso que aprisiona se não for conduzido à elevação - ágape - e ao sair-de-si, do ponto inicial para percorrer seu caminho na eternidade e, no devir, confirmar o Ser mais amplo e expandido - Amor philia -, liberto do dualismo, aberto e em união com o Todo - Amor fati.
Só há obsessão na relação sujeito-objeto.
O verdadeiro Amor transcende o dualismo e confirma a unidade da trindade, por isto é sagrado mesmo em meio ao mundano: não há distinção, de fato não há sagrado ou mundano, não há véus.
Há apenas Amor, sem amado e amante: este é apenas o primeiro passo, o engatinhar do jogo onde não há vencedor, tampouco vencido; e este jogo é a Rede da Vida.
No tear do complexus,
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