domingo, 16 de maio de 2010

Amor não lembra, não esquece, apenas viver merece

“Eu, agora – que desfecho! Já nem penso mais em ti… Mas será que nunca deixo De lembrar que te esqueci?”

Por isto que Amar não é se fechar ou se abrir de maneira ordinária; é uma abertura plena que deixa fluir.

No Amor,
o fluxo da vida
sem temor
e sem medida

Até além-morte,
desde o ninho
em qualquer sorte,
segue seu caminho.

Ora indo com as ondas,
na maciez das marolas,
ora nadando contra a correnteza,
evitando das pedras a aspereza.

Age-se como deve-se agir, sem ressentimentos.

Inclusive chocando-se,
quando devido e necessário,
com uma ou outra pedra,
nada havendo nisto de maldito ou temerário.

Não me lembro,
não me esqueço,
vivo o momento,
eu mereço.

E no merecimento,
bênção sublime,
vive-se a comunhão do arrebatamento
na companhia de quem rime.

Na poesia que se conjuga entre o verbo e a ação,

Nenhum comentário: