Em um mundo onde a revolução sexual por um lado ruiu determinados dogmas mundanos, mas por outro sacrificou algumas belezas divinas, o papel do masculino e feminino se encontram por demais distantes e banalizados e os Seres de sujeito passaram a objetos - para si, para os outros e em relação ao Todo.
O filme Nine revela - com fotografia especialmente bela - como a ascese de um homem depende muito da reconciliação com seu ego através da revalorização do sagrado feminino e da consequente recondução da sua criança interior ao seu devido lugar no processo de amadurecimento e elevação de seu Ser.
A criança interior - nosso ego - não deve ser aniquilada, mas contextualizada dentro de uma hierarquia de valores e forças edificadas a partir de ética e coerência individual. Validadas sempre pelo filtro do Amor, ou seja, em relação à hierarquia de valores e forças do outro e do Todo.
Afinal, não somos outra coisa que um Ser em um Estar-continuum e não há iluminação sem compreender nosso Todo no Espaço-Tempo universal e eterno.
O Amor tântrico começa por nós mesmos em um íntimo reconciliar-se e fortalecer-se para conquistar a subida da elevação.
Luz, câmera, Amor!
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