Colhi a flor
caida no asfalto;
quando virada pro céu
é sinal de doação.
Doa aroma,
cor e forma;
doa vida,
doa Amor.
Divina, doa o aconchego
pro olhar,
pro sentir,
pro cheirar.
Amor puro sentido;
regozijo com pouco
que é mais que todo muito
que se tem por aí e nunca dentro de si.
E ali, por entre formas e vazios,
passeava uma formiga.
Distante, solitária, morreria.
Não faria falta ao numeroso formigueiro.
Não faria falta ao Todo que a tem aqui ou acolá.
Mas faria falta a ela, não voltar ao seu lar.
Passeou por todo o Rio,
deu aulas, viu mais de uma apresentação,
comeu em restaurante
e curtiu sua abdução.
Na calada da noite
na mesma esquina
de poucas horas antes
reencontrou seu caminho.
Despediamo-nos,
a grande formiga
de meu já não mais pequeno Ser,
mais uma vez aprendendo que o Amor é o que nos leva do pequeno ao grande.
No rumo da unidade, a grande e divina união, que é o Amor, sentido de nossa existência,
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