Fogo se combate com Fogo.
Na desilusão e frustração que queimam a alma e carbonizam os sonhos, secam e desertificam a doce e sensual imaginação, evaporando ilusões; é nesta condição que reside a prova de Fogo do Amor.
E não vamos fragmentar o Amor: não devemos falar apenas da prova de Amor próprio; falo do Amor maior, que não tem fronteiras, que parte e une e que é - simplesmente é; individual, coletivo, em rede, único multifacetado.
A prova de Fogo é exatamente superar o ego ferido pela desilusão e reforçar o Amor, que não deve depender de elementos externos, posto que princípio-em-si, para ser forte, inabalável e eterno.
É transmutar o fogo da prova em Fogo do Amor, canalizá-lo para se nutrir e aquecer, sem se queimar e perder.
Nem todo Amor pode ser consumado, portanto nem todo deve ser inflado e nutrido - mas todo Amor deve ser respeitado e plenamente vivido em sua esfera de existência - quer seja platônica ou consumada, alcançando seu pleno potencial real.
O Amor não nos consome, nós é que consumimos o Amor.
Devemos, para vencer a prova de fogo, amar o Amor, amar amar, nos regozijarmos por simplesmente poder estar em contato com este nobre sentimento vital e agradecer a quem o despertou - sem lamentar não tê-lo consumado, mas amar tê-lo despertado.
Na força transformadora, superior e superadora do Amor,