Vejo o Amor como sendo o motivo e o acontecimento do devir nietzschiano - 'torna-te quem tu és'.
Apenas o Amor consegue revelar a plenitude de nosso Ser, o supra-humano, e nos transformar naquilo que somos e de onde, literalmente viemos: de um ato de Amor.
Partimos do Eros, do ato erótico, e penso que nossa ascese seja peregrinar e o unir ao amor Ágape, desembocando e unindo assim ao outro lado, o outro, a Philia.
O rio é sempre outro, somos sempre outros; panta rhei (tudo flui), como diria mestre Heráclito de Éfeso, mas não trata-se disto, trata-se de cruzar o turbilhão do rio das emoções e dos impulsos das paixões - as tais forças schopenhauerianas - e chegar a outra margem. O barco é o Amor Ágape.
No Amor quae panta rhei,
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